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DIFICULDADES NA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA 5S

Por:   •  2/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.670 Palavras (11 Páginas)  •  250 Visualizações

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DIFICULDADES NA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA 5S

Davi Henrique Amâncio[1], Luiz Rafael Cortez dos Santos[2], Thiago Gonçalves Madeira[3], Vinicius Carneiro de Oliveira[4]

RESUMO

Este artigo foi realizado com base de alguns artigos relacionados à dificuldade de implantação sobre o 5S, tendo os autores realizado pesquisa em diversos artigos no intuito de se verificar as mais diversas dificuldades que se pode encontrar em uma implantação. Para que através deste se evidencie em várias empresas tanto de pequeno porte quanto de grande porte, e por meio desses artigos foi encontrado diversos erros e dificuldades perante aos funcionários e gestores das empresas relacionadas e de modo em que o 5S é implementado dentro das empresas. Tendo em diversas empresas a maior dificuldade foi a falta de planejamento e por onde dar início ao programa, a má aceitação de seus funcionários ao mudar o modo de serviço, hábitos e costumes e desistência. Através da falta de interesse de muitos gestores e lideres organizacionais, e que muitas vezes não enxergam uma real necessidade de mudanças nas diretrizes das empresas por talvez não obter uma visão mais objetiva do conceito do sistema 5S.

Palavras-chave: 5S1, Implantação2, Dificuldade3.

  1. Introdução

        Este artigo tem o intuito de evidenciar a dificuldade na implantação do 5S, visando que nos dias de hoje existe uma concorrência acirrada entre diversas organizações, muitas empresas se veem a planejar algo de diferente a se sobressair ou mostrar que não é igual perante a outras organizações. Com isso focam na qualidade, e dentro desse aspecto, se tem um conceito chamado 5S.

        Não se tem uma concordância sobre a origem do 5S. Alguns autores citam que foi criado pelo Guru Kaoru Ishikawa, mas não há evidencias em seus livros e artigos que mostrem que de fato ele é o responsável por criar o 5S.

        O programa 5S deriva de 5 palavras japonesas sendo elas Seiri, Seiton, Seisoh, Seiketsu e Shitsuke. Com relação a tradução das palavras há um molde que se preserve de forma a manter o 5S, descritos a seguir;

  • SEIRI = Senso de Utilidade
  • SEITON = Senso de Ordenação
  • SEISOU = Senso de Limpeza
  • SEIKETSU = Senso de Saúde
  • SHITSUKE = Sendo de Autodisciplina

        Mas tudo depende de um estudo para a implantação desse conceito. Pode-se dizer que com um bom estudo ou um consultor, pode-se alcançar uma boa qualidade. Entretanto, este conceito pode alavancar uma organização ou derruba-la. Após pesquisas realizadas constatou-se que há diversas dificuldades na implantação.

        

  1. Pesquisa de Dificuldades

Segundo Depexe e Paladini (2007) a pesquisa realizada teve em sua metodologia a realização do acompanhamento de 14 empresas, levando em consideração que as mesmas possuem o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat PBQP-H, com certificado nível A, no Estado de Santa Cataria, no período de Julho a Outubro de 2005. Em seu estudo, foram realizadas entrevistas, sendo elas pessoalmente pelo autor para que não houvessem divergências; e sem serem manipuladas as respostas, tendo os entrevistados o livre arbitro para as respostas, e podendo o autor colher a maior quantidade de informações. O autor utilizou-se da escala Likert[5], com distribuição de um a cinco. Com isso obteve-se o resultado demonstrado na figura 1.

Figura 1. Média, desvio-padrão e distribuição das notas.

[pic 1]

Fonte: Revista Gestão Industrial - Pag.17 (2007)

Com o objetivo de implementar melhorias em um empreendimento, Gonzalez e Jungles (2003) começaram seu plano de ação através de um cronograma físico, para obter uma linha de balanço. Assim por meio de analises, eles conseguiriam viabilizar o plano de implantação e manutenção do 5S em um canteiro de obras.

Havendo este empreendimento uma composição de 9 blocos residenciais, com cerca de 100 funcionários, de diversas áreas de atuação, tendo o tempo de execução na construção de 12 meses. A implantação do 5S neste sistema de empreendimento foi realizada em várias etapas, conforme mostra a figura 2.

Figura 2. Fluxograma de Implantação do 5S.

[pic 2]

Fonte: III SIBRAGEC - Pag. 05 (2003)

Após a implantação das etapas e introduzido o 5S neste empreendimento, os autores constataram que para haver êxito teriam que realizar diversos treinamentos, e salientaram como dificuldade a grande extensão do canteiro de obras, que possibilitou um vasto armazenamento de entulho no mesmo.

Segundo Costa, Reis e Andrade (2005) em seu artigo sobre a Implantação do programa 5S em uma empresa de grande porte, de fios e cabos elétricos, foi utilizada em sua metodologia uma empresa especializada na aplicação do 5S para o treinamento do gestor responsável e multiplicador. A manutenção do programa foi feita através de certificação dos sensos, e da inspeção de manutenção. Para fazer tal avaliação foram criadas fichas que continham perguntas sobre todos os sensos, de modo a qualificar a avaliação. O objetivo foi implantar o programa 5S na empresa, visando um ambiente agradável de trabalho, uma melhoria contínua da qualidade, e uma produção mais abrasiva, possuindo como meta oferecer produtos e serviços que vão além das expectativas de seus clientes perante a qualidade. Estes foram fatores primordiais para a aplicação do programa 5S na empresa, onde esses fatores aplicaram-se em todos os setores.

Apesar do ato inicial do programa ser objetivo e de grande facilidade perante o entendimento, foram encontradas algumas dificuldades no decorrer da aplicação do programa. Foram elas:

  • Baixo nível de conhecimento dos funcionários referente ao programa.
  • Dificuldades em achar tempo ideal para começar a aplicação.
  • Má aceitação do programa por alguns funcionários devido costumes antigos e a falta de responsabilidade.
  • Certa resistência dos funcionários na aplicação do programa.
  • Dificuldades de junção do 5S com outros programas da qualidade.

Já conforme Pires, Brunini, Kanesiro, Kanesiro, Cardoso (2007), em seu artigo tiveram como base um estudo desenvolvido em São Paulo, na cidade de São Joaquim da Barra, em uma parceria da Usina Alta Mogiana S/A- Açúcar e Álcool. Esse estudo foi dividido em duas etapas: na primeira etapa foi feito uma grande pesquisa através de um questionário obtendo 12 perguntas, as quais continham perguntas sobre o grau escolar, quais noções/conhecimentos o funcionário tinha sobre o programa 5S, quais seus benefícios, entre outras; na segunda etapa, fizeram um levantamento de dados, como uma pesquisa bibliográfica, já que o principal foco era a base de materiais publicados em livros, em revistas e na internet. Os questionários foram distribuídos para todas as pessoas da área da administração, e estes tiveram prazo de uma semana para preenche-los, com o cuidado da não identificação de seus funcionários. Foram entregues 406 questionários com as perguntas, destes houve o retorno de 63 questionários (16% de abrangência), que corresponderam aos funcionários que tiveram tempo para respondê-los. O objetivo desse trabalho foi verificar o conhecimento do programa 5S junto com os funcionários da área de administração da usina. Em relação a dificuldade de adaptação ao programa, 92% dos funcionários responderam que não tiveram dificuldades de adaptação e 6% falaram que perceberam alguma dificuldade conforme ilustrado na Figura 3.

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