Apresentação de Trabalho
Por: RaCristina • 16/6/2015 • Resenha • 1.414 Palavras (6 Páginas) • 780 Visualizações
À volta por cima - A história Vitoriosa da Indústria de Fertilizantes Fersol
Fersol Indústria e Comércio S/A
“A história de sucesso do empresário Michael Haradom que conseguiu salvar sua empresa da falência tomando os funcionários como aliados e compensando-os com educação, conscientização, respeito e participação nos lucros, depois da virada.”
Introdução
A Empresa foi fundada em 15 de setembro de 1975 no município de Mairinque – SP por Michael Haradom.
De início, a Fersol era uma empresa de representação e importação de fertilizantes e de defensivos agrícolas.
A empresa em sua fundação, além de Michael Haradom, contava apenas com mais um sócio, uma secretária e um auxiliar administrativo, sendo assim, na realidade um escritório de representação e de importação.
Em 1983 a Fersol deixa de ser apenas importadora para ser uma empresa industrial, produtora exportadora de defensivos agrícolas e de domissanitários. Para tanto, é mobilizado um grade capital, com o qual se adquire duas novas plantas em Tatuí-SP e Itapetininga-SP, que possibilitou investir em laboratórios especializados, máquinas agrícolas e de irrigação para testes de produtos.
Neste período, a empresa passa ter 30 funcionários, exclusivamente do sexo masculino.
Na segunda metade dos anos de 1980, com o estabelecimento de parcerias comerciais com empresas multinacionais, a Fersol chega a faturamento anual de US$ 30 milhões, o que representava 3% do mercado agrícola nacional.
No início dos anos de 1990 a empresa não resiste à abertura do Brasil às importações e em menos de cinco anos acumula uma dívida de US$ 10 milhões, com prejuízo de US$ 4,5 milhões em 1996.
Depois de três tentativas de reerguer sua empresa por meio de processos de reengenharia, Michael Haradom recebeu um abraço comovido do consultor Jabob Grajew, um dos mais respeitados do mercado, que pronunciou a seguinte sentença: “Desista, meu caro. A Fersol está morta - só falta deitar”. Nesse momento, o sócio de Michael Haradom abandona a sociedade.
Haradom perguntava-se se haveria alguém a quem apelar, alguém que ainda se importasse com o futuro da companhia e tivesse alguma disposição para ajudar. Foi quando olhou para seus funcionários e percebeu que para eles o destino da Fersol fazia toda a diferença.
Neste período, unifica o seu processo produtivo em Mairinque, desativando suas plantas de Tatuí e Itapetininga. Além dessa ação, como estratégia de recuperação, ele hipotecou bens e traçou os planos para salvar a empresa: primeiramente pagar os salários dos funcionários e, em seguida, saldar as dívidas com os fornecedores, com os bancos e, por último, com o governo.
Convocou seus pouco mais de 60 funcionários para uma reunião, apresentou-lhes os números da empresa, mostrou-lhes a situação nua e crua e pediu ajuda. Acenou com cortes das remunerações e sobrecarga de trabalho, mas garantiu que não desistiria da luta e que saberia recompensar aqueles que permanecessem a seu lado.
De comum acordo com os funcionários, todos os salários foram reavaliados, inclusive a retirada mensal de Haradom, que ficou estabelecida em oito mil reais. Alguns se foram, mas para sua surpresa a maioria aceitou o desafio. Os que ficaram hoje fazem parte de uma companhia que consta na lista das 150 melhores empresas para se trabalhar publicada pela revista Exame.
Salvar a Fersol foi uma operação complexa que envolveu estratégias especiais junto aos concorrentes, renegociação de dívidas com os fornecedores, adiantamento de pagamento por parte dos clientes, e, sobretudo revolucionou completamente as relações trabalhistas na empresa.
Em primeiro lugar os funcionários não são mais considerados empregados, senão colaboradores e, em verdade, atualmente são sócios. Em 2002, 30% das ações da empresa foram entregues aos funcionários com mais de dois anos de casa.
Em 1996, como mais uma estratégia de recuperação da empresa, começa-se a contratar mulheres para trabalhar na linha de produção. Além disso, foi criado para os funcionários um Programa de Alfabetização e Educação, tendo em vista elevar seu grau de escolaridade. Estabeleceu-se a meta de em até dez anos os funcionários concluírem ao menos o ensino médio.
Em razão da baixa adesão ao Programa de Alfabetização, foi criado, então, o Programa “Incentivo à Educação e Cidadania’’ que propunha: 5% de adicional no salário para quem estudasse e 10% de adicional no salário para quem continuasse estudando depois do ensino médio concluído. Este Programa mereceu ampla aceitação dos funcionários e foi também aberto à participação de moradores do entorno da empresa.
Além, dessas ações a empresa buscou estabelecer uma gestão administrativa que incorpore temas como Responsabilidade Social Empresarial, Meio Ambiente e Sustentabilidade.
A empresa, ao final dos anos de 1990, contava com quadro funcional de 300 funcionários.
Ao longo dos anos 2000, conforme segue tabela abaixo, a Fersol apresenta uma rentabilidade que oscila, mediante o desempenho do mercado nacional agrícola e suas crises internas.
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Segmento da Empresa
A Fersol Indústria e Comércio S/A é uma empresa brasileira de capital nacional que atua no mercado de produtos químicos nos segmentos fitossanitários, ou seja, de defensivos agrícolas. Estes são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas. A utilização destes nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, tem por finalidade alterar a composição da fauna ou da flora, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. Além dos defensivos agrícolas são produzidos: desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do crescimento.
Outro segmento de produção da empresa são os domissanitários, saneantes destinados ao uso domiciliar. Os saneantes são substâncias ou preparações destinadas à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar. São exemplos de saneantes os detergentes, alvejantes, amaciante de tecido, ceras, limpa móveis, limpa vidros, polidores de sapatos, removedores, sabões, saponáceos, desinfetantes, produtos para tratamento de água para piscina, água sanitária, inseticidas, raticidas, repelentes, entre outros.
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