Análise de demanda da piscicultura extensiva na cidade de Marabá.
Por: thaybsc • 27/4/2017 • Trabalho acadêmico • 1.149 Palavras (5 Páginas) • 247 Visualizações
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Universidade do Estado do Pará
CCNT - Centro de Ciências Naturais e Tecnologias
Curso de Engenharia de Produção
Análise de demandas regionais
Análise de demanda da piscicultura extensiva na cidade de Marabá.
Professor: Ademi Alencar
Gabriela Antunes, Andressa Araújo, Daianne Nazar, Fernanda Bacelar, Maria Luzia Oliveira e Giovanna Araújo
Marabá
2014
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é analisar a demanda da piscicultura, que é o cultivo de peixe, no município de marabá, e em especial a piscicultura extensiva, também conhecida como pesca artesanal, praticada em reservatórios de grandes dimensões naturais. Nesse sistema o número de peixes por unidade de área é baixa, a alimentação fica restrita ao alimento naturalmente existente e não há controle sobre a reprodução.
Essa atividade está sendo representada neste trabalho pelo sindicato Colônia de Pescadores Z-30, que está localizada na Marabá Pioneira, Av. Mal. Deodoro nº 2590.
Através de uma visita feita ao mesmo, e por meio de questionários, foi possível coletar alguns dados fundamentais para este estudo, como o numero de pescadores cadastrados, tanto ativos, quanto aposentados, a porcentagem do consumo desse produto na região, a porcentagem desse produto que é exportado e para onde são exportados, as variedades de peixes e seus respectivos preços, o quanto é produzido por mês e o total ao ano, como os pescadores sobrevivem no período de defeso, e o quanto que esse setor contribui para o PIB da cidade de Marabá. Fatores estes que serão aprofundados adiante.
METODOLOGIA
A presente pesquisa foi realizada no município de Marabá, no estado do Pará, no dia 14/08/2014. A coleta de dados foi realizada no órgão responsável pelo controle administrativo da pesca neste município, chamado Colônia de Pescadores Z-30, cujo CNPJ é 015.125.984-001/50, que fica localizado na Avenida Marechal Deodoro, 2590, Santa Rosa, através de uma entrevista com a presidente do estabelecimento, Sra. Samara Fernandes Coelho e alguns pescadores, que nos proporcionaram uma coleta de dados e observações gerais relacionadas ao cadastramento de pescadores, quantos estão ativos e aposentados, o período de pesca, o período em que a pesca é vetada, as espécies frequentemente capturadas e mais comercializadas, o preço do peixe por quilo e as toneladas por mês.
Fundamentação teórica
Os pescadores do município de Marabá cadastrados na Colônia de pescadores Z-30 realizam a atividade pesqueira no perímetro dos rios Tocantins e Itacaiúnas
Segundo pescadores locais a espécie de peixe mais abundante da região é o Mapará (Auchenipterus Nuchalis), sendo ele também o de menor consumo. Todavia, o Tucunaré (Cichla ocellaris) é o mais consumido, por uma série de fatores, dentre eles, os hábitos regionais.
Além dos peixes citados anteriormente, inclui-se na produção local as seguintes espécies: Piau (Leporinus freiderici), barbado (Pinirampus pinirampu), cari (Hypostomus affinis), cará (Geophagus brasiliensis), branquinha (nome cientifico não determinado), mandi-moela (heterobranchus sextentaculatus), voador (exocetus volitans) e pescada (cynoscion spp).
Desenvolvimento
A pesca artesanal é considerada uma das atividades mais antigas exercida pelo homem e uma das mais importantes para o seu desenvolvimento. No setor de pesca artesanal estima-se que aproximadamente 700.000 pescadores estejam envolvidos, sendo representados por 400 colônias distribuídos entre 23 Federações Estaduais.
No município de Marabá são cadastrados, na Colônia de Pescadores Z-30, cerca de 1100 pescadores, sendo aproximadamente 900 ativos e 200 aposentados por idade, anos de serviço ou invalidez, de acordo com dados disponibilizados pela administração da Colônia. Segundo o Cadastro Geral de empregados e desempregados – CAGED – existem aproximadamente 120.00 postos de trabalhos com carteira assinada em Marabá sendo que 0,91% equivale à empregos gerados a partir da pesca artesanal.
Em Marabá o período de defeso é entre 01 de novembro até 28 de fevereiro. Cerca de 550 pescadores cadastrados dispõem a concessão do benefício de seguro desemprego, durante o período de defeso, ao pescador profissional que exerce a atividade pesqueira de forma artesanal, de acordo com a Lei no 10.779, de 25 de novembro de 2003. Sendo que 350 não recebem o seguro por questões de problemas com a justiça, como a falta da comprovação de que está ativo na profissão por não ter a carteira de trabalho.
Devido à falta de demanda do produto e a burocracia no desembarque do peixe na cidade apenas 10% são consumidos aqui, enquanto 90% são exportados para outras cidades, como: Abaetetuba, São Luís, Goiânia, Tucuruí, Belém e Jacundá.
Foi realizada, na colônia de pescadores z-30, uma visita para a realização da coleta de dados nos quais os dados estão representados nas tabelas a seguir:
Quadro-1 Produção mensal por espécie
Março | Abril | Maio | Junho | |
Mapará | 10 t | 15 t | 20 t | 21 t |
Pescada | 6 t | 7 t | 10 t | 6 t |
Tucunaré | 5 t | 7 t | 10 t | 1 t |
Piau | 8 t | 5 t | 8 t | 4 t |
Avoador | 2 t | 5 t | 5 t | 6 t |
Barbado | 500 kg | 800 kg | 800 kg | 2 t |
Mandi Moela | 600 kg | 1000 kg | 5 t | 3 t |
Branquinha | 4 t | 6 t | 10 t | 7 t |
Cará | 3 t | 4 t | 5 t | 300 kg |
Cari | 500 kg | 800 kg | 600 kg | 800 kg |
Total: | 39.600 t | 49.600 t | 74.400 t | 51.100 t |
Fonte: Equipe
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