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A unidade dos contrários: fordismo e pós-fordismo

Por:   •  18/6/2015  •  Resenha  •  824 Palavras (4 Páginas)  •  547 Visualizações

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RESENHA CRITICA

Texto: A unidade dos contrários: fordismo e pós-fordismo

Autor: Fernando G. Tenório, professor titular na Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pesquisador do CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa).

Referências bibliográficas:

TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de administração cientifica. Rio de Janeiro: Presidência da Republica-DASP, 1948.

SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Abril, 1983. (Os economistas).

TENÓRIO, Fernando G. Flexibilização organizacional: mito ou realidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.

WAHRLICH, Beatriz Marques de S. Reforma administrativa na era Vargas. Rio de Janeiro

FGV, 1983.

Fordismo e pós-fordismo

A tese proposta é que o pós-fordismo contém o fordismo. Ou seja, o fordismo não é substituído pelo pós- fordismo, visto que este último contém de acordo com a unidade dos contrários, lei da dialética, elementos fordistas, substâncias que são representados por meio de continuun. A ambiguidade é manifestação imagética da dialética, tal imagem é representada também pela prostituta, que é vendedora e mercadoria numa só pessoa. Essa lei começa com Heráclito de Efésio (século VI-V a C) ao enunciar, por meio de um de seus fragmentos que o contrário é convergente e dos divergentes nasce a mais bela harmonia e tudo segundo a discórdia, ele também diz que os opostos são características do mesmo. Portanto, partindo destes supostos Heraclitiano e Hegeliano entendemos que o pós fordismo, apesar de sua aparência antitética, contém o fordismo, isto é que o conceito de pós fordismo compreende o seu oposto, o fordismo.  

        O conceito de fordismo é aplicado sob duas possibilidades: na primeira mais genérica o fordismo como uma manifestação de uma determinada etapa do capitalismo; na segunda mais especifica o fordismo seria operacionalização de um modelo de gestão da produção. Assim descrevemos o fordismo como um modelo de produção e do trabalho e não como uma referência de organização sócio econômica de sociedades. Não podemos falar de fordismo sem mencionar o taylorismo, na realidade historicamente antes de Taylor e Ford, outros momentos e autores contribuíram para o desenvolvimento de forma de gestão organizacional. O que Taylor fez não foi criar algo inteiramente novo, mas sintetizar e apresentar ideias coerentes extraídos de suas experiências como aprendiz, operário, capataz, contramestre, chefe de oficina e engenheiro que o põem em contato direto com problemas sociais e empresarias. O enfoque de Taylor não estava restrito a analise de tarefas, mas ao desenvolvimento da organização do trabalho e para ele o principal objetivo da administração deve ser assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao máximo de prosperidade ao empregado.

        O fordismo é um método de organização da produção e do trabalho complementar ao taylorismo. Como paradigma gerencial, o fordismo surge no setor secundário da economia e mais especificamente na indústria automobilística. Seu conteúdo é originado em uma fabrica de veículos passando a fazer “escola” nos demais setores da economia padronizados. Ford imaginava que pagando melhores salários e criando boas condições de trabalho os funcionários teriam renda e tempo de lazer para consumir os produtos por eles produzidos.

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