Administração Científica - Taylor
Tese: Administração Científica - Taylor. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: viniref • 3/10/2013 • Tese • 2.437 Palavras (10 Páginas) • 633 Visualizações
Administração Científica - Taylor
1 - Estudo sistemático das organizações e da administração
Foi somente no final do século XIX que começou a preocupação de estudar de forma autônoma e sistemática as organizações empresariais e as melhores maneiras delas obterem resultados, uma vez que se tinham tornado mais complexas e mais importantes para a economia.
2 - Administração Científica
Em termos de desenvolvimento das escolas ou teorias da administração, a escola clássica é a mais velha, tendo se iniciado com a Teoria da Administração Cientifica, estabelecida por Frederick W. Taylor.
Os princípios da administração científica se basearam na estrutura formal e nos processos das organizações.
As pessoas eram vistas como instrumentos de produção, e utilizadas para alcançar a eficiência para a organização.
Frederick Winslow Taylor (1856-1915), engenheiro, é considerado o fundador da administração científica. Ele é normalmente visto como insensível e até desumano pelo enfoque mecanicista de tratamento da organização. Todavia, muitos de seus estudos e principalmente conclusões, ainda são utilizados e plenamente aplicáveis no moderno processo produtivo.
2.1 – Frederick Winslow Taylor, o Pai da Administração Científica
Frederick Winslow Taylor, engenheiro norte-americano, nasceu em Germantown Pensilvânia no dia 20 de março de 1856 e morreu na Philadelphia no dia 21 de março de 1915. Era um homem comum de família rica, mas não um intelectual especialmente brilhante, foi precursor do primeiro manifesto revolucionário sobre o redesenho de processos e trabalho visando aumentos radicais de produtividade.
Interrompeu os seus estudos de Direito no ano de 1875, voltando-se para a indústria. Após um período de aprendizado, ingressou na Midvale Steel Co. (1878) e a seguir na Manufacturing Investment Co.; Suas principais obras incluem: Shop Manufacturing (1903 – Manufatura em Oficina) e Principles of Scentific Management (1911 – Princípios de Administração Científica).
As idéias de Taylor partiram do “chão de fábrica”, mas alcançaram vôo e acabaram condicionando obsessivamente a cultura do século. Naquela época não havia nenhum pensamento por trás do ato de trabalhar, trabalho era ação pura; Os funcionários utilizavam técnicas imensamente diferentes e eram propensos a pegar leve no trabalho. Taylor acreditava que aquilo que o trabalhador produzia representava apenas um terço de suas possibilidades. Por isso, dispôs-se a corrigir essa situação aplicando o método científico a trabalhos no chão-de-fábrica. Passou mais de duas décadas procurando a melhor forma “the Best way” de fazer cada trabalho.
A maior parte dos estudos de Taylor na busca de maior eficiência na fábrica, foram feitos na usina Midvale Steel. Na ocasião, não havia conceitos claros sobre a responsabilidade do trabalhador e da administração. Praticamente não existia nenhum padrão para o trabalho eficaz. Os operários trabalhavam em marcha lenta propositalmente. As decisões de administração eram baseadas no “desconfiômetro”, no palpite e na intuição. Os gerentes se limitavam a estabelecer as contas de produção e não se preocupavam com o processo. Os trabalhadores eram designados para cargos, com pouca ou nehuma preocupação pela adequação de sua habilidade e aptidões às tarefas que deveriam executar. O pior era que a administração e os trabalhadores se encontravam em permanente conflito. Em lugar de cooperarem para seu mútuo benefício, percebiam sua relação como um jogo de “soma zero”, ou seja, o ganho de um correspondia à perda do outro.
Taylor procurou criar uma revolução mental entre os trabalhadores e a administração, definindo diretrizes claras para melhorar a eficiência da produção. Taylor defendeu o uso de estudos de “tempos e movimentos” como meio de analisar e padronizar as atividades de trabalho. O seu enfoque administrativo solicitava observação detalhada e mensuração do trabalho, mesmo do mais rotineiro para descobrir o melhor modo de fazer as coisas. Para Taylor, a adoção destes princípios resultaria na prosperidade da administração e dos trabalhadores, ou seja, estes ganhariam maiores salários e aquela, mais lucros.
2.2 – Análise das Tarefas e o Estudo de Tempos e Movimentos
Taylor observou o trabalho dos operários e efetuou a análise das tarefas de cada operário e os seus movimentos e processos de trabalho; aperfeiçoando-os gradativamente. Com isso, verificou que o operário médio produzia muito menos do que podia com o equipamento disponível. Concluiu que se o operário mais produtivo percebe que no final obtém a mesma remuneração que o acomodado, acaba por perder o interesse e não produzindo de acordo com sua capacidade. Taylor percebeu a necessidade de se pagar mais ao operário que produz mais.
Para contornar a situação, Taylor apresenta seu primeiro trabalho da administração científica a pice-rate system (sistema de pagamento por peça). Nesse trabalho Taylor argumentou que a administração deveria primeiro descobrir quanto tempo levaria para que um homem, dando o melhor de si, completasse uma tarefa. A administração poderia então estabelecer um pagamento por peça de tal forma que o trabalhador fosse levado a trabalhar o suficiente para assegurar uma remuneração razoável.
De acordo com Taylor, o caminho para resolver o problema dos salários é descobrir qual a velocidade máxima que o trabalho pode ser feito; para que tal seja possível é necessário estudar os movimentos elementares que uma tarefa exige. Portanto a principal razão para a invenção do estudo de tempos e movimentos, de onde surgiu a administração científica, foi a busca da precisão para definir o valor dos salários.
Provavelmente, o exemplo mais citado da administração científica foi o experimento de Taylor com lingotes de ferro, pesando 25 quilos cada um, que eram carregados pelos trabalhadores em vagonetes. Sua produção média era de 12,5 toneladas. Taylor acreditava que a análise da tarefa para determinar a melhor maneira de carregar os lingotes de ferro poderia aumentar a produção em cerca de 47 ou 48 toneladas por dia.
Taylor começou seu experimento procurando um sujeito fisicamente forte que atribuísse grande valor ao dinheiro. O indivíduo escolhido foi um grandalhão imigrante holandês, a quem ele chamou de Schmidt. Schmidt como os demais carregadores, ganhava 1,15 dólar ao dia, o que, naquela época,
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