Administracao - Teoria e Processos

TEORIA CLASSICA DA ADMINISTRACAO

No livro “Teoria Geral da Administracao”, de Idalberto Chiavenato, o capitulo 4 trata das teorias de como a administracao deve ser aplicada nos negocios. Tanto a Teoria Cientifica, que eh mais focada no trabalho do operario, como a Teoria Classica, que foca na estrutura que a organizacao deve ter e vai do todo para as partes, almejam o mesmo objetivo: a eficiencia das organizacoes.

No livro Chiavenato destaca a Teoria Classica da administracao criada por Henri Fayol na Europa durante a expansao pos Primeira Guerra Mundial, e explica que Fayol atribuiu funcoes dentro de uma empresa (tecnicas, comerciais, financeiras, de seguranca, contabeis, e administrativas). A funcao administrativa eh a integracao das outras cinco funcoes, coordenando-as, e lembrando que elas apenas funcionam em conjunto, por isso sao de responsabilidade de todos, e nao apenas do chefe. Alem de delegar essas funcoes em uma empresa, o administrador deve saber de suas funcoes, em que deve prever o futuro da empresa, organizar a parte material e social, comandar o pessoal, coordenar o coletivo, e controlar tudo para que as regras sejam seguidas. Essas funcoes sao denominadas de processo administrativo. Eh salientado por Fayol tambem a diferenca entre administracao e organizacao. A organizacao faz parte da administracao, estrutura mas nao a substitui, e eh aplicada na Teoria Classica como antigamente, isto eh, a organizacao nao sofreu modernizacao, mantendo seus principios na organizacao militar e eclesiastica de antigamente . A estrutura organizacional deixa claro quem eh subordinado a quem, e e qual superior cada funcionario deve se reportar (cadeia escalar). Alem disso, ha 14 principios administrativos gerais (divisao do trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direcao, subordinacao dos interesses individuais aos gerais, remuneracao do pessoal, centralizacao, cadeia escalar, ordem, equidade, estabilidade do pessoal, iniciativa, espirito de equipe) que devem ser adotados pelo administrador.

Dentro dessa teoria, a divisao do trabalho pode ser feita de duas formas: vertical, que eh hierarquica e define os niveis de autoridade, ou a horizontal, que junta um mesmo nivel hierarquico criando sessoes responsaveis por certa atividade (departamentalizacao). Quanto maior a organizacao e a divisao do trabalho, maior eh tambem a necessidade de coordenacao.

A organizacao preferida por Fayol era a linear, que parte dos principios da unidade de comando, unidade de direcao, centralizacao da autoridade, e a cadeia escalar. Essa organizacao segue a forma escalar, deixando bem claro as unidades de autoridade de cada nivel da piramide. Pode-se agregar a esse sistema os orgaos de staff, que aconselham, recomendam, consultam, enfim, auxiliam no processo.

Fayol definiu os elementos que constituem a chamada funcao do administrador (previsao, organizacao, comando, coordenacao e controle)e, apesar dele ser o mestre, seus seguidores nao concordam com tais elementos da administracao. Por exemplo, Urwick definiu outras funcoes, como: investigacao, previsao, planejamento, organizacao, coordenacao, comando, e controle. Ele apenas separou a previsao em investigacao, previsao e planejamento, pensando em uma melhor organizacao da empresa.

Ja Gulik, considerado o autor mais erudito da teoria classica, propoe as funcoes em: planejamento, organizacao, assessoria (staff), direcao, coordenacao, informacao, e orcamento.

Os principios segundo Fayol tambem nao se enquadraram para Gulik, que denominou-os dessa forma: principio da especializacao, da autoridade, da amplitude administrativa, e da definicao.

A Teoria Classica foi sendo aprimorada, tendo suas falhas detectadas. As principais criticas a respeito da teoria dizem a respeito da abordagem da organizacao, viu-se que ela eh muito simplificada e restrita, impedindo o conhecimento detalhado para uma melhor conducao do administrador.

Outro ponto eh a ausencia de trabalhos experimentais. A teoria enumera muitas coisas, funcoes, principios, mas nao mostra nada solido a respeito disso, diluindo essas informacoes na aplicacao, quando o trabalho eh realizado.

O terceiro ponto eh o excesso de racionalismo. Isto eh, os autores estao muito preocupados em proporem solucoes imediatas, objetivas, deixando superficial e nao realista para o administrador, sendo um sistema extremamente pragmatico.

A quarta critica refere-se a “Teoria da Maquina”, que diz que determinadas acoes ou causas tem determinados efeitos e consequencias, e se tratando de pessoas, esse sistema se torna complicado de ser aplicado.

O quinto ponto retrata a organizacao, mostrando-se incompleta, isto eh, na teoria vemos um excesso de preocupacao com a organizacao formal e o esquecimento da organizaao informal. Isso nao quer dizer que a organizacao formal ignorava os problemas humanos da organizacao, apenas nao conseguia dar solucoes eficazes para confitos e interacoes organizacionais humanas.

O ultimo ponto critica o sistema fechado da teoria. Ela compoe pontos totalmente previsiveis e manipulados, senso uma importante teoria para aprendizes, pois permite um aprendizado sistematico e organizado, ajudando o administrador a manipular as dificuldades diarias com confianca. Nao deixando de ser uma abordagem simplificada, superficial.

Lembrando que essa Teoria nao eh incorreta, apenas incompleta. E mesmo assim ainda eh a mais usada com estudantes, pois ensina de um jeito simples e direto, com elementos compreensiveis, defindindo a funcao basica da administracao,