Economia Contemporânea
Por: Gabriela Correa • 5/6/2016 • Dissertação • 4.090 Palavras (17 Páginas) • 194 Visualizações
Desenvolvimento econômico brasileiro e inserção do país no mundo de 1930 a 1980: Um breve panorama
- Crescimento Econômico: É o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), mais quantitativo.
- Desenvolvimento Econômico: Mede-se através de indicadores de educação, saúde, renda. Alguns países do Norte da Europa como a Noruega e a Suécia possuem IDH próximos a 0,95, enquanto que muitos países africanos possuem IDH inferior a 0,6.
- 1930: Até 1930, tínhamos uma economia agroexportadora e um modelo de desenvolvimento voltado para “fora” (exportava café e commodities e supria a demanda interna com produtos vindos do ‘centro’ e do centro vinha os produtos manufaturados).
- 1980: De 1930 a 1980, temos um modelo de desenvolvimento voltado para “dentro”.
- Problemas da inserção do Brasil na economia mundial: Foi a deterioração dos termos de troca (vende 1 barato e compra 1 mais caro), que traz dependência da exportação e vulnerabilidade externa.
- Políticas de defesa do café: Política de preço mínimo e regulação dos estoques (valorização do café: Compra, estoque e queima de café pelo governo) e desvalorização cambial → manutenção da renda e deslocamento do centro dinâmico da economia brasileira.
- Teoria dos choques Adversos: Num momento de crise há estímulo à industrialização. Por exemplo, se o café estava indo mal, o Brasil teria de procurar outra atividade economia mais viável.
- Teoria da industrialização induzida pelas exportações: A indústria se desenvolve através da atividade econômica do país. Por exemplo, se o café estava indo bem, tirava-se do seu lucro (das exportações) para industrializar o país, há capacidade produtiva.
- Modelo voltado para “dentro”:
- Processo de substituições de importações;
- Governo cria medidas protecionistas para industrializar o país;
- Indústria protegida;
- Processo de substituição de importações:
- Período de 1930 à 1980;
- A partir de 1930, queda da indústria cafeeira;
- Plano de metas do governo JK (1956-1961): estabelecimento de 30 metas industriais e construção de Brasília;
- Tem-se um avanço na indústria brasileira, porém, o país não se torna autônomo, já que seu modelo era voltado para dentro (para o mercado interno);
- PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo):
- Objetivos:
- “Combater a inflação (controla-la e viver com ela)”;
- “Promover reformas estruturais para desenvolver a indústria: buscar fontes de financiamento do processo de substituição de importações, trazer novos investidores”;
- Houve uma reforma tributária para aumentar a arrecadação do governo;
- Atrair capital estrangeiro, para que elas trouxessem dinheiro para o Brasil e facilitasse os empréstimos;
- Milagre Econômico:
- Brasil tem um alto crescimento econômico, tal crescimento devia-se ao crescimento da indústria;
- II PND ≠ psi?? (Plano Nacional de Desenvolvimento) 1974-1979: Substituir importações (estimulando as exportações) e bens intermediários; Tentativa de reedição do milagre econômico; há um grande endividamento externo;
- Década de 80 (perdida): Devido ao Brasil querer crescer a qualquer custo, sem se preocupar com as consequências, causando um grande endividamento externo e aumentando a inflação. Tinha-se uma ESTAGFLAÇÂO (economia estagnada/ alta inflação);
- Enquanto o Brasil estava de tal forma na década de 80, lá fora ocorria o acirramento do processo de globalização econômica (Neoliberalismo);
- Até 1980 não havia preocupação com a inflação.
Globalização econômica:
- Globalização é um fenômeno comum, mas é singular na história;
- Globalização é associada às derrubadas de fronteiras, à unificação, para todos;
- “Pensamento Único”: Defende o processo de globalização, tenta criar um meio de mostrar para os países que a globalização é favorável. Tem como fonte a Doutrina Neoliberal.
- Deveria haver livre troca: Não devia haver barreiras de comércio entre países;
- Presença mínima do Estado na economia e o responsável pelo desenvolvimento econômico seria a propriedade privada;
- Desregulamentação dos mercados: Liberar o fluxo de capital financeiro entre os países;
- Autonomia da economia: A economia que move o mundo;
- Busca de estabilidade de preços, combatendo a inflação mesmo que isso gere recessão;
- Busca a estabilidade de preços a qualquer preço para que as empresas possam investir: Combate a inflação, mesmo que isso custe uma recessão econômica.
- “No período de 1930 a 1980 o Estado tinha total participação no desenvolvimento industrial do país. O Estado era responsável pela promoção de reformas estruturais que desenvolvessem a indústria, buscava fontes de financiamentos, ou seja, o Estado era responsável pelo desenvolvimento da indústria/ economia brasileira. Com o advento do “pensamento único”, defende que o Estado deve ter a participação mínima, e que o setor privado deve ser o responsável pelo desenvolvimento econômico/ industrial do país”.
Esferas da Globalização:
- Financeira: É a dominante no processo de globalização. Traz a ideia de “financeirização da economia”. Está atrelada, ao investimento de portfólio ou em carteira. Por exemplo, a compra de ações de empresas sem direito a voto, a ideia principal é conseguir rentabilidade, e não controlar a empresa. Pode ser também através da compra de títulos da dívida pública dos países. Ou seja, não gera bens e serviços e sim dinheiro pelo dinheiro, não gera nenhum retorno em termos de produção.
A esfera financeira se acirrou devido à ascensão do pensamento único que defendia a desregulamentação (ou liberação) dos mercados financeiros, por exemplo, a autonomia do mercado capital do próprio país de origem e da própria produção, pois, este capital não é destinado a produzir bens e serviços, e sim a produzir mais capital. O capital financeiro ou fictício (é um capital especulativo) se afastou das operações clássicas de crédito devido à desintermediação, desregulação e a liberação dos mercados.
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