Contexto Empresarial

1 INTRODUÇÃO

As empresas são como o corpo humano, têm todo um esquema interno que pra funcionar precisa ser constantemente abastecido. Poderíamos dizer, então, que o capital seria o alimento da empresa.

Neste texto veremos de forma simplificada alguns conceitos encontrados no contexto empresarial, como patrimônio e mercado, por exemplo.

Veremos também como a Contabilidade Social (essa especialização da Contabilidade tão discutida entre muitos autores contábeis) pode ajudar a sociedade e o meio ambiente.

Esse estudo visa explicar ao leitor o que acontece dentro e fora da empresa e suas conseqüências. O assunto será abordado de forma clara, mas sem a mínima intenção de esgotá-lo.

2 CONTEXTO EMPRESARIAL

Com a abertura da economia no Brasil, o mercado se tornou mais atraente, o que fez com que novos empresários surgissem com um pensamento mais atual, focados, logicamente, no lucro, mas também na inovação, na globalização e na responsabilidade com a sociedade e meio ambiente.

2.1 FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS

Também conhecidas como funções do administrador, as funções administrativas foram conceituadas primeiramente pelo engenheiro francês Henri Fayol. A partir daí, a Administração pôde ser vista como uma profissão. Segundo Chiavenato (2009, p. 27), “administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar.”

Podemos dizer que, até os dias atuais, essas funções são muito importantes no processo administrativo. São elas: planejamento, organização, direção e controle (veja no Quadro 1).

Quadro 1 – Funções administrativas

Função Finalidade

Planejamento Significa visualizar o futuro e traçar o programa de ação. Reflete a maneira como as decisões tomadas pela empresa são transformadas em planos e programas para serem aplicadas no futuro

Organização Significa a maneira como a empresa distribui a autoridade, responsabilidades, atividades e recursos. Reflete a composição, o formato, a estrutura que a empresa desenha para distribuir, de maneira orgânica e integrada, a ação empresarial

Direção Significa conduzir e orientar as pessoas. Reflete o estilo de gestão e de liderança adotado pelos administradores, em todos os níveis da empresa, no sentido de motivar e alinhar as pessoas em direção aos objetivos propostos

Controle Significa verificar se o que foi planejado e organizado foi, de fato, executado. Reflete a avaliação da compatibilidade entre os objetivos definidos e os resultados alcançados. Funciona como retroação (feedback) da ação.

Fonte: Chiavenato (2009, p. 27-28)

Sem a prática dessas funções fica praticamente impossível uma empresa sobreviver num mercado competitivo como é o mercado brasileiro.

2.2 PATRIMÔNIO

O patrimônio das entidades (físicas ou jurídicas) é o objeto de estudo da Contabilidade. Athar (2005, p. 3) define, de forma simplificada, patrimônio como “o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados às entidades.” De acordo com Ferrari (2008, p. 33) “o patrimônio de uma empresa é composto pelo conjunto de bens, direitos e obrigações de sua propriedade.” Vários os autores da Contabilidade utilizam esse conceito, por ser o que corresponde à realidade, como é o caso de Marques (2010, p. 30) quando afirma que patrimônio “é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma entidade econômica / administrativa.”

Como vimos, o patrimônio se divide em três: bens, direitos e obrigações.

Os bens são todas as coisas que a entidade possui e que podem ser mensuradas qualitativa e quantitativamente. São classificadas em tangíveis ou intangíveis, móveis ou imóveis.

Os direitos são todos os valores que a entidade tem a receber, como, por exemplo, duplicatas a receber e impostos a recuperar.

As obrigações são o contrário dos direitos, referem-se aos valores que a entidade terá que pagar.

Quando somamos os bens e os direitos e subtraímos pelas obrigações, temos então o Patrimônio Líquido, conhecido também como Riqueza Líquida.

2.3 ORIGENS DE RECURSOS

Os recursos financeiros de uma empresa podem ser obtidos de duas maneiras: através do capital social e também do capital de terceiros.

O capital social é o capital próprio da empresa, obtido através dos sócios, das reservas e dos lucros acumulados. Funciona assim, a empresa precisa de capital pra iniciar suas atividades. Os sócios investem suas poupanças na empresa e, por lei, não podem exigir seu dinheiro de volta para não falir a empresa. O que o sócio pode fazer se quiser sair da sociedade é vender suas participações para outra pessoa sem envolver a empresa. Por isso, denomina-se capital próprio da empresa. Enquanto a empresa estiver em pleno funcionamento utilizará este capital da forma que achar melhor. Em caso de encerramento da empresa o capital retornaria aos proprietários.

Já o capital de terceiros origina-se quando a empresa tem necessidade de adquirir bens ou dinheiro para um melhor funcionamento ou simplesmente para a manutenção de suas atividades. O capital de terceiros constitui débito para a empresa, e pode surgir como um empréstimo, financiamento ou compra à prazo de máquinas, por exemplo.

2.4 ANÁLISE DE MERCADO

Para entender o que é análise de mercado, faz-se necessário conceituar mercado:

Na linguagem comum, a palavra mercado significa um local onde as pessoas compram e vendem bens, como peixes, carne, frutas e vegetais. Em economia, mercado tem um significado mais amplo. Um mercado é qualquer estrutura que permite que compradores e vendedores obtenham informações e façam negócios uns com os outros. Um exemplo é o mercado no qual o petróleo é comprado e vendido – o mercado internacional de petróleo. O mercado internacional de petróleo não é um local, mas a rede formada por produtores de petróleo, usuários de petróleo, atacadistas e corretores que compram e vendem petróleo. No mercado internacional de petróleo, aqueles que tomam as decisões não se encontram fisicamente. Eles fazem negócios ao redor do mundo por telefone, fax e conexões diretas via computador (PARKIN, 2009, p. 40).

A análise de mercado é uma ferramenta muito útil, pois estuda minuciosamente a relação