A trama do livro de Maquiavel "Príncipe"
Resenha: A trama do livro de Maquiavel "Príncipe". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 182432 • 27/11/2014 • Resenha • 1.464 Palavras (6 Páginas) • 533 Visualizações
MAQUIAVEL
CAPÍTULO VIII
OS QUE COM ATOS CRIMINOSOS CHEGAM AO GOVERNO DE UM ESTADO
No capítulo VIII, Maquiavel expõe a ideia que para ser um Príncipe não basta só ter sorte e capacidade. Também é preciso tornar-se Soberano por algum meio vil, ou criminoso, ou pelo favor dos concidadãos.
Neste meio criminoso, ele destaca Agátocles, o siciliano, que chegou a Rei de Siracusa, tendo começado em situações das mais baixas. Este homem criminoso, filho de um oleiro,, que seguiu na carreira militar, logo após ter chegado a comandante supremo do exército de Siracusa, não mediu esforços para tornar-se Rei. Por meio de atos violentos,, Agátocles assassinou senadores e pessoas ricas da cidade a fins de chegar ao poder.
Ainda, Maquiavel expõe a estória de Oliveto de Fermoque teve uma atitude similar a de Agátocles para chegar ao poder. Embora muitos outros Príncipes devido à sua crueldade não tenham podido manter sua posição em tempo de paz, para não falar em tempos de guerra, para Maquiavel a diferença reside no uso adequado ou não da crueldade.
As crueldades e as injurias devem ser cometidas todas ao mesmo tempo, de modo que, sendo sentidas em menos tempo, ofendem menos. Os benefícios, por sua vez, devem ser concedidos gradualmente, de forma que sejam melhor apreciadas.
CAPÍTULO IX
O GOVERNO CIVIL
Neste capitulo, Maquiavel fala do cidadão que se torna Soberano não por meio do crime ou da violência, mas sim pelo favor de seus concidadãos ou do que alguns chamam de governo civil. Para se chegar a este patamar não se depende só da sorte, mas também da astúcia, pois se chega ao poder com a opinião do povo ou da aristocracia.
O governo instituído pelos ricos percebe que não podem resistir ao povo, unem-se, exaltando um dos seus e fazendo-o Príncipe. O povo, por outro lado,quando não poder resistir aos aristocratas, procura exaltar e criar um Príncipe que o proteja com sua autoridade. Quem chega ao poder com a ajuda da nobreza tem a maior dificuldade em manter-se no governo do que quem é apoiado pelo povo.
O Príncipe levado ao poder pelo povo tende a satisfazer mais estes pois, tudo o que querem é evitar a opressão. Já o Príncipe, que chega apoiado pelos nobres, contra os desejos do povo, deve acima de tudo buscar conquistar a amizade destes, o que conseguirá facilmente se os proteger,
CAPÍTULO XV
AS RAZOES PELAS QUAIS OS HOMENS, ESPECIALMENTE OS PRINCIPES, SÃO LOUVADOS OU CRITICADOS
Neste capitulo, Maquiavel explana como os Príncipes são louvados ou criticados. Para ele, a maneira como vivemos é bem diferente daquela que deveríamos viver e, quem despreza o que se faz pelo que deveria ser feito, provoca a sua própria ruína. Ainda, para ele, o Príncipe deve agir sem bondade conforme cada caso.
Pode-se observar, segundo Nicolau, na maioria dos Soberanos quando colocados em posições mais elevadas, a reputação de certas qualidades que lhe valem como elogios ou criticas. Assim, alguns são tidos como liberais, outros miseráveis, uns são considerados áridos, cruéis outros misericordiosos, e assim por diante.
Para Maquiavel, seria bom que o Soberano possuísse todas essas qualidades, mas como isso não é possível, que ao menos tenham a prudência necessária para evitar escândalos provocados pelos vícios que poderiam fazê- lo perder seus domínios. Ainda, deve perceber que certas qualidades que parecem virtudes levam a ruína, e outras que parecem com vícios trazem como resultado o aumento da segurança e do bem estar.
CAPÍTULO XVI
A LIBERDADE E A PARCIMÔNIA
Aqui Maquiavel aborda sobre a importância de o Soberano ser considerado liberal, contudo, esta atitude poderá prejudicar o Príncipe. Um Príncipe que tem essa qualidade consumirá seus recursos e no fim, para manter a sua imagem de liberal, usará todos os meios possíveis para conseguir dinheiro e isso fará com que seus súditos o odeiem.
É importante, para o Soberano, moderar seus gastos, a fins de não destruir o império. Ainda, para Maquiavel, gastar a riqueza dos outros não diminuirá a reputação do Príncipe mas, ao contrário, a elevará, e só o gasto dos próprios recursos o prejudicará.
CAPITULO XVII
A CRUELDADE E A CLEMENCIA. SE É PREFERIVEL SER AMADO OU TEMIDO
Neste capitulo Maquiavel fala que todos os príncipes devem preferir ser considerados clementes ao invés de cruéis, desde que, evitem o mau emprego dessa clemência. O Príncipe, portanto, não deve temer a acusação de crueldade, se o seu propósito é manter o povo unido e leal. Já que para alguns, por seu excesso de piedade, permitem a ocorrência de distúrbios que levam ao assassínio e ao roubo.
Eis que neste ponto Maquiavel põe uma questão, que é saber se é melhor o Príncipe ser amado u ser temido. A resposta dele é que é preciso ao mesmo tempo ser amado e ser temido, mas se for preciso escolher, é mais seguro ser temido. Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por obrigações que se rompem quando deixam de ser necessárias, já que os homens são egoístas, mas o temor é mantido pelo medo da punição, que nunca falha.
Ainda, para Maquiavel, o Príncipe deve ser temido de tal forma que, mesmo que não ganhe o amor dos súditos, pelo menos evite seu ódio. Portanto, o Príncipe sábio deve apoiar-se nos meios ao seu alcance, e não no que depende do poder alheio, devendo apenas evitar o ódio.
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