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A importância dos grupos nas organizações

Por:   •  17/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  755 Palavras (4 Páginas)  •  4.217 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DOS GRUPOS NAS ORGANIZAÇÕES

Podemos definir o grupo como sendo um conjunto de pessoas que compartilham crenças e valores e que, de tempos em tempos, interagem entre si. A exemplo disso – e em meio às organizações –, temos o grupo de trabalho, conceituado por Spector como “uma união de duas ou mais pessoas que interagem umas com as outras e dividem algumas tarefas, visando objetivos inter-relacionados”. O autor completa dizendo que “essas duas características, interação e inter-relacionamento, distinguem um grupo de uma simples união de pessoas”.

Segundo Shaw, os grupos têm como características principais o fato de as pessoas se perceberem como membros que têm necessidades e motivações compatíveis e objetivos comuns, também por conta das relações interpessoais serem organizadas; da interdependência das pessoas e suas constantes interações. Krech, por sua vez, entende que as características fundamentais de qualquer grupo seriam a interdependência das relações entre os membros e o compartilhamento de uma mesma ideologia, de um conjunto de valores, crenças e normas entre os seus membros.

De acordo com Lane; Codo (1986) e Martin-Baró (1999), devemos considerar os grupos como processos, ou seja, devido ao caráter histórico dos grupos humanos, devemos falar em processo grupal e não em grupo ou dinâmica de grupo, já que se trata de “uma experiência histórica que se constrói num determinado espaço e tempo, fruto das relações que vão ocorrendo no cotidiano e que (...) trazem, para a experiência presente, vários aspectos gerais da sociedade, expressas nas contradições que emergem no grupo”. Segundo Lane, todo grupo existe sempre dentro de instituições, tais como a família, a fábrica, a escola até o próprio Estado. Assim sendo, muito do trabalho que se realiza nas organizações é executado por grupos ou equipes de trabalho, o que nos leva a perceber a importância de se compreender o grupo como “um processo que tem uma história implicada com os atores sociais que o compõem” (Camargo, 2009).

Podemos classificar os grupos como informais e formais. Informais são aqueles em que não há a necessidade de existirem normas que controlem o pertencimento, como um grupo de amigos, por exemplo. Podem ser entendidos como grupos primários, ou seja, são pequenos e tratam das relações entre as pessoas dadas por semelhança e afinidade, tendo como objetivo último da relação a própria relação em si. Já os grupos formais são pautados pela alta racionalidade, por leis, por regras, por uma burocracia racional-legal e dispositivos contratuais, tais como em uma empresa. Podem ser entendidos como grupos secundários, já que são grandes e tratam das relações entre pessoas por interesses em comum, sendo a interdependência o objetivo último da relação, que é apenas um meio para que se atinja um objetivo em comum.

Há algumas décadas, diversos estudos sobre modelos de gestão humanizados vem sendo elaborados, ainda que apenas recentemente esses modelos, que valorizam os processos grupais, estão sendo postos em prática.

O principal marco nessa mudança de paradigma foi a Experiência de Hawthorne, desenvolvida na companhia Western Electric entre 1927 e 1932 e liderada por Elton Mayo. As descobertas advindas dessa pesquisa levaram a

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