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CAPITALISMO E RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

Por:   •  15/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.376 Palavras (6 Páginas)  •  482 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

A presente produção textual tem por objetivo abordar temas referentes a responsabilidade social empresarial no capitalismo brasileiro e no âmbito da gestão de pessoas.

As empresas precisam cumprir seu papel social com comportamentos que defendam os direitos humanos. Porém, será observado como e porque as empresas brasileiras cumprem essa função. Se é por pura obediência legal ou se realmente há uma preocupação com os direitos humanos e com o ambiente de trabalho.

No âmbito da gestão de pessoas, serão observados os modos de atuação socialmente responsáveis quanto direitos humanos dos trabalhadores. Serão levados em conta os subsistemas da gestão de gestão de pessoas como recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, qualidade de vida no trabalho, programas de cargos e salários.

Todos esses processos devem ser desenvolvidos dentro das organizações de forma que sejam considerados socialmente responsáveis.


  1. DESENVOLVIMENTO

Temos que começar com a definição do que é responsabilidade social, que é quando, voluntariamente ou não, se contribui para uma sociedade mais justa, ou em outras palavras, se adotam posturas e comportamentos que promovam o bem-estar da coletividade.

Mas o que é responsabilidade social empresarial? Segundo Fábio Eon (2015), no âmbito empresarial tende-se a envolver um leque mais amplo de beneficiários e visa qualidade de vida e bem-estar do público interno e externo, a redução de impactos negativos de sua atividade na comunidade e meio ambiente. Envolve a prática da ética e exige uma mudança comportamental, que envolve maior transparência e valores nas relações com parceiros.

No primeiro parágrafo, mencionei “voluntariamente ou não”, o que contraria a maioria das fontes de pesquisa. Explico porquê. Sabe-se que todos nós, seres humanos, temos ou deveríamos ter responsabilidade social. Porém, no que se refere as empresas, num mundo capitalista, a responsabilidade social pode ser concebida como, no mínimo, obediência às normas jurídicas. Se estabelecendo assim uma relação que reza que quanto maior a responsabilidade social, maior a eficácia das disposições legais. Nesse contexto, não importa apenas o conteúdo da regulação jurídica, mas o papel a ser exercido por essa regulação em uma estratégia de governança global.

Digo não voluntario pois a responsabilidade social é imposta pela legislação, a empresa constitui atividade em conformidade com ditames legais, e não por pura consciência de sua responsabilidade social. O não cumprimento das disposições legais pode levar a diferentes sanções, como multas, suspensão de atividades e negativa de acesso a crédito público.

É óbvio que responsabilidade social não pode ser confundida com filantropia ou simples assistência social. Mas deve abranger tanto as atividades de cumprimento das determinações legais como as que vão além desse cumprimento. Numa economia capitalista, onde o objetivo é maximizar lucros, muitas vezes, um comportamento social excedente ao que é legalmente exigido, vai contra os interesses dos acionistas.

Em outros casos, esse comportamento não passa de estratégia a serviço do sucesso da empresa, a curto ou longo prazo. Uma atuação socialmente responsável da organização contribui para o aumento de seu valor. Pesquisas revelam preferência de consumidores, trabalhadores e investidores por empresas socialmente responsáveis.

Outro fator que leva as empresas a um comportamento socialmente responsável é o aumento de produtividade obtido a partir da melhoria das condições de trabalho e do ambiente laboral.

É um processo contínuo de melhoria da empresa na relação com funcionários, comunidades, parceiros e meio ambiente. A lógica é desenvolvimento sustentável e crescimento responsável. A maioria das empresas que adotam ações de responsabilidade social auferem crescimento mais sustentável, ganhos de imagem e visibilidade, além de serem menos propícias a litígios ou problemas judiciais.

A responsabilidade social determinada por uma abordagem institucional, onde o sentido não é negar a importância do comportamento estratégico, mas sim como mencionado antes, exceder a pura conformidade com padrões, a expectativa dos interessados, ou até a incapacidade de desenvolver conduta diversa.

Sob esse ponto de vista a legitimidade é perseguida antes como fim em si mesma, do que como meio para obter vantagem sobre concorrentes ou cumprir determinações legais.

Já a falta de responsabilidade social traz muitos malefícios ao público interno e externo.

Depois do período de industrialização, a sociedade começou a notar os prejuízos causados ao meio ambiente, comunidade e ao trabalhador explorado pelas empresas. A consciência que surgiu na sociedade fez com que as empresas também mudassem. A empresa que reconhece o trabalhador como parte do sucesso tem retorno positivo, tem uma vantagem competitiva. O trabalhador passa a se sentir satisfeito se é reconhecido pelo seu trabalho e já não trabalha simplesmente por obrigação.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define como trabalho decente promover oportunidades para que  homens e mulheres possam ter um trabalho produtivo e de qualidade, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humanas, sendo  considerado condição fundamental para a superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável.

Em um ambiente de trabalho satisfatório é comum que os resultados do trabalho sejam melhores. Criar esse bom ambiente de trabalho é responsabilidade da empresa, é sua responsabilidade social interna em prática. Os trabalhadores precisam estar motivados para a produtividade e contribuindo o bem estar da coletividade.

São muitas as maneiras de se desenvolver um bom clima na empresa, exemplos disso são os programas de benefícios sociais, vale alimentação e transporte, assistência médica e social, qualificação, participação nos lucros. Há também os programas de voluntariado, onde os funcionários participam e se sentem valorizados por contribuir e ensinar outras pessoas, que talvez não tiveram o mesmo acesso à cultura, estudo, lazer. Onde disponibiliza-se aos funcionários, terceirizados ou não, boas condições para que o trabalho aconteça de maneira prazerosa e produtiva, há retorno para o acionista e para todos da organização. O ambiente muda, a empresa muda, os funcionários mudam. Cria-se um clima onde todos se ajudam, a empresa ajuda o funcionário com investimentos no seu quadro de pessoal e os funcionários retribuem esses investimentos com qualidade na produção, satisfação no trabalho, pontualidade, assiduidade, cumprimento de regras, entre outros.

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