ATPS Economia: O Setor de Turismo
Por: Ailamary • 31/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.926 Palavras (12 Páginas) • 339 Visualizações
ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA
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Renata Gomes de Moraes
Jaqueline Cardoso
José Aparecido Amaral
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA: Economia
Piracicaba
2012
ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA
Renata Gomes de Moraes - RA 4980934915
Jaqueline Cardoso - RA 1299931963
José Aparecido Amaral - RA 4561906866
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA: Economia
Trabalho de Complementação de Curso apresentado ao Curso de Administração – EAD da Faculdade Anhanguera de Piracicaba, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração sob a orientação do Profº Dermivaldo Alexandrino dos Santos
SUMÁRIO
1. ETAPA 1 4
2. ETAPA 2 6
3. ETAPA 3 7
4. ETAPA 4 9
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
1. Etapa 1
Como objeto de estudo da ATPS Economia, escolhemos o setor de turismo, no ramo de negócios das agências de viagens.
O setor de turismo no Brasil vem crescendo a cada ano. No período de três anos, de 2007 a 2010, o segmento registrou um crescimento de 16%, com mais de 50 milhões de brasileiros viajando. De acordo com a Abeoc (Associação Brasileira das Empresas de Eventos), em 2012 é esperado crescimento de 7,8% no setor, em grande parte devido ao aumento da demanda doméstica.
O perfil do turista brasileiro mudou nos últimos anos.Antigamente, o consumo dos serviços de turismo era praticamente restrito as classes A e B. Atualmente, como veremos, houve uma democratização do setor, e as classes C, D e E também fazem parte dos consumidores de turismo.
De acordo com Sousa (2012), os gastos com viagens nos primeiros seis meses de 2012 foram de R$ 48,1 bilhões, segundo pesquisa do Data Popular. E, na última década os gastos da classe C com o turismo tiveram um aumento de 277,3%. A nova classe média, com renda de R$ 291,00 a R$ 1.019,00 por pessoa, passou de R$ 4,4 bilhões no investimento com viagens em 2002 para R$ 16,6 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano.
As classes D e E, com ganho de até R$ 290,00 por pessoa, tiveram um aumento de 121,7% no setor turístico. De R$ 2,3 bilhões, passou para R$ 5,1 bilhões em 2012. A alta renda (classes A e B) com salários acima de R$ 1.020,00, gastou R$ 17,4 bilhões em 2002 e chegou a R$ 26,4 bilhões este ano, um aumento de 51,7% no setor turístico.
Em relação às regiões do país, o Sudeste continua concentrando o maior percentual de gastos, com atuais 50,7% de representatividade. Em seguida está o Sul, com 18,2%, o Nordeste, com 16,3%, o Centro Oeste, com 9,8%, e o Norte, com 5,1%.
Os destinos nacionais lideram a vontade do brasileiro de viajar. Segundo a pesquisa do Data Popular, 82,9 milhões pretendem realizar alguma viagem em um ano. A classe C representa a maior parcela, com 60,4% da população programando alguma cidade brasileira para visitar.A baixa renda representa 24,1% e a alta renda 15,5% dos que planejam passeio.
Para destinos internacionais, 25,8 milhões de brasileiros afirmaram que estão programando para os próximos 12 meses. Destes, a classe média representa 52,3%, seguida pela alta renda, com 27,7%, e baixa renda, com 20%.
De acordo com uma pesquisa realizada pela revista Viagem e Turismo, de 2011, o número de brasileiros que viajam três ou mais vezes por ano é de 41% - a média é de duas vezes ao ano. Entre as classes C, D e E, a freqüência é menor: 49% viajam uma vez ou menos por ano.
Ainda de acordo com a pesquisa da revista, a beleza do destino é o que mais importa para o turista brasileiro na hora de escolher um lugar para viajar e, na hora de contratar uma operadora de viagem, 35% dos entrevistados afirmam que a confiabilidade da operadora é essencial.
Na hora de programar a viagem, 36% dos participantes da pesquisa informaram que recorrem as informações de revistas de viagens. A internet ocupa o segundo lugar, com 34% das pessoas afirmando que utilizam sites e blogs para buscar informações. As agências de viagem aparecem em terceiro lugar, com 13%.
De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi, a família é a grande companheira de viagem. De todos os ouvidos, apenas 10,8% viajaram sozinhos, e apenas 16,3% tem a intenção de viajar sozinhos nos próximos dois anos.
Para Cury (2011), o aumento da demanda por viagens de turismo, impulsionada pelas melhorescondições em que se encontra a classe C, faz com que o mercado comece a se adaptar a esta nova realidade, a qual estes clientes buscam, em sua maioria, destinos domésticos, com uma duração de 7 dias e com preço em torno de R$ 1000,00.
De acordo com Ferreira, a implantação do Plano real, em 1994, foi uma das principais razões para o crescimento do mercado do turismo no Brasil. Com o desenvolvimento dessa nova moeda, o Brasil cresceu socio-economicamente, pois o valor do real equivalia ao valor do dólar, fazendo com que a população tivesse poder de compra.
Os governantes então começaram a desenvolver projetos relacionados ao turismo, visando o aumento dessa atividade de forma a poder gerar divisas e econômicas, geração de empregos, aumento de renda e maior arrecadação de impostos.
Mais tarde, com a desvalorização do real em relação ao dólar, ocorreu uma grande transformação no setor, o qual se tornou barato para os estrangeiros, que começaram a nos visitar cada vez mais. Paralelo a isso, houve um aumento significativo no turismo interno, já que o dólar valorizado não era mais atrativo para que os brasileiros viajassem para fora do país.
Além disso, existem outros fatores que contribuem para o aumento do turismo interno. Hoje, as pessoas dão mais importância ao tempo livre, ao contato com a natureza, com a busca em conhecer novos lugares, novas culturas e também valorização do tempo em família, buscando alternativas para lidar com o estresse do dia a dia.Assim, o Brasil está se tornando um mercado turístico competitivo e muito atrativo, com muitos investimentos no setor do turismo, como em infra-estrutura básica e turística.
Investimentos estes que aumentarão muito nos próximos anos, já que o país sediará a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. Só no ano da Copa, o país deverá receber 8 milhões de visitantes. O número de brasileiros que deve viajar dentro do próprio país pode chegar a 3 milhões, de acordo com o Ministério do Turismo.
Para a Abeoc, o turismo no Brasil tem previsão de crescimento de 7,8% para 2012, principalmente devido ao aumento da demanda doméstica. Os empregos no setor serão o quinto maior crescimento mundial, em torno de 7,1%. Além disso, o gasto dos estrangeiros no Brasil tem um crescimento previsto de 11,6% para este ano.
Uma pesquisa divulgada pelo Ministério do Turismo mostra que, em 2011, as empresas do setor do turismo no Brasil registraram um aumento de 18,3% em relação ao ano anterior. Essas mesmas empresas também ampliaram o quadro de funcionários em 5,7%.
De acordo com a pesquisa, os segmentos do turismo que mais faturaram em 2011 foram: turismo receptivo (33,5%); hospedagem (22,2%); agência de viagens (19,5%) e transporte aéreo (18,2%).
As empresas que atuam no segmento do turismo, no caso, as agências de turismo, são, em sua maioria, empresas locais e de pequeno porte. A maior operadora de turismo do Brasil é a CVC, a qual conta com lojas físicas e comvendas pela internet.
No entanto, as agências menores têm a oportunidade de revender os pacotes da CVC, contando com uma porcentagem de comissão.
2. Etapa 2
De acordo com a relação dos custos envolvidos que fizemos, detectamos que, para o funcionamento de nosso objeto de estudo, no caso a prestação de serviços de uma agência de viagens, o custo médio mensal seria de aproximadamente R$ 12.100,00.
Chegamos nesse valor levando conta as seguintes despesas mensais (variáveis e não variáveis):
• Aluguel do espaço para a agência;
• Condomínio (taxa de água já inclusa);
• Material de escritório;
• Supermercado - incluímos nesse item material de limpeza, alimentos e bebidas – água, café, açúcar, adoçante, biscoitos, copos descartáveis, etc.
• Internet e hospedagem do web site;
• Energia elétrica;
• Telefonia;
• Marketing;
• Salários + encargos sociais (Serão 4 funcionários no total – 1 faxineira, 1 agente de viagens e 2 sócios);
• Custos variáveis (manutenção em geral).
Segue tabela abaixo com os valores aproximados dos custos médios do objeto de estudo:
|Tabela 1: Custos totais | |
|Item |Custo |
|Aluguel |R$ 1.500,00 |
|Condomínio |R$ 350,00 |
|Material de escritório|R$ 100,00 |
|Supermercado |R$ 100,00 |
|Telefone |R$ 300,00 |
|Internet e Hospedagem |R$ 150,00 |
|Luz |R$ 150,00 |
|Marketing |R$ 500,00 |
|Funcionários |R$ 8.750,00 |
|Custos variáveis (manutenções em geral) |R$ 200,00 |
|Total |R$ 12.100,00 |
3. Etapa 3
Para a realização desta etapa, nos foi atribuído o estado de Minais Gerais. Dessa forma, escolhemos as 2 maiores cidades do estado, como forma de conseguir obter o máximo de informações possíveis.
Contagem
Contagem é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, situado na região central do estado, é o município mais populoso de Minas, com 608.650 habitantes, e integram a região metropolitana de Belo horizonte, segundo dados do IBGE em 2010.
De acordo com o censo do ano de 2010, 292.797 dos habitantes eram homens e 315.853 dos habitantes eram mulheres.
O Produto Interno Bruto (PIB) da cidade, em 2009, foi de R$ 15.410.450,00, com renda per capita de R$ 24.641,23, segundo o IBGE.
A participação das atividadeseconomicas no PIB da cidade foram distribuidas da seguinte forma: a indústria corresponde a uma taxa de 30% do PIB; a área de comércio e serviços corresponde 56% do PIB e agropecuária tem participação de 0,5% no valor do produto interno bruto da cidade.
Juiz de Fora
Juiz de Fora é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais. Sua população, em 2010, era de 517 872 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sendo então o quarto mais populoso de Minas Gerais e o 36º do Brasil.
O município ocupa uma área de 1 429,875 km², sendo que apenas 317,740 km² estão em perímetro urbano. Segundo este mesmo censo, 47,30% da população é composta de homens e 52,70% é composta por mulheres.
O Produto Interno Bruto (PIB) da cidade, em 2009, foi de R$ 14.093.51,00, com renda per capita de R$ 14.093,51, segundo o IBGE.
A participação das atividades economicas no PIB da cidade foram distribuidas da seguinte forma: a indústria corresponde a uma taxa de 23% do PIB; a área de comércio e serviços corresponde 62% do PIB e agropecuária tem participação de 0,6% no valor do produto interno bruto da cidade.
4. Etapa 4
A inflação esperada para 2012 é 4,5% ao ano e, apesar de bem inferior ao que se via no período inflacionário, ainda é uma taxa elevada. E o que vem acontecendo nos últimos anos é que a taxa da inflação sempre fica superior a meta. Em 2011, por exemplo, alcançou 6,5% ao ano.
De acordo comPenna, a inflação afeta a população como um todo, porém, com intensidades diferentes, proporcional ao nível de renda familiar. As pessoas de baixa renda são as mais prejudicadas, pois utilizam grande parte dos seus rendimentos para adquirir produtos e serviços básicos, como alimentos, roupas e transporte.
Com a inflação, nós perdemos o poder de compra de produtos e serviços, e isso afeta os consumidores e também os empresários, já que os valores dos custos para a produção do produto/serviço aumentam, encarecendo o preço final.
De acordo com o que levantamos nessa etapa, o nosso objeto de estudo, no caso as agências de viagens não têm sido afetadas pela inflação. O segmento de turismo em si não tem sido afetado no momento atual. Porém, também observamos que a inflação tende a subir e fechar o ano acima da meta estipulada de 4,5%, o que futuramente pode afetar o nosso objeto de estudo.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de acordo com Amato, reduziu de 8% para 7,5% ao ano a taxa básica de juros da economia (Selic), com o objetivo de estimular a economia nacional em meio ao agravamento da crise internacional.
O resultado disso foi que os bancos reduziram as taxas de juros aos consumidores, o que aumenta o crédito e incentiva o consumo de bens e serviços.
A alta do câmbio, com o dólar valendo mais de R$ 2,00, pode ocasionar na diminuição de viagens internacionais por parte dos brasileiros. Porém, faz com que o Brasil se torne maisatrativos aos estrangeiros e também impulsiona o turismo interno, já que muitas pessoas deixam de viajar pra fora e escolhem viajar no Brasil.
A crise internacional da Europa e Estados Unidos não parece ter afetado o setor do turismo no Brasil. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), tanto o número de turistas estrangeiros quanto as divisas que eles deixam no Brasil têm aumentado cada vez mais.
De acordo com Peduzzi, até o fim de 2012 cerca de 5,5 milhões de turistas estrangeiros terá visitado o Brasil, o que representa um número recorde. Em 2010, foram 5,1 milhões. Isso representa um aumento de 7,8%, percentual que é quase o dobro do registrado no mundo (4%).
Em termos de divisas, ou seja, os gastos dos turistas estrangeiros no Brasil, o aumento supera os 10% no mesmo período, passando de US$ 5,9 bilhões para US$ 6,5 bilhões. Segundo Peduzzi, se compararmos com 2003, o ingresso de turistas aumentou 25% e as divisas cresceram 139%, ou seja, está aumentando cada vez mais e com tendência de aceleração.
O fato do Brasil se configurar como um país emergente dos BRICs influencia de forma positiva todo o setor. Pois isso é reflexo da melhora na nossa economia e, consequentemente, na condição de vida dos brasileiros.
Além disso, o Brasil passa a ser reconhecido internacionalmente, aumentando o interesse das pessoas em conhecê-lo e a fazer negócios aqui, o que também é benéfico ao setor de turismo.
De acordo com todas as informaçõesque foram levantadas sobre o setor de estudo, no caso o turismo, no segmento agências de viagens, podemos concluir que as perspectivas são boas para o futuro dessa atividade.
Baseamo-nos no fato de que o setor de turismo está em crescimento, com uma projeção de aumento de 7,8% para o ano de 2012. Além disso, como pudemos verificar no nosso estudo na Etapa 1, em 2011, as empresas do setor do turismo no Brasil registraram um aumento de 18,3% em relação ao ano anterior, e o segmento de agências de viagens foi um dos que mais faturou, contando com 19,5% do total do faturamento do turismo.
Além disso, verificamos que em todas as classes sociais houve aumento de gastos com o setor, com recorde para a classe C, que nos últimos dez anos teve um aumento de 277,3% em relação aos gastos com turismo.
Nas cidades em que analisamos, conclui-se que todas têm aumentado o seu produto interno bruto (PIB) e a renda per capita, e em todos os casos o setor de comércio e serviços tem maior representatividade no PIB do município.
Vimos também que Belo Horizonte e Uberlândia têm potencial no setor, se destacando no turismo de negócios e comercial, sediando importantes eventos nacionais e internacionais.
No Brasil, a situação economica atual também favorece a atividade, já que a inflação segue de forma controlada, e os juros baixaram, o que aumenta o consumo da população e facilita a compra de um pacote turístico.
No que diz respeito as crises da Europa e EstadosUnidos, as mesmas não afetaram o setor no Brasil, já que houve aumento no número de turistas estrangeiros e também aumento no valor que os mesmos gastaram no país.
Dessa forma, acreditamos que se o mercado continuar a se comportar dessa forma, a nossa atividade estudada tem potencial para ser bem sucedida, pois todos os indicadores mostram que o setor de turismo está em crescimento, e a nossa economia também, fazendo com que as pessoas tenham uma melhor condição de vida e, assim, podem investir seu dinheiro em uma viagem.
Além disso, os brasileiros, de todas as classes sociais, veem importância no turismo e sentem necessidade de consumir cada vez mais esse serviço.
No entanto, é importante acompanhar sempre o mercado para projeções sobre o setor, pois se houver aumento da inflação e taxa de juros, os consumidores do turismo passarão a ter menos poder de compra, e como o serviço comercializado não é um item de necessidade básica, podendo ser considerado um item de luxo, as pessoas passariam a deixar de consumir, fazendo com que o setor fosse fortemente atingido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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