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ASCENSÃO DO DINHEIRO

Por:   •  15/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.490 Palavras (10 Páginas)  •  803 Visualizações

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Ascensão do Dinheiro- Sonhos de Avareza ( Episódio 1)

Nota- se que logo de início Niall Ferguson , nos transmite a ideia de explicar todo o contexto através da história financeira moderna.

Onde de início fala sobre o surgimento das moedas, como forma de pagamento ou de garantia de pagamento futuro, que era feito de argila, ouro ou prata, que fez com que a possibilidade de emprestar dinheiro alavancasse o desenvolvimento econômico. Esse episódio , na minha opinião vem tratar do assunto da formação do mercado de crédito no Ocidente, com papel fundamental no florescimento do comércio, porém cobrar usura, compensação pelo risco em empréstimo de dinheiro, era considerada pecado para os cristãos na época. 

O dinheiro é, portanto, uma promessa, tal qual o crédito. Conceder crédito é entregar dinheiro sob a promessa do seu retorno num futuro fixado, somado a uma recompensa - o juro.

Por isso, os judeus tiveram a oportunidade de explorar este negócio, atendendo a demanda de crédito dos cristãos, alguns necessitados de capital. Apesar da marginalização social por motivos religiosos, seu dinheiro era demandado. Mais tarde uma família cristã conseguiu desenvolver um método de ganhar dinheiro utilizando dinheiro sem ir contra a Igreja.

Os Medici tornaram-se extremamente ricos e poderosos através de transações cambiais, nas quais diziam cobrar apenas comissões e não juros, uma vez que estes eram proibidos. Os Medici prosperaram, tornando-se os maiores banqueiros de Florença.

Já na realidade Americana, a falência, a inadimplência e o crédito eram vistos como uma incerteza da vida econômica, onde pelo estilo de vida consumista dos americanos o importante é ter a oportunidade de começar de novo. Afinal, o crédito e a dívida, que permitem alavancagem financeira, são os segredos do negócio capitalista.

No entanto, o excesso de dividas com má avaliação de riscos causou o caos financeiro, porque a relação tradicionalmente direta entre os bancos e seus clientes foi quebrada quando os empréstimos passaram a ser securitizados e vendidos a investidores imprudentes em mercados secundários. Uma série de inovações financeiras transformou empréstimo a famílias de baixa renda em investimentos complexos chamados Títulos de Dívida Garantida, os CDOs (Obrigação de Dívida Colateralizada).

Ascensão do Dinheiro- O estouro de bolhas (Episódio 3)

Nesse terceiro episódio, somos levados mais uma vez a entender a história, porem dessa vem sobre a bolsa de valores, mais precisamente história das companhias de capital aberto e suas ações, cotadas e comercializadas diariamente.

Em 2001, um escândalo tomou conta do noticiário americano. A Enron, uma grande corporação multinacional no setor energético e responsável, entre muitos outros empreendimentos, pelo gasoduto Bolívia-Brasil, viu o valor de suas ações despencar em aproximadamente US$ 90 em meados de 2000 para menos de US$ 1 nos últimos meses de 2001. A companhia faliu, o dinheiro de seus acionistas desapareceu. Mas um escândalo? Uma falência é um escândalo? Não seriam as falências inerentes ao capitalismo, à destruição criativa que o caracteriza? Sem dúvida, não há nada de escandaloso em uma falência. É a fraude contábil corporativa o que causa choque e o que fez as ações da companhia subirem às nuvens para, em pouquíssimo tempo, mergulharem para o fim.

No caso da Enron, as fraudes contábeis levaram os investidores a sobrevalorizarem da companhia e, quando não foi mais possível sustentar a mentira, a verdade revelou-se em escândalo varrendo a riqueza de seus acionistas. Mas a Enron não foi a primeira nem a última companhia a ver seus papéis sofrerem volatilidade extrema e, ao fim, desaparecimento.

A dinâmica das bolhas revelou-se como descrito por Niall Ferguson: a) um evento econômico gera oportunidade de lucro; b) um entusiasmo pelos papéis correspondentes toma corpo, levando seus preços para cima; c) sobrevém a mania especulativa: os investidores passam a demandar ações não porque a consideram subvalorizadas, mas na mera expectativa de que seu preço subirá no curto prazo; d) surgem os primeiros sinais de ansiedade: os proprietários de ações com conexões internas e informações privilegiadas, sabendo que os preços correntes são insustentáveis, passam a vender seus papéis aos incautos com os preços ainda altos; e) a bolha estoura: os proprietários de ações veem sua riqueza desaparecer.  

Apesar de sua história do mercado acionário estar centrada na dinâmica das bolhas, Ferguson a conta de maneira positiva. Ele defende a ideia de que o mercado acionário é uma das inovações financeiras que tornaram possível os mais ousados empreendimentos econômicos. Em uma sentença, o mercado acionário, defende Ferguson, é um dos pilares do capitalismo e, especialmente, da abundância econômica na qual vivemos. Ele é, junto com a moeda, o crédito e o mercado de títulos, um dos fundamentos do bem estar econômico atingido nas economias mais desenvolvidas. O fenômeno das bolhas não é uma característica inerente ao mercado acionário. É o resultado de má conduta de seus operadores, como a história da Enron exemplificam através de excesso de liquidez e fraude contábil.

Ascensão do Dinheiro- Negócio Arriscado (Episódio 4)

Os desastres naturais evidenciam os defeitos de um sistema de seguro que divide as responsabilidades entre companhias privadas de seguros, que oferecem proteção contra danos, e o governo federal, que oferece defesa civil. Nos desastres, o trabalho das companhias de seguro passa a ser o de evitar pagar seus clientes.

A necessidade de administrar o risco culminou na invenção do seguro de vida na Escócia, passando pela ascensão e queda do Wellfare State até o crescimento explosivo dos Hedge Funds. A base teórica para a avaliação dos riscos foi sendo criada e se tornou um negócio lucrativo. Mas o sistema de gestão de risco a que chamamos seguro falhou, principalmente naqueles momentos de calamidades naturais ou riscos sistêmicos não diversificáveis.

Uma das alternativas para este problema foi a nacionalização das perdas, com o surgimento do Estado de Bem Estar Social. No entanto, na década de 70, esta concepção de Estado passou a ser criticada pelos economistas neoliberais, pois supostamente teria retirado um incentivo essencial ao capitalismo: a meritocracia. O resultado da Era Neoliberal foi o desmantelamento do Estado de Bem-Estar Social.

A reação econômica conservadora culminou na mudança do sistema previdenciário de regime de repartição para regime de capitalização. Mas os limites dos seguros de vida e da Previdência Social e Complementar, devido ao risco de crash na Bolsa de Valores às vésperas da aposentadoria, levaram a inovações financeiras supostamente mais eficientes para cobrir os riscos: os Hedge Funds. Muito usado no mercado de commodities agrícolas, um contrato futuro permite estabelecer um piso de receita para quem vende e um teto de despesa para quem compra a próxima colheita.

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