Analise dos Efeitos da Pandemia no Trabalho e no Trabalhador
Por: Yago Denozor • 11/12/2020 • Trabalho acadêmico • 969 Palavras (4 Páginas) • 172 Visualizações
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P2 - Organização social do trabalho
Desafios ao Trabalho na Pandemia
Alunos: Matheus Hibrahim e Yago Denozor
O mundo do trabalho vem sendo fortemente afetado pela pandemia global do Corona vírus. Além da ameaça à saúde pública global, a pandemia acarreta impactos econômicos e sociais que afetam os meios de subsistência e o bem-estar de milhões de pessoas no longo prazo.
No Brasil, o contexto que o trabalho se encontrava antes da pandemia já não era bom, devido a crise iniciada no segundo mandado de Dilma, se agravou ainda mais com a reforma trabalhista no governo Temer, que afrouxou os vínculos empregatícios entre empregados e empregadores com o objetivo de diminuir o desemprego. Hoje sabemos que não teve o resultado esperado, e apenas reduzindo as garantias do trabalhador e aumentando a precarização do trabalho.
Agora no contexto da pandemia agravou praticamente tudo que já estava ruim, houve uma explosão de demissões, crescimento do subemprego e jogou milhões de brasileiros na informalidade. Os que deram sorte de continuarem em seus empregos vivem com medo do vírus, tendo que pegar o transporte publico lotado diariamente para chegar em seus trabalhos e não se sentem totalmente seguros no ambiente que trabalha. Ou até mesmo aqueles trabalhadores que se encontram na melhor, ou posso dizer, menos pior situação, aqueles que suas empresas adotaram o Home Office enfrentam problemas, como problemas de conexão de internet, necessidade de um notebook e periféricos que triplicaram de preço durante a pandemia devido à alta demanda.
Outro problema que vem acontecendo durante a pandemia são as reduções da jornada de trabalho e consequentemente as reduções salariais, fazendo que muitos trabalhadores procurem formas informais de complementar a renda. O segmento que mais cresceu nessa pandemia foi sem duvidas o de entregas por aplicativos que evidencia o fenômeno da uberização do trabalho, nome tirado da empresa pioneira nesse segmento, UBER.
Professores e especialistas alegam que haja uma exploração de mão de obra por parte dessas empresas, que tem como característica a total falta de responsabilidade ou obrigação perante aos seus “parceiros”, ou seja, o trabalhador fica sem nenhuma garantia, nenhum seguro tanto do estado, quanto da empresa. O modelo de trabalho é vendido como atraente e ideal, pois propaga a possibilidade de se tornar um empreendedor, autônomo, com flexibilidade de horário e retorno financeiro imediato. Esta ilusão fez o mercado crescer rapidamente, em detrimento as relações formais de emprego que estávamos acostumados, principalmente, no que se refere a identificação profissional.
Segundo o professor José Dari Krein haverá mais uma explosão do desemprego, tendo em vista que no primeiro momento muitas empresas aderiram a suspensão de contrato, que só vale por dois meses, então essa decisão sairia mais em conta no ponto de vista financeiro para o empregador do que a demissão em si. E nesse período o trabalhador receberia o seguro desemprego, só que a longo prazo isso não é sustentável e de uma forma ou de outra a empresas teriam que demitir funcionários.
Outro desafio que o professor aponta é a politica publica baseada na austeridade em que o Governo Bolsonaro vem sinalizando, que tudo voltará a normalidade assim que a pandemia acabar, forçando para abrir mais a economia botando a vida das pessoas em riscos, segundo o professor essa política não dará certo, baseado em experiências vivenciadas em outros países.
Em meio a todos estes problemas e empecilhos que foram trazidos e/ ou pioradas pela pandemia, uma remodelação doa ambiente de trabalho é necessário, sendo esse avanço tecnológico, por exemplo, nas empresas (home office) uma maneira de restringir seus funcionários, eles são marcados e controlados durante todo seu período de trabalho. Seguindo nesse ruma as relações interpessoais no trabalho irá se extinguir. A relação com outros indivíduos é cortada a praticamente zero, nesse contexto some uma dimensão real do trabalho, seu esforço e trabalho é ignorado somente importando o resultado, as metas. Nas empresas e escritórios antes da pandemia a relação entre os funcionários era de suma importância, era importante a existência de um espaço forma e informal. As conversas e interações entre funcionários os tornavam mais efetivos, estimulados e essa interação muitas vezes os ajudava a solucionar problemas e metas a superar, devido as trocas de experiências, informações e percepções trocadas pelos funcionários. No home office estes espaços e interações são quase nulas.
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