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APS comportamento humano nas organizações

Por:   •  1/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.025 Palavras (21 Páginas)  •  796 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

As atividades práticas supervisionadas são uma espécie de consultoria realizada pelos alunos nas empreses escolhidas por eles, cujo principal objetivo é trazer uma prática do que é ministrado em sala de aula, obtendo-se assim um conhecimento teórico e prático sobre variáveis áreas.

O tema “evolução do pensamento administrativo” explora o relacionamento direto entre a empresa e os seus funcionários com a linha de produção, pois analisa quais são os métodos e costumes da organização. Pesquisas como essas são de sumo valor, pois além de ser um retorno à empresa da identidade organizacional, identifica as oportunidades e as ameaças que o modelo de administrar oferecer.

A empresa escolhida para se fazer essa análise foi o supermercado Super Fama, localizado no Itapoã, que é um mercado em pleno crescimento organizacional pois só possui dois anos de existência, o que dificulta a identificação da identidade organizacional, tendo visto que a mesma está em processo de formação.

Antes de prestar qualquer tipo de serviço ao mercado, o grupo se instruiu através de uma fundamentação teórica para se entender quais são os diversos tipos de escola de administração que se encaixa ao histórico da empresa, para então sugerir oportunidades para a organização.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
  1. ESCOLA CLÁSSICA DE ADMINISTRAÇÃO

Em linhas gerais, segundo Maximiano, administrar significa planejarorganizardirigir e controlar, que é a definição da escola do processo administrativo – essa escola define não só o processo administrativo, como também o papel dos gerentes, em termos dessas quatro funções. Essas ideias foram divulgadas primeiramente por Henri Fayol (1841 – 1925), que junto com Frederick Taylor (1856 – 1915) e Max Weber (1864 -1920), fizeram parte da escola clássica da administração.

Fayol dedicou-se a divulgar princípios de administração, que tinham como base sua experiência de vida. Fundou o Centro de Estudos Administrativos e também coordenou reuniões, nas quais fizeram parte importantes industriais, funcionários do governo, escritores, filósofos e militares.  Convém dizer que em seu último ano de vida comentou que suas idéias e as de Taylor deviam ser vistas como complementares.

Em 1926, o Centro de Estudos Administrativos fundiu-se com a Conferência da Organização Francesa, que tinha como objetivo divulgar as idéias de Taylor. Essa junção deu origem ao Comitê Nacional da Organização Francesa, que tornou-se a associação  mais importante dedicada ao estudo da administração.

Em 1916, quando vivenciava seus 75 anos, Henri publicou o livro Administração Geral e Industrial, que dizia:

  1. A administração é função distinta das demais funções da empresa, como finanças, produção e distribuição;
  2. A administração compreende cinco funções: planejamento, organização, comando, coordenação e controle.

Segundo Fayol, a administração é uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos (família, negócios, governo), que exigem algum grau de planejamento, organização, comando, coordenação e controle.

De acordo com a visão de Weber, burocracia é algo completamente impessoal, que funciona de acordo com as regras, deixando as pessoas em plano secundário ou nem mesmo são consideradas. Weber estudou o alicerce formal-legal em que se baseiam as organizações reais, dando ênfase ao processo de autoridade-obediência (ou processo de dominação) que depende de leis – no caso das organizações modernas. Vale dizer que organização formal e organização burocrática são sinônimas no modelo de Weber.

Para Weber, a análise da burocracia tem como base os processos interligados de dominação (ou autoridade) e obediência, que consiste na probabilidade de haver obediência dentro de um determinado grupo. Existem três bases de autoridade ou dominação legítima.

  1. Carisma: A autoridade é demonstrada pelo líder, ou são os seguidores que acreditam que o líder possui tal autoridade e qualidade que o tornam admirado; a obediência deve-se à “devoção” dos seguidores pelo líder. Ex: liderança política.
  2. Tradição: Segundo usos e costumes, seguidores obedeçam o líder por aparentar ter direito de comando; a obediência está ligada ao respeito dos seguidores às orientações que passam de geração a geração. Ex: autoridade na família.
  3. Organizações e normas: Os seguidores obedecem por haver uma crença no direito de dar ordens que a figura de autoridade tem. Estabelece-se tal direito através de normas limitadas aceitas pelos seguidores. Vale dizer que a figura de autoridade apenas pode agir dentro dos limites de seu cargo. Todas as organizações formais são dependentes desse tipo de autoridade. Ex: todas as organizações burocráticas.

  1. ESCOLA CIENTÍFICA DE ADMINISTRAÇÃO

Esta escola teve a sua origem nos Estados Unidos a partir do engenheiro da Ford Motor Company, Frederick  Winslow Taylor (1856-1915). O intuito era aumentar a produtividade da empresa, aumentando o nível de eficácia e eficiência dos operários.

Frederick Winslow Taylor trabalhou entre 1874 e 1878 para uma empresa fabricante de bombas hidráulicas onde começou a notar o que considerava má administração: “corpo mole” dos funcionários e relações de má qualidade entre os  trabalhadores e os gerentes. Em 1878, ingressou na Midvale Steel, uma usina siderúrgica, na qual ficou por doze anos, terminando como engenheiro-chefe. Foi nessa empresa que observou os problemas das operações fabris, como por exemplo:

  1. A administração não tinha noção clara da divisão de suas responsabilidades com o trabalhador;
  2. Não havia incentivos para melhorar o desempenho do trabalhador;
  3. Vários trabalhadores não cumpriam suas responsabilidades;
  4. As decisões dos administradores baseavam-se na intuição e no palpite;
  5. Não havia integração entre os departamentos da empresa;
  6. Os trabalhadores eram colocados em tarefas para as quais não tinham aptidão.

Taylor passou a buscar soluções para esses e outros problemas que eram e continuam sendo comuns nas empresas. Através de suas observações, ele desenvolveu um sistema de administração de tarefas, que mais tarde ficou conhecido como sistema de Taylor, taylorismo e administração científica. Taylor argumentou que a administração deveria primeiro procurar descobrir quanto tempo levaria para que um homem, dando o melhor de si, completasse uma tarefa, levando a que ele chamou de “estudo sistemático e científico do tempo”:  divisão de cada tarefa em seus elementos básicos e, com a colaboração dos trabalhadores, cronometrá-las e registrá-las.

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