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A dinâmica entre liderança e identificação consentida nas organizações contemporâneas

Por:   •  13/11/2016  •  Resenha  •  1.023 Palavras (5 Páginas)  •  179 Visualizações

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NOVA FACULDADE

Rosangela Almeida Oliveira Soares

RESENHA: a dinâmica entre liderança e identificação consentida nas organizações contemporâneas

        

Contagem

2016

RESENHA: a dinâmica entre liderança e identificação consentida nas organizações contemporânea

DARVEL, E; MACHADO, H. O Fenômeno da Liderança nas Organizações. Pesquisa de campo

Rosangela Almeida Oliveira Soares

Como fenômeno social a liderança nas organizações foi conceituado de forma tradicional em termos de traços de personalidade, uma das teorias pioneiras foi a teoria dos traços na década de 40 enfatizando as qualidades pessoais do líder, na década de 50 a preocupação dos cientistas passa a ser sobre os aspectos que caracterizam o estilo de comportamento do líder, entre as décadas de 60 e 80 as pesquisas focaram que para manutenção de que um líder deve eficaz deve considerar os aspectos que fazem parte do ambiente que no qual o líder está agindo. Nas novas abordagens o líder se torna administrador do sentido, mostrando para os liderados qual é a realidade organizacional. De forma geral, vários autores tem apontado a necessidade. Os lideres emergem por causa do seu papel substantivo das situações, assim fica claro que liderar é ser capaz de administrar e ordenar os significados que as pessoas dão aquilo que estão fazendo.

De forma geral alguns autores tem verificado a necessidade de uma reorientação e integração de abordagens qualitativas no desenvolvimento teórico sobre a liderança que inclua o processo psicossocial definido pela interação humana, com isso podemos concluir que de acordo com essas abordagens, liderança é sobretudo um processo mutuo de ligação entre líder e seguidor,assim o poder do líder depende se estabelecer a problemática pessoal do líder e as necessidades dos grupo.

O PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Identificar é reconhecer, é demonstrar afinidade, atração, de que resulta um processo de internalização e de incorporação de crenças, valores atitudes, num processo de emulação (Ashofoth e Mael, 1989), o processo de identificação se constitui por três fatores: definição do individuo, em termos de filiação, distinção prestigio, e saliência dos valores e a formação do psicossocial do grupo. Segundo as teorias da psicossocial a categorização social produz certa despersonalização dos indivíduos (Hogg e Terry 2000)

Em resumo pode se dizer que o processo de identificação esta ligado aos aspectos: de segurança psicológica, de afiliação, de autovalorização. Dessa forma, o afeto e cognição estão presentes na identificação (Ashforth et AL.,1998).

A DINÂMICA ENTRE LIDERANÇA E IDENTIFICAÇÃO

As teorias sobre identificação confirmam que não existe papel de líder isoladamente; por isso identificação é uma noção básica para refinar a compreensão do processo de liderança no contexto contemporâneo das organizações. Como a formação do vínculo da identificação sucede no momento em que as ações de uma pessoa vão ao encontro das expectativas da outra, o vínculo da liderança ocorre de maneira fecunda e produtiva quando as ações do líder forem ao encontro das expectativas do liderado e vice-versa.  Cognição, Emoção e Poder. A dinâmica entre liderança e identificação se estabelece no terreno de variados processos. Opera pela interação entre processos políticos, cognitivos e emocionais e gera, simultaneamente, ordenamento significativo da realidade e consentimento por parte dos influenciados. Cognição é uma das dimensões mais explicitamente abordadas pela literatura organizacional, indicando que tanto liderança quanto identificação envolvem processos cognitivos de avaliação e descrição da realidade. De maneira complementar, reconhecimento e influência são permeados pelas emoções. As emoções indicam o grau de valor que as pessoas atribuem às situações no processo de identificação: dizem-nos quão importante é a identificação, refletem o significado emocional da identificação (Harquail, 1998), sugerem e ratificam a forma pela qual as pessoas pensam, se comportam e tomam decisões. As emoções são estudadas sob a ótica da perspectiva: (1) neurológica, que atribui aos órgãos dos sentidos a explicação do fenômeno; assim a emoção é o resultado de uma avaliação perceptiva; (2) psicológica, que relaciona os estudos de emoção aos de cognição; e (3) social, que as aborda como frutos de uma construção social. Para esta última perspectiva a cultura exerce papel preponderante na determinação das emoções. Em qualquer dessas dimensões, as emoções configuram-se como expressões dos sentimentos, crenças e desejos dos indivíduos (Taylor apud Griffiths, 1997). Autores como Harquail (1998) e Schwarz (2000) têm apontado a correlação existente entre as emoções e o processo de escolhas por parte dos indivíduos, afirmando que indivíduos com bom humor tendem a superestimar avaliações positivas e subestimar avaliações negativas em diferentes circunstâncias.  A vontade de um se exerce em detrimento da vontade do outro. Esses diferentes aspectos perturbam e repelem" (Kets de Vries, 1995), fazendo parte do processo de identificação. Nesses termos, a liderança é uma atividade intrinsecamente política, à medida que, ao ordenar simbolicamente atividades e relações e suscitar reconhecimento, tende a excluir algumas atividades e relações em detrimento de outras e a legitimar alguns interesses em detrimento de outros. Atores organizacionais envolvidos no processo de influência, inserem-se simultaneamente nos "jogos de poder" (Frost, 1987) e utilizam mecanismos para estruturar e regular suas relações de poder - às vezes colaborando, às vezes competindo - dependendo de seus posicionamentos com relação às contingências e dependências estratégicas e ao acesso de que dispõem a recursos materiais e simbólicos. Ordenamento e Consentimento. O esquema conceitual proposto, que articula cognição, emoção e poder, é dinamizado pelos fenômenos de ordenamento e consentimento. Nesses termos, os seguidores podem sentir-se revitalizados, à medida que o seu eu se funde na identificação com o líder e que eles interagem cognitivamente, emocionalmente e politicamente com uma realidade psicossocial que lhes é oferecida e reconhecida como significativa. A identificação pode tornar-se uma espécie de captura conflituosa, mas também revigorante porque, pela identificação, o seguidor participa simbolicamente do poder do líder. Aquele que se identifica talvez creia que está capturando o outro, mas é ele que pode estar sendo capturado (Mannoni apud Signorini, 1998) por um processo de despersonalização e pela nova categorização social tipificada e exigida pelo grupo.se refere ao processo pelo qual o líder percebe que o mundo exterior não tem sentido imediato para as pessoas e que o ordenamento significativo de suas experiências emocionais pode conferir força e convicção à sua influência; entretanto, reciprocamente, esta influência se verifica efetivamente, quando suas crenças, valores e atitudes vão encontrando 

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