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DISLEXIA: UM ESTUDO DE CASO NO COLÉGIO EXPRESSÃO DE CASCAVEL-PR

Por:   •  12/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.827 Palavras (16 Páginas)  •  1.062 Visualizações

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DISLEXIA: UM ESTUDO DE CASO NO COLÉGIO EXPRESSÃO DE CASCAVEL-PR

Andressa Fernanda Biscaia Dolce[1]

Rosangela Alda[2]

Resumo

Através deste trabalho de artigo abordaremos o transtorno da dislexia em sala de aula, através do estudo de caso de uma aluna com dislexia do Colégio Expressão de Cascavel-PR., com relato das formas de trabalho que fora realizado com o aluno, desde o diagnostico ate o encaminhamento. Por meio do estudo bibliográfico que fundamentou o estudo de caso, foi possível observar que é necessário desenvolver muitos trabalhos no âmbito deste tema, e a escola, assim como os professores, são fundamentais para o desenvolvimento do aluno com dislexia, pois se trata de um transtorno que, se devidamente diagnosticado e bem trabalhado, pode ser superado.

Palavras-chave: Aluno. Dislexia. Escola. Professor.

1 INTRODUÇÃO

Existem vários tipos de dificuldades de aprendizagem, e alguns indivíduos acabam tendo dificuldade com a leitura e escrita, como é o caso da dislexia, cada vez mais comum em nosso ambiente escolar. Por este motivo, surgem vários questionamentos: Quais os meios que auxiliam o professor a lidar com essa dificuldade no dia a dia em sala de aula? De que forma é possível contribuir para a alfabetização de alunos com esse distúrbio?

Esta pesquisa se justifica em virtude da importância de encontrar uma maneira mais eficaz de alfabetização dos alunos disléxicos, pois nota-se muita dificuldade por parte da escola e do professor em trabalhar com este tipo de desafio, que é cada vez mais comum em nossas escolas.

 Além disso, sabe-se que existem diferentes níveis de dislexia  e é correto pensar que existem casos leves e severos, em casos leves ocorrer alguns erros ortográficos e a compreensão de textos ocorrem após algumas leituras, já nos casas graves compreendem leituras após serem feitas por outra pessoas e muitas vezes não conseguem ser alfabetizados. Entretanto este tema esta entrando no dia-a-dia escolar com toda a força e professores e toda a equipe pedagógica muitas vezes ainda tem dificuldades em trabalhar com crianças com este tipo de distúrbio.

Se fores sentar com uma criança que apresenta problemas referentes a dislexia, é comum que estes lhe contem uma história e caminhos de frustrações; muitos alunos disléxicos apresentam baixa auto estima; geralmente as dificuldades de aprendizagem destes alunos estão em atividades de leitura e escrita, muitas vezes seu vocabulário oral é fraco e possui também falhas na fala.

Também é comum alunos disléxicos frequentarem a fonoaudiologia e psicologia escolar, ou casos em que o aluno não apresenta problemas graves em nenhuma área e ou outra disciplina, mas apenas pra escrever (que é a disgrafia).

           É importante destacar que não são todos os casos avaliados que pode-se dizer que o aluno apresenta dislexia, pois há casos de alunos mal alfabetizados que são confundidos com dislexia, quando na verdade podem ser resolvidos na sala de monitoramento escolar e ou sala de reforço escolar no contra turno.    

           Diante da importância de que o educador saiba distinguir e dar o devido encaminhamento desse aluno, o objetivo deste artigo é apresentar um estudo sobre a dislexia, com relato de um caso e os trabalhos realizados com o mesmo, de modo a observar como os profissionais da escola estão lidando com o assunto. A pesquisa foi realizada com um aluno do Colégio Expressão de Cascavel-PR., que apresentava problemas em leitura e escrita.

         

2 DISLEXIA: UM ESTUDO DE CASO DE DISLEXIA EM SALA DE AULA

2.1 DISLEXIA – CONSIDERAÇÕES CONCEITUAIS

       Como já mencionado acima, a dislexia é uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração, que pode também ser acompanhada de outras dificuldades, como, por exemplo, na distinção entre esquerda e direita, na percepção de dimensões, distâncias, espaços, tamanhos, valores), na realização de operações aritméticas (discalculia) e no funcionamento da memória de curta duração.  

A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado.

 A OMS – Organização Mundial da Saúde (1993, p. 240) define a dislexia da seguinte forma:

[...] um comprometimento específico e significativo no desenvolvimento das habilidades de leitura, o qual não é unicamente justificado por idade mental, problemas de acuidade visual ou escolaridade inadequada. A habilidade de compreensão da leitura, o reconhecimento de palavras na leitura, a habilidade de leitura oral e o desempenho de tarefas que requerem leitura podem estar todos afetados. Dificuldades para soletrar estão frequentemente associadas ao transtorno específico de leitura e muitas vezes permanecem na adolescência, mesmo depois que algum progresso na leitura tenha sido feito [...] Crianças com transtorno específico de leitura seguidamente têm uma história de transtornos específicos do desenvolvimento da fala e da linguagem e, uma avaliação abrangendo funcionamento corrente da linguagem muitas vezes revela dificuldades contemporâneas sutis [...] A condição é encontrada em todas as linguagens conhecidas, mas há incertezas se a sua frequência é afetada ou não pela natureza da linguagem e do manuscrito.

Como se pode observar pelo citado, a dislexia é um distúrbio da linguagem impedindo a aquisição da palavra escrita, devido a um déficit na capacidade de simbolizar, podendo ser endógena ou exógena, congênita ou adquirida. A linguagem lida demonstra suas limitações por meio de uma divergência entre o desempenho esperado e o desempenho real relacionado a leitura.

Outra definição de dislexia é Davis (2004, p. 23):

(...) um tipo de desorientação causada por uma habilidade cognitiva natural que pode substituir percepções sensoriais normais por conceituações; dificuldades com leitura, escrita, fala e direção, que se originam de desorientações desencadeadas por confusões com relação aos símbolos. A dislexia se origina de um talento perceptivo.

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