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A diversidade da força de trabalho enquanto tema de estudo no contexto das organizações empresariais

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Por:   •  15/11/2014  •  Artigo  •  370 Palavras (2 Páginas)  •  428 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A diversidade da força de trabalho enquanto tema de estudo no contexto das

organizações empresariais é ainda muito recente e controverso. Pesquisas empíricas, na

área das ciências administrativas, vêm sendo realizadas em busca de uma definição

sobre o que vem a ser a diversidade no ambiente de trabalho (NKOMO e COX, 1998),

bem como procuram identificar práticas que a constituem (CARREL, MANN e

SIGLER, 2006) e compreender as razões que a justificam (KIDDER et al., 2004;

FRENCH, 2005).

Embora a diversidade da força de trabalho seja anunciada por alguns autores como

positiva para o desenvolvimento das organizações, por se entender que ela aumenta o

acesso a novos segmentos no mercado, eleva o moral, a criatividade e a produtividade

dos indivíduos (ERON, 1995; THOMAS e ELY, 1996), ou, no dizer de COX e BLAKE

(1991, p.45), “ela conduz a uma vantagem competitiva”, não há, contudo, evidências de

que isso seja um fato.

Conforme observa LYNCH (2005, p. 43) “há em torno da diversidade um

consenso às escuras sobre a sua efetividade nas organizações, tratando-se mais de uma

questão de fé, do que de fato”. Segundo o autor, os poucos estudos apresentados sobre

essa questão são inconclusivos, ou metodologicamente suspeitos. Estudos demonstram

que ainda não há fatos que possam comprovar que a diversidade seja boa ou ruim para

os negócios (HOLZER e NEUMARK, 2000; KOCHAN et al., 2003).

Apesar das inconsistências sobre o tema, percebe-se que o nível de inclusão e de

acesso da diversidade da força de trabalho vem ganhando evidência nas organizações

em várias partes do mundo (TRIANDS, 2003). Nos estados Unidos, por exemplo, há

uma projeção de que, pelos anos de 2020, o grupo majoritário nas organizações não será

mais de apenas homens brancos devido aos novos trabalhadores entrantes na força de

trabalho (JUDY e D’AMICO, 1998). Percebe-se, na Austrália, que a participação

feminina na força de trabalho subiu em 30 anos (1967 a 1997) de 37,2% para 52, 7%, e

há uma previsão de que, em 2011, essa taxa suba para 65% (AUSTRALIAN BUREAU

OF STATISTICS, 2006). Mesmo no Brasil, já se percebe pequena diferença no perfil

dos trabalhadores quanto ao sexo e raça entre os anos de 2003, 2005 e 2007.

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