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Por:   •  21/3/2013  •  1.604 Palavras (7 Páginas)  •  1.474 Visualizações

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GIARDÍASE

AMEBÍASE

Amebíase

INTRODUÇÃO:

Existem várias espécies de amebas que podem ser encontradas no Homem e entre elas a Entamoeba histolytica. A única espécie patogênica, em determinadas condições, é a Entamoeba Histolytica embora em um grande número de casos viva como comensal no intestino grosso. A Entamoeba histolytica tem ampla distribuição geográfica, sendo encontrada praticamente em todos os países do mundo. Atingem de um modo geral, 10% da população mundial.

Descrição: Infecção causada por um protozoário que se apresenta em duas formas: cisto e trofozito. Esse parasita pode atuar como comensal ou provocar invasão de tecidos, originando, assim, as formas intestinal e extra-intestinal da doença. O quadro clínico varia de uma diarréia aguda e fulminante, de caráter sanguinolento ou mucóide, acompanhada de febre e calafrios, até uma forma branda, caracterizado por desconforto abdominal leve ou moderado, com sangue ou muco nas dejeções. Pode ou não ocorrer períodos de remissão. Em casos graves, as formas trofozoiticas se disseminam através da corrente sanguínea, provocando abcesso no fígado (com maior freqüência), nos pulmões ou no cérebro. Quando não diagnosticadas a tempo, podem levar o paciente ao óbito.

Agente etiológico: Entamoeba histolytica.

Reservatório: O homem.

Entamoeba histolytica

Modo de transmissão: Ingestão de alimentos ou água contaminados por dejetos, contendo cistos amebianos. Ocorre mais raramente na transmissão sexual devido ao contato oral-anal.

Período de incubação: Entre 2 a 4 semanas, podendo variar dias, meses ou anos.

Período de transmissibilidade: Quando não tratada, podem durar anos.

Sintomas: Os sintomas das pessoas com amebíase vão desde a diarréia com cólicas e aumento dos sons intestinais até a diarréia mais intensa com perda de sangue nas fezes, febre e emagrecimento. Nestes casos ocorre invasão da parede do intestino grosso com inflamação mais intensa e os médicos chamam de colite. Podem ocorrer ulcerações no revestimento interno do intestino grosso, por esta razão o sangramento. Raramente a infecção causa perfuração do intestino, quando ocorre a manifestação é de doença abdominal grave com dor intensa, rigidez e aumento da sensibilidade da parede além de prostração extrema da pessoa afetada. A doença pode apresentar-se de forma mais branda com diarréia intermitente levando muitos anos até surgir um comprometimento do estado geral. Não muito comumente o protozoário pode penetrar na circulação e formar abscessos (coleções fechadas no interior de algum órgão ou estrutura do corpo) no fígado que causam dor e febre com calafrios. Estes abscessos podem romper-se para o interior do abdômen ou mesmo do tórax comprometendo as pleuras (camada que reveste os pulmões) ou o pericárdio (camada que reveste o coração). Também raramente podem formar-se tumorações no intestino que se denominam “amebomas”. As situações de doença extra-intestinal ou invasiva são as que levam aos casos mais extremos que evoluem para a morte do indivíduo infectado.

Complicações: Perfurações e peritonite, hemorragias, colites pós-disentéricas, apendicite e amebomas.

Diagnóstico: O exame de fezes detecta o parasita com alguma facilidade. A forma mais invasiva depende do que os médicos chamam de exames de imagem (tomografia computadorizada, ecografia ou ressonância magnética). Algumas vezes para confirmação diagnóstica, além do exame de imagem os médicos usam agulhas finas para puncionar os abscessos. Nas formas mais invasivas, quando o diagnóstico não for possível por identificação do cisto utilizam-se exames de sangue para a detecção da presença de anticorpos contra o parasita.

Tratamento: A droga mais utilizada pelos médicos é um antimicrobiano com nome de metronidazol, mas existem outros com uso recomendado para circunstâncias específicas. O tempo de tratamento pode variar conforme o comprometimento da pessoa. Às vezes, quando houver a formação de abscessos hepáticos pode ser necessário aspirá-los com agulha para diagnóstico ou tratamento, muito raramente estes casos irão à cirurgia.

Prevenção: A contaminação fecal dos alimentos e da água é a principal causa de tal infecção. Como na maioria das parasitoses intestinais as medidas de saneamento básico como tratamento da água e esgotos são decisivas na prevenção desta doença. Os alimentos mais freqüentemente contaminados são os vegetais cultivados junto ao solo. A higiene destes alimentos crus deve ser rigorosa com detergentes potentes seguido de imersão em solução de vinagre ou ácido acético por 10 a 15 minutos. A água somente após ser fervida fica totalmente livre destes protozoários. O tratamento adequado destes pacientes ajuda a eliminar fontes de propagação da doença, principalmente na zona rural onde a água tratada não é sempre disponível. Os hábitos gerais de higiene como lavar as mãos após o uso do sanitário são medidas de educação que com certeza contribuem na prevenção. A fiscalização dos prestadores de serviços na área de alimentos pela vigilância sanitária é de suma importância. Recentemente a possibilidade de vacina para um futuro não muito distante mostrou-se viável.

Ciclo de Amebíase

Giardíase

INTRODUÇÃO:

A giardíase é uma parasitose intestinal mais freqüente em crianças do que em adultos e que tem como agente etiológico a Giárdia lamblia. Este protozoário flagelado tem incidência mais alta em climas temperados. Ao gênero Giárdia pertence o primeiro protozoário intestinal humano a ser conhecido. Sua descrição e atribuída a Leeuwenhoek que notou 'animalúnculos móveis' em suas próprias fezes.

Descrição: Infecção causada por protozoários que atinge, principalmente, a porção superior do intestino delgado. A infecção sintomática pode apresentar-se através de diarréia, acompanhada de dor abdominal. Esse quadro pode ser de natureza crônica, caracterizado por dejeções amolecidas, com aspecto gorduroso, acompanhadas de fadiga, anorexia, flatulência e distensão

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