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O livro O Príncipe” foi criado por Nicolau Maquiavel

Por:   •  10/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.572 Palavras (7 Páginas)  •  432 Visualizações

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O livro “O Príncipe” foi criado por Nicolau Maquiavel, na tentativa de mostrar aos governantes como conservar o poder e o controle do seu Estado, e na tentativa também de reerguer uma nação que estava em ruínas. 
Primeiramente ele fala de como são conquistados os principados; hereditariamente, que consiste em apenas não desprezar as regras dos antepassados e se adaptar da melhor forma as situações difíceis. Sobre os principados novos aconselha que o conquistador resida no domínio novo e instale colônias para que sejam vigiadas. Sobre Estados que antes de ser dominados tinham leis próprias, cabe ao governante adotar novas regras contando que se permita que “repouse a lembrança da liberdade perdida”. Trás a tona principados que foram conquistados por virtude própria, pelas armas e com nobreza. O principado civil é obra do povo ou dos grandes, segundo a oportunidade acolhida por um ou por outro, sendo que o príncipe deve se manter sempre com o mesmo povo, e nem sempre com os mesmos grandes. Principados eclesiásticos são obtidos pelo mérito ou pela fortuna, são mantidos pela rotina da religião e são considerados seguros e felizes. Segundo Maquiavel os atos maus devem ser cometidos todos de uma só vez, para que durando pouco tempo, marquem menos; e os benefícios ao povo devem ser dados pouco a pouco para serem melhoressaboreados. Mostra o quão perigoso era confiar em tropas mercenárias e auxiliares, visando que com mais dificuldade cai o poder em mãos do príncipe que usa suas próprias tropas e armas. O príncipe jamais deve afastar-se de seu exército, pois aqueles que cuidaram mais das amenidades que das armas perderam seus Estados. É preciso que o príncipe seja tão prudente que saiba evitar os defeitos que lhe tirariam o governo e praticar as qualidades próprias para lhe garantir a posse dele. Tem mais valia ter reputação de miserável do que liberal, pois sendo miserável com o passar do tempo verão seus súditos que, mercê da sua parcimônia as suas rendas lhe bastam e poder defender-se de quem lhe mova guerra e liberal lhe trás fama odiosa. Os príncipes devem querer ser considerados piedosos e não cruéis, porque com pequenas exceções ele é mais piedoso do que por excesso de clemencia, o que causa desordem e acaba acarretando em assassínios e rapinagens. Deve o príncipe manter-se temido, de modo que se não for amado, evite o ódio; sendo temido como queira, possa firma-se no que é seu e não no que é alheio. Para manter a palavra dada, existem duas maneiras de combater: uma, com a lei que é natural do homem, outra, com a força natural dos animais. Maquiavel exorta a ponderação de dois espectros humanos, um reportar-se à astúcia, que se dota a raposa, e a ferocidade e força, que se encontra em um leão. Não pode um príncipe que seja prudente manter uma palavra que lhe seja prejudicial, na atitude do príncipe, importa-se apenas o êxito bom ou mau. Deve também tomar cuidado para não se tornar odioso, sendo assim um ser rapace e usurpador dos bens e das mulheres de seus súditos; e desprezível sendo volúvel, covarde, efeminado, leviano e irresoluto. Deve ele fazer que em suas ações se reconheça a grandeza, coragem, gravidade e fortaleza, e quanto às ações particulares de seus súditos deve fazer que sua presença seja irrevogável, portando-se de modo tal que ninguém pense enganá-lo ou fazê-lo mudar de ideia. Um príncipe pouco deve se importar com as conspirações, se ele é querido pelo povo, porém se por este for odiado deve temer a tudo e todos. Alguns príncipes para tentar manter a segurança do Estado, desarmaram seus súditos, assim ofendendo-os, mostrando desconfiança, criando ódio contra ele. Na questão, de domínio de um novo Estado, então se faz preciso desarmar aquele Estado, menos aqueles que tenham ajudado a conquistá-lo a ainda a esses é preciso, com o tempo, torná-los apáticos e moles, de maneira que todas as armas desse Estado estejam com os teus soldados, que junto a ti viviam no Estado antigo. São louváveis os príncipes que edificam as fortalezas e ainda as que não construírem, e lamentáveis aqueles que não se preocupam com o ódio do povo. Não há coisa que faça mais considerado um príncipe do que a realização de grandes empreendimentos e o dar de si exemplos extraordinários, deve esforçar-se por dar de si, em tudo quanto fizer, mostra de homem superior e de engenho excelente. É ainda considerado um príncipe que se mostra abertamente amigo ou inimigo, isto é, quando, sem temor algum, se declara a favor de alguém em oposição a outrem. Deve um príncipe mostrar-se amante das virtudes e honrar aqueles que se destacam numa arte qualquer. Para a escolha de seus ministros o príncipe deve ficar atento, se o ministro em todas as suas ações pensa apenas no seu proveito pessoal, aquele que dirige os negócios do Estado, jamais deve pensar em si, mas sempre no príncipe e nunca recordar-lhe coisas que estejam fora da esfera do Estado. O príncipe deve honrar seu ministro, fazendo-o rico, fazendo-o participar de honras e cargos, de modo que as muitas honrarias não lhe tragam o desejo de outras. Um príncipe prudente deve escolher por em seu Estado homens sábios, e apenas a estes conceder o direito de lhe dizer a verdade quando for solicitado, deve aconselhar-se sempre e não quando os outros desejarem, conclui-se daí, é que os bons conselhos, venham de onde vierem, nascem da prudência do príncipe e não a prudência do príncipe dos bons conselhos. O príncipe novo é muito mais vigiado do que o hereditário, e quando seus atos mostram virtude, chamam muito mais a atenção dos homens, isso porque os homens são muito mais apegados ás coisas do presente do que do passado, e quando acham o bem naquelas, acabam defendendo seu príncipe caso ele não falhe em alguma de suas promessas. Portanto, os príncipes que por muito tempo, possuíram seus principados para depois vir a perdê-los, nas épocas boas não se preocuparam com as tempestades que poderiam chegar, o que é normal no homem na época da bonança não se preocupar com tempos adversos e então fugiram esperando que a população os defendesse. O certo seria os meios de defesa que dependesse deles próprios e de seus valores. Relativamente os caminhos que conduzem os homens às finalidades que buscam, podem ser diversos. Nota-se que dois indivíduos para chegarem ao mesmo objetivo podem agir de maneiras totalmente diferentes; em contrapartida dois homens agindo da mesma maneira podem não chegar aos mesmos resultados. Mas com toda certeza, deve o homem modificar seu modo de agir de acordo com o tempo e as coisas. Então modificando as fortunas e conservando seus atos, enquanto seu modo de agir e o tempo combinarem serão felizes, não combinando, infelizes. Deste modo, aguada a Itália, clamando por alguém que cure suas feridas e que a redima de tais crueldades e insolências de estrangeiros, disposta a levantar uma bandeira, desde que haja alguém que possa levanta-la com louvor. Onde o povo tem muito valor, faltam chefes que possam governa-la com destreza. Tratando-se, porém, de exércitos, suas qualidades não chegam a mostrar-se. E tudo deriva da fraqueza dos chefes, pois os que sabem não são obedecidos e todos acreditam saber muito, não tendo surgido até o momento nenhum cujo valor ou sorte de tanto realce que obrigue os demais a abrir-lhe caminho. É por este motivo que durante tantos anos em guerras, o exercito italiano se saiu tão mal. É preciso então, preparar as armas, para enfrentar as tropas estrangeiras com bravura. Por mais formidáveis que sejam as infantarias suíças e espanholas, nelas existem defeitos, então, estudando-as pode-se formar uma terceira potencia para combatê-las. E são essas coisas que, reorganizadas, podem dar reputação e louvor a um novo príncipe. Não se deve deixar escapar esta oportunidade, afim de que a Itália encontre uma salvação. Toma, portanto, a vossa ilustre casa esta tarefa com aquele ânimo e aquela fé com que as boas causas são esposadas, a fim de que, sob o seu brasão, esta pátria se enobreça, e sob os seus auspícios se verifique aquela expressão de Petrarca.
A meu ver, o livro

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