ANÁLISE DAS DIFERENÇAS DAS BRINCADEIRAS REALIZADAS POR CRIANÇAS DA ZONA CENTRAL E DA ZONA PERIFÉRICA DO MUNICÍPIO DE TUCURUÍ

ANÁLISE DAS DIFERENÇAS DAS BRINCADEIRAS REALIZADAS POR CRIANÇAS DA ZONA CENTRAL E DA ZONA PERIFÉRICA DO MUNICÍPIO DE TUCURUÍ

Emerson Carlos Saraiva Santos

Laenno da Costa

Andrey Almeida Portilho

RESUMO

A entrada no novo milênio foi marcada por grandes mudanças no planeta, desde alguns costumes que já não mais priorizados, até os equipamentos tecnológicos que são um marco da sociedade. Um outro fator que sofreu grande mudança com os anos que se passaram, foi o modo de viver de muitas crianças e sua relação com as brincadeiras tradicionais, é notável a grande mudança ocorrida no aspecto das brincadeiras tradicionais vivenciadas pelas mesmas em seu cotidiano, principalmente quando se há uma comparação de crianças que vivem mais próximas aos centros das cidades, quantos aquelas que vivem na periferia. Vários fatores influenciam nessa questão da brincadeira tradicional quando se há essa comparação, mas aqui pretende-se mostrar apenas a questão do ambiente de convívio e ver as relações e diferenças existentes em questão, sobre as brincadeiras tradicionais vivenciadas nesses ambientes.

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METODOLOGIA

        A pesquisa em questão é uma análise referente as brincadeiras vivenciadas entre crianças que vivem próximo ao centro do município de Tucuruí e as que moram mais próximas a periferia da cidade. Vale constar que na pesquisa foram analisadas praças de determinados bairros da cidade pois para o registro das atividades tornou-se mais prático, pois nas praças há uma maior concentração quanto ao número de crianças envolvidas nas brincadeiras, porém há alguns registros também referentes aquelas crianças que vivenciam as brincadeiras nas ruas.

        O método como já mencionado foi a visualização e os registros das brincadeiras como também a questão das faixas-etárias das crianças envolvidas.

BAIRROS DA ÁREA PERIFÉRICA

        Uma grande dificuldade em relação à pesquisa em alguns desses bairros foi sobre a questão da infraestrutura em que alguns não possuíam uma estrutura para o lazer das crianças como o ambiente de uma praça.

        Praça CEU Bairro Santa Mônica, o fluxo na praça desse bairro, que consta de quadra coberta, pistas para skate, playgrounds e algumas áreas livres, é relativo e já se tem o registro da presença de crianças a partir das noves horas da manhã, tornando-se mais intenso durante o período da tarde. A média das crianças que evidenciam as brincadeiras está por volta de um número de 15 crianças na faixa etária dos 9 aos 12 anos.

        As brincadeiras vivenciadas por essas crianças constam de pique-esconde, brincadeira do pega, pira-alto, brincadeira do bobo, quando não as mesmas desfrutam do espaço da quadra para jogarem futsal que também é bastante presente, mas as principais brincadeiras praticadas por elas são a brincadeira do pega, e o próprio futsal.

        Ainda no bairro Santa Mônica observou-se em registro feito em algumas ruas, a presença de outras brincadeiras não vivenciadas no espaço da praça, como manchete, bete-taco, garrafão que se tornam as principais brincadeiras para as crianças dessas ruas.

        Registros semelhantes foram feitos em outros bairros da periferia da cidade, os quais como já dito antes não constam de uma estrutura voltada para o lazer das crianças, bairros como Liberdade e Marilucy, que apesar de não contarem de local específico para o lazer das crianças, é possível ver as mesmas em suas brincadeiras no meio da rua, destaque para as brincadeiras bete-taco e jogos com a bola.

BAIRROS NA ÁREA CENTRAL

        Aqui o que se pôde observar quanto a questão dos lugares próprios para o lazer da criança é que esses locais existem, porém o que não se encontra é um número efetivo de crianças nesses locais, é o que foi observado nas praças dos bairros Jaqueira e Santa Isabel, onde a única atividade observada em uma das praças foi uma prática de vôlei entre jovens dos 14 aos 20 anos na praça do bairro Santa Isabel.