Custos da Qualidade: Estudo de Caso
Por: lapm8675309 • 10/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.748 Palavras (7 Páginas) • 370 Visualizações
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Custos da Qualidade: Estudo de Caso – SODECIA IMBE
Luís Antônio Pessôa de Magalhães
Ind. Mec. Brasileira de Estampos IMBE Ltda.
Adherbal Caminada Netto
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
RESUMO
This paper presents a description of a real application case of Quality Costs Analysis in a Car Part Manufacturer based in Sao Paulo – SP – Brazil. Quality Costs are listed and classified according to the four well known categories: Prevention, Appraisal, Internal Failure and External Failure Costs. In addition, cost figures which were obtained are presented encompassing a period of several months. A diagram is drawn up showing per cent relative values for said categories in each month. It is then also shown how decisions were taken based on such analysis, and what measures were proposed to optimize Quality Costs. Finally, considerations are made on the ROI of proposed investments.
INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta as ações adotadas pela Indústria Mecânica Brasileira de Estampos – IMBE Ltda., após análises dos indicadores evidenciados através do levantamento e classificação dos Custos da Qualidade. A empresa fica localizada na Rua Adherbal Stresser, nº 550, Jardim Arpoador – CEP 05566-000 – São Paulo – São Paulo – Brasil, é possuidora de grande experiência, adquirida ao longo de mais de 50 anos produzindo para a Indústria Automotiva, peças técnicas para usos diversos, estampadas em aço através de ferramentas de corte, dobra e repuxo, conjuntos soldados por processos MIG, projeção e ponto, tratados quimicamente e pintados por processos de imersão e deposição eletrostática a pó. Em 1998 ela foi adquirida pelo Grupo Sodecia de Portugal e hoje faz parte de uma holding internacional. Sua estrutura organizacional básica é mostrada na figura 1.
[pic 1]
Fig. 1 – Estrutura da SODECIA IMBE
CUSTOS DA QUALIDADE
Preocupada com o vulto dos custos e despesas decorrentes dos problemas resultantes de não se fazer certo as coisas da primeira vez, e que geralmente não são discriminados pelos sistemas de contabilidade formais, a empresa buscou um instrumento que possibilitasse à alta Direção minimizar tais custos, otimizando desta forma a gestão da qualidade através de um adequado emprego de recursos.
Decidiu-se, portanto, adotar a identificação e mensuração dos Custos da Qualidade, de acordo com a categorização (CAMINADA NETTO, 2003) definida a seguir:
- Custos de Falhas Externas – Aqueles decorrentes de faltas de conformidade e falhas detectadas pelos clientes.
- Custos de Falhas Interna – Aqueles decorrentes de falta de conformidade e de falhas antes da expedição para o cliente.
- Custos de Avaliação – São os custos para verificar a condição do produto em sua primeira passagem através do sistema.
- Custos de Prevenção – São os custos para evitar a ocorrência de não-conformidades e falhas e para promover a melhoria contínua.
Após cuidadosos estudos, foram considerados os seguintes elementos (fontes) para comporem as categorias definidas, tal como mostrado no Quadro 1.
Quadro 1 – Elementos dos Custos da Qualidade
Prevenção |
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Avaliação |
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Falhas Internas |
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Falhas Externas |
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Os elementos acima foram divididos pelos setores de origem (unidades informantes) com a distribuição mostrada no Quadro 2.
Quadro 2 – Divisão dos Custos da Qualidade por Setor
Prevenção |
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Avaliação |
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Falhas Internas |
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Falhas Externas |
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Para se computar os Custos da Qualidade, foram convertidas em unidades monetárias as diferentes unidades de medida (horas, ocorrências, etc.) elencadas pelas unidades informantes, conforme apresentadas na Tabela 1 na página seguinte. A fim de preservar a empresa, os valores nela contidos foram alterados, porém mantida a reprentatividade dos mesmos em cada categoria.
Logo após a tabela 1, é apresentado um gráfico que mostra uma distribuição bastante homogênea ao longo dos seis meses, evidenciando um volume significativo dos custos de avaliação e uma indesejável estabilidade nos custos de falhas. Com base nestas informações, a Direção decidiu concentrar esforços e investimentos nos custos de prevenção, Assim, a partir do mês de julho estabeleceu-se reuniões diárias de planejamento da qualidade de produtos novos e correntes, voltadas principalmente para os aspectos de análises de PFMEA e para os Diagramas de Fluxos dos Processos. Estabeleceu-se também, que ações de melhorias contínuas fossem tomadas no sentido de se estabelecer processos cuja meta seja “Zero PPM” em decorrência de defeitos. Convém destacar, no entanto, que, tendo em vista o fato de serem os custos de falhas externas os que colocam significativamente em risco a imagem da empresa, e devido ao fato de que as ações acima tendem a produzir resultados no médio para longo prazo, constatou-se ser fundamental continuar investindo nos custos de avaliação.
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