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DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS ADAM SMITH

Por:   •  27/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.200 Palavras (9 Páginas)  •  232 Visualizações

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE - UNIVILLE

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

ADAM SMITH

Alunos

PROFESSORATeoria Econômica

São Bento do Sul - SC

2017


  1. Biografia

Adam Smith nasceu em 1723, na cidade de Kirkcaldy, Escócia. Filho de Margareth e Adam, os quais eram de classe alta, porém não nobres. Em 1739 ingressou em filosofia moral na Universidade de Glasgow. Após um ano, mudou para a Universidade de Oxford, onde era bolsista. Não ficou satisfeito com o ensino, pois as aulas não tinham quase nada de ensino sistemático, depois de seis anos, concluído o bacharelado retornou a seu país de origem. Quando em 1750 conheceu David Hume, filósofo britânico conhecido por seu ceticismo filosófico e seu empirismo radical, este, se tornou seu grande amigo. Enquanto estava em Oxford, em uma determinada ocasião Adam quase foi expulso por ter uma cópia do livro “Tratado da Natureza Humana”, escrito por Hume, sendo denominado proibido na época.

Em 1751, na capital da Escócia, Edimburgo, lecionou uma série de cursos avulsos, sendo em sua maioria em literatura inglesa e ética. Com o passar dos anos se tornou professor de filosofia moral na Universidade que havia estudado esta mesma matéria, nesta, foi influenciado por seu professor Francis Hutchenson, que havia lecionado esta mesma disciplina em seu primeiro ano de graduação. No ano de 1759 seu primeiro trabalho foi publicado, o livro Teoria dos Sentimentos Morais, no qual aborda os fundamentos psicológicos sobre os quais seu segundo livro seria baseado. Após quatro anos da publicação, deixou seu cargo de professor para entrar em um novo cargo, o de tutor do duque de Buccleuch, com esta nova ocupação, viajou entre os anos de 1763 e 1766 pela Suíça e França, durante esta viagem teve contato com Voltaire e François Quesnay entre outros fisiocratas.

Em 1776, depois de aproximadamente dez anos de pesquisa sobre a natureza e as causas das riquezas das nações, Smith lançou seu segundo livro, sendo este sua maior obra, cujo livro tem o mesmo nome de sua pesquisa ‘Natureza e as Causas das Riquezas das Nações’. Entre os anos de 1777 e 1778 teve a oportunidade de ter um cargo de comissário da alfândega em seu país. E encerrou sua vida sendo reitor da Universidade de Glasgow, onde cursou seu primeiro ano de graduação. Posteriormente no ano de 1790 veio a falecer, na cidade de Edimburgo.

  1. Adam Smith e a Teoria da “Mão Invisível”

Foi em plena época do Iluminismo que Adam Smith teve maior destaque, tornando-se um dos principais teóricos do liberalismo econômico e pai da Economia. Sendo ele o primeiro filósofo a realizar uma organização dinâmica dos indivíduos em sociedade, no sentido de um bem estar coletivo seguindo as mudanças ocorridas com o passar dos anos. Através dele a economia passou a ter uma vasta área sistematicamente organizada de conhecimentos, referente aos recursos escassos em si e dentro da sociedade.

Alguns economistas e teóricos influenciados por Smith foram: David Ricardo, este mostrou pontos que ligavam a expansão econômica com a distribuição de renda, tratou de alguns problemas ligados ao comercio internacional e a livre flutuação do câmbio; John Stuart Mill introduziu as preocupações de justiça social a economia; Carl Menger; Thomas Robert Malthus trabalhou com o crescimento populacional e a oferta de alimentos; Jean Baptiste Say afirmou que o trabalho, o capital e os agentes naturais são os três elementos que se realiza a produção, este assim como Adam, considera como essencial o mercado, mas ficou conhecida sua concepção de que dependendo da oferta, cria-se uma procura equivalente.

A moderna percepção de economia liberal foi imensamente contribuída por Adam. Seu trabalho propiciou a construção de modernas disciplinas acadêmicas sobre livre mercado e foi ele quem providenciou para o capitalismo e liberalismo um tratado intelectual, sendo definido como um dos melhores. Defendia fortemente o liberalismo, sendo tanto contratual entre empregados e patrões, como comercial entre outros. Para ele a desigualdade é tida como incentivo ao trabalho e enriquecimento, esta é uma condição fundamental para que principalmente os pobres que sonham em se tornar ricos, se desenvolvam mais rapidamente para atingir níveis mais elevados de vida.

“É na era dos pastores, segundo período da sociedade, que a desigualdade de fortuna começa a existir, introduzindo entre as pessoas um grau de autoridade e subordinação cuja existência era impossível anteriormente. Esta desigualdade de fortuna dá, portanto, certa relevância àquele governo civil indispensavelmente necessário para a preservação da própria sociedade. (...) Os ricos, em particular, necessariamente se interessam em manter essa ordem de coisas, já que só ela é capaz de assegurar-lhes a posse de suas próprias vantagens. (...) O governo civil, na medida em que é instituído para garantira propriedade, de fato o é para a defesa dos ricos contra os pobres, ou daqueles que têm alguma propriedade contra os que não possuem propriedade alguma.” (ADAM SMITH)

A teoria por ele formulada influenciou o começo da industrialização da Europa, levando os empreendedores a se desenvolver mais rapidamente, desenvolvimento do capitalismo nos séculos XIX e XX, mas também criticou o mercantilismo, absolutismo, as conspirações comerciais, cartéis, à política de alguns países, entre eles a Inglaterra com suas colônias, Estados Unidos por seus impostos altíssimos e monopólio, e também fez críticas em relação ao protecionismo dos países em relação aos outros.

Smith não tentava mudar as pessoas de seu estado natural nem manipulá-las, ele apenas observava os indivíduos como agentes do mercado. Segundo ele a livre interação dos indivíduos em sociedade levava consequentemente a promover um bem estar social.

Segundo Adam Smith, o crescimento do rendimento anual da sociedade esta indiretamente relacionada ao trabalho realizado pelos indivíduos. Mas a intenção dos indivíduos é apenas em benefício próprio, visando valorizar ao máximo o que produz, e não para o bem coletivo. “Não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia meu jantar, mas sim do empenho deles em promover o seu próprio interesse.” (ADAM SMITH)

Sua principal teoria baseava-se na não intervenção do estado na economia, para que as iniciativas privadas pudessem se desenvolver, assim teria a livre concorrência entre as empresas, acarretando no melhoramento de qualidade dos produtos, queda de preços, aumento de produção, assim, consequentemente abrindo novas vagas de emprego, e também fazendo com que as empresas invistam em novas tecnologias para produzir mais com menor custo, podendo vender a um preço mais acessível à população, tendo um consumo de produtos maior. Ou seja, tudo se encaixa dentro de uma teia, onde uma característica depende da outra. Sendo que a economia funciona melhor quando há maior concorrência, pois assim os produtos se tornam melhores e mais acessíveis. Mas Adam reconhecia que em alguns pontos o governo deveria intervir.

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