A importância das lavagens das mãos
Por: jeffersonslip • 28/4/2015 • Trabalho acadêmico • 3.585 Palavras (15 Páginas) • 266 Visualizações
- Introdução
A história da higienização das mãos começa pela curiosidade aguçada de um médico chamado IgnazPhilippSemmelweis (1818-1865). Semmelweis trabalhava na Primeira Clínica obstétrica onde notou que a mortalidade de parturientes atendidas pelos médicos era maior que a da Segunda Unidade, onde as parturientes eram atendidas por parteiras.
O iniciou de suas investigações deu-se pelas autopsias das parturientes que faleciam na sua unidade, onde descobriu processos infecciosos generalizados em todas. Ele acreditava que o maior número de casos na primeira clínica se devia a uma causa endêmica ainda desconhecida, presente apenas nesta unidade e que uma vez identificada, poderia ser controlada.
Quando um colega médico morreu após ser ferido durante uma autopsia pelo bisturi de um estudante, foi que Semmelweis comparou o resultados de sua autópsia com as das parturientes e observou que a causa da morte era a mesma em ambos. Dessa forma, chegou a conclusão que no momento do ferimento, partículas de decomposição de matérias cadavéricas foram introduzidas no ferimento.
Assim, para Semmelweis, estava explicado a diferença nas taxas de mortalidade entre as duas unidades. Pois na segunda unidade só trabalhavam as parteiras que não faziam autopsias. Os estudantes de medicina e médicos saiam de suas autópsias e iam ao setor de obstetrícia realizar os partos, levando essas matérias cadavéricas nas mãos.
Desta forma, no dia 15 de maio de 1847 foi estabelecido a obrigatoriedade para todos os médicos e estudantes a higienização das mãos com solução de ácido clórico antes de cada procedimento cirúrgico. A mortalidade que chegou aos 18,27% caiu para 3,04% após a implementação desta medida. Esta data, 15 de maio, ficou marcada na história do controle de infecção, sendo o dia mundial da higienização das mãos.
As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio direto ( pele com pele), ou indireto , através do contato com objetos e superfícies contaminadas.
Desde aquela época até os dias atuais, vários produtos para higienização das mãos foram lançados e aperfeiçoados, sendo reconhecida a importância dessa medida na diminuição da propagação de bactérias entre um paciente e outro, com fins que diminuir as taxas de infecções pós operatórias e intra-hospitalares.
A higienização das mãos pode ser realizada através de vários produtos com suas indicações precisas. Inclui lavar as mãos com água e sabão, com preparação alcoólica e o uso de antissépticos.
Conclui-se que a higienização das mãos é a medida mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação de infecções relacionadas a assistência à saúde.
2 - Infecção
Infecção (português brasileiro) ou Infeção (português europeu) é a invasão de tecidos corporais de um organismo hospedeiro por parte de organismos capazes de provocar doenças, a sua multiplicação e a reação dos tecidos do hospedeiro a estes organismos e às toxinas por eles produzidas. Uma doença infecciosa corresponde a qualquer doença clinicamente evidente que seja o resultado de uma infeção, presença e multiplicação de agentes biológicos patogénicos no organismo hospedeiro. As infecções são causadas por agentes infecciosos, como os vírus, viroses e priõe , por microrganismos como as bactérias, por nematódeos, por artrópodes como as carraças, ácaros, pulgas e piolhos, por fungos e por outros macroparasitas.
Cadeia de infecção
A presença do patógeno não significa o início de uma infecção. A infecção se desenvolve dentro de um ciclo que depende da presença de todos os seguintes elementos:
- Um agente infeccioso ou patógeno
- Um reservatório ou fonte de crescimento do patógeno
- Um portal de saída do reservatório
- Um modo de transmissão
- Um portal de entrada em um hospedeiro
- Um hospedeiro suscetível
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Agente infeccioso é o microrganismo (vírus, bactérias, fungos, protozoários, helmintos ) capaz de produzir infecção ou doença infecciosa.
Fonte de infecção
Podemos considerar dois tipos de fontes de infecção: a primária e’a’secundária.
Fonte primária de infecção – é o ser responsável pela existência do agente etiológico na natureza, onde ele vive e se reproduz, sendo capaz de transmiti-lo a um hospedeiro, diretamente ou com a mediação do ambiente, dando início ao processo infeccioso.
A fonte primária pode ser um homem (antroponose), um animal (zoonose) ou mais raramente um vegetal (Fitonose), como, por exemplo, plantas que albergam o paracoccidioides brasilienses, agente da blastomicose sul-americana.
Fonte secundária de infecção – é o local onde o agente fica albergado, aguardando o hospedeiro.
Exemplo: O solo, que abriga o agente do tétano, cuja fonte primária é o intestino dos equinos.
Modo de Transmissão: São inúmeros os modos de transmissão dos microorganismos do reservatório para o hospedeiro. Certas doenças infecciosas tendem a ser transmitidas mais comumente de modos específicos. No entanto, os mesmos microrganismos podem ser transmitidos por mais de uma via.
Portal de entrada: Os organismos podem entrar no corpo através das mesmas vias que utilizam para sair. Por exemplo, quando uma agulha penetra na pele do paciente. Muitos organismos podem entrar no corpo desde que o dispositivo seja colocado. Qualquer obstrução do fluxo da urina, de um cateter urinário permite que organismos viagem até a uretra. Os fatores que reduzem as defesas do corpo aumentam as chances de os patógenos entrarem no corpo.
Portal de Saída: Depois que os microorganismos acham um lugar para crescer e se multiplicar, eles precisam descobrir um portal de saída, se necessitarem entrar em outro hospedeiro e causar a doença. Os microorganismos podem sair através de uma série de lugares, como a pele, e as membranas das mucosas, do trato respiratório, do trato urinário, do trato gastrointestinal, do trato reprodutivo e o sangue.
Hospedeiro Suscetível: Depende da suscetibilidade de uma pessoa a um agente infeccioso o fato de ela adquirir uma infecção. A suscetibilidade depende do grau individual de resistência ao patógeno. Embora todas as pessoas estejam constantemente em contato com um grande número de microorganismos, uma infecção não se desenvolve até que uma pessoa se torne suscetível ao poder de concentração de microorganismos capazes de produzir uma infecção. Quanto maior a virulência de um organismo, maior a probabilidade de uma suscetibilidade por parte das pessoas. A resistência de uma pessoa a um agente infeccioso é melhorada pelas vacinas ou, realmente, pela contração da doença. patologia de base, afetar a integridade epitelial (escara de decúbito), afetar os mecanismos de defesa (desnutrição, AIDS) – procedimento invasivo, rompe a integridade, efeito corpo estranho, veicula microrganismos na sua introdução ou permanência (luz ou
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