As propriedades especificas dos campos científicos.

Resumo / conteúdo de interesse:

1. O campo como microcosmos.

2. As propriedades especificas dos campos científicos.

Bourdieu observa duas questões importantes, colocando em questão quais são os usos sociais da ciência e se é possível fazer uma ciência da ciência. Se baseando na análise dos papeis da ciência perante a sociedade e as diferentes formas de uso que fazem dela, Bourdieu elabora a noção do campo que está num universo intermediário entre as duas correntes de pensamento, nesse universo estão os produtores e difusores do conhecimento, desenvolvendo também a ideia de autoridade e a luta que ocorre em função do jogo de força na ciência, isso sob um habitus, composto por regras que todos do campo deve seguir.

O campo científico é tido como uma estrutura social de ação e influência na troca de relações estabelecidas, onde desentendimentos mais diversos ocorrem. Neste universo os agentes criam ou difundem conhecimento em diversas formas. Visto como um microcosmo em que a noção de campo irá estabelecer o nível de autonomia no interior de um campo científico e os procedimentos para que uma ciência seja capaz de se libertar de pressões externas pois, também tem intervenção de fora no que diz respeito ao o que deve ser pesquisado e ao o que deve ser exposto. Da mesma maneira que no meio econômico, a aparição de uma grande corporação produz alterações no mercado o que faz com que este se ajuste às transformações.

Isso acontece por influência de um bem de consumo conhecido como capital científico, subdividido em duas perspectivas, de um lado temos o político que está ligado principalmente a cargos e posições relevantes dentro de instituições, e do outro o capital científico puro, que considera o prestigio que vai além da associação formada nas instituições, ou seja, capital cientifico é uma forma de capital simbólico, que se baseia em relações de conhecimento e reconhecimento dentro do campo( composto por seres dominantes e dominados).

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