ATPS ANALISE DE INVESTIMENTOS

        Atualmente, existe uma grande discussão em torno dos recentes acontecimentos provocados por questões de corrupção em empresas e na política, aos quais têm causado impacto direto na economia brasileira. Influenciados por estes fatores, nos últimos anos, principalmente nos últimos meses, tem se evidenciado mudanças na economia local, como aumento da taxa Selic pelo Banco Central, consequente aumento de juros e a desvalorização do Real, as quais estão diretamente relacionadas com o mercado de investimentos.

        Atualmente temos um cenário pouco animador, com previsão de inflação para 2015 de 8,2%, a maior desde 2003. Ao mesmo tempo a taxa Selic, que já está em 12,75% a.a., maior patamar em 6 anos, tem previsão de 13,25% para o fim do ano. O câmbio, tem seu valor projetado em R$ 3,25 para o fim de 2015. Tais dados só comprovam a necessidade de intervenções  eficazes para correção de tais taxas, que sempre são repassadas ao consumidor, diminuindo seu poder de aquisição, e barrando os investidores que sentem-se acuados na hora de escolher seus próximos investimentos.

        Já para o próximo ano, as previsões são um pouco mais otimistas. Com projeções de inflação de 5,6%, taxa selic de 11,50% e dólar em 3,30, a tendência é que esta crise financeira e econômica que tem tomado conta do país, tenha fim logo, e o mercado se estabilize. Assim sendo, escolher investir tem se tornado um procedimento cada vez mais complexo, em virtude das diferentes modalidades de investimento, e das recentes modificações no mercado, que tem tornado a  vida de investidores mais difícil, pela imprevisibilidade do cenário econômico atual.

        Tais mudanças no mercado, como a taxa Selic e o IPCA, tem influência direta sobre alguns tipos de investimentos. Quando tomamos por exemplo a taxa Selic, quando seu valor aumenta, logo, sua rentabilidade aumenta, pois para aqueles que investem, o aumento da taxa significa em maior valorização do investimento.

        Para quem aplica na poupança, é necessário ter prudência. Ela foi considerada o pior investimento de renda fixa em 2014. Apesar do risco ser praticamente nulo, e de não haver cobrança de taxas e impostos, seu retorno financeiro é o menor nesta modalidade.

        No mercado cambial, investir, é verdadeiramente um ato de coragem. É o tipo de mercado que não pode ser previsto. A recente valorização da moeda norte-americana, consequente de sua boa fase na economia, é prova disto. Para quem deseja investir em dólares, deve avaliar a possibilidade de um aumento da moeda, e de quanto será este aumento, se trará retornos maiores caso aplicasse em outro tipo de investimento.

        O cenário econômico mais fraco torna mais arriscados os investimentos na bolsa e em fundos de investimento que investem em ações. Sem perspectivas claras sobre os rumos da economia, a tendência é de que essas aplicações passem a ter maiores variações e oscilações.

        Em contrapartida, investimentos que são acompanhados pela taxa Selic, podem se mostrar vantajosos. Para o investidor que não quer correr muito risco em 2015, especialistas recomendam aplicações em títulos públicos e títulos emitidos por bancos indexados a taxas de juros. A expectativa é de que esta taxa continue a subir neste ano, o que amplia a rentabilidade desses investimentos.

        Esta série de fatores só mostra o quanto o mercado brasileiro é frágil e inconsistente. Uma mudança num ponto isolado, pode acabar afetando todo o mercado econômico do país. Portanto, escolher investir, continua sendo arriscado, em especial pelo cenário atual da economia e pela incerteza do que virá pela frente. Mas, em tempos de crise, também podem surgir novas oportunidades, novas escolhas. O mercado continua disponível, em expansão ou em em recesso, com riscos altos ou baixos, as pessoas vão continuar investindo, perdendo ou ganhando dinheiro.

http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/os-melhores-investimentos-de-2015-para-quem-nao-quer-risco

http://dinheirama.com/blog/2015/03/18/dolar-subiu-investir-ou-nao/

http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2015/04/mercado-financeiro-sobe-para-820-estimativa-de-inflacao-para-2015.html

Tipos de aplicação	Risco	Prazo	Rentabilidade	Liquidez
Super CDB Banrisul	Muito Baixo	1.825 dias, com renovação automática por 721 dias a taxa de 103% do DI.	Investimento contratado na modalidade Pós-Fixada DI. Resgates Antecipados sujeitam-se a percentuais compatíveis com o prazo de permanência da aplicação até o limite de 103% do DI.	Admite resgate parcial a partir do próximo dia útil ao da aplicação.
Caderneta de poupança	Quase zero.	Não há.	0,6378%	liquidez alta, pois o resgate do dinheiro é feito quase que instantaneamente. Basta solicitar o resgate e o dinheiro está na sua conta.
Debêntures				baixa liquidez dos títulos, que pode dificultar uma possível venda dos papéis antes do vencimento.
Ações de empresas				depende do ativo, mas a liquidez geralmente é alta. Quando o papel é muito negociado (ex: Petrobras, Vale…), a venda é praticamente instantânea e, na maioria das vezes, pelo preço que você sugere. Já em papéis pouquíssimo negociados, é difícil vender pelo preço sugerido com facilidade. Muitas vezes, faz-se necessário baixar a pedida para conseguir vendê-lo.
Fundos de investimentos				liquidez de alta para média, pois, dependendo do fundo, é necessário entre um a quatro dias úteis para o dinheiro estar disponível em sua conta.
Títulos Públicos	o risco de crédito do emissor, ou seja, o risco de quebra do órgão responsável pelo pagamento do título de dívida. Liquidez media Risco de volatilidade			liquidez média, pois as vendas só ocorrem uma vez por semana e, mesmo assim, não é garantido que você conseguirá vender. Existe uma data final para o resgate.