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Estudo de Caso Distribuidora de Peças Automotiva

Por:   •  4/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.538 Palavras (11 Páginas)  •  215 Visualizações

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Distribuidora de Peças Automotivas

INTRODUÇÃO

        O presente trabalho visa discorrer sobre uma empresa distribuidora que atua no setor de reposição de peças automotivas na região metropolitana de Campinas.

        Vale esclarecer que a empresa é apenas uma dentre as oito filiais de uma grande distribuidora que situa-se no também no interior do estado de São Paulo.

        Há de se compreender que o momento atual consiste num cenário positivo para o setor automotivo de semi-novos, e isso decorre da crise vivenciada pelo país, que culminou na diminuição da compra de veículos novos  e em contrapartida, alavancou a venda de peças de reposição para os veículos usados.

        Segundo informações veiculadas na mídia pelo site da G1 da globo, o Departamento Estadual de Trânsito de Campinas (DETRAN) publicou dados que confirmam que a frota de veículos passou de 397.678 em 1997 para 916.682 em 2017, o que representa um aumento de 131% de veículos nos últimos 20 anos.  

        O crescimento da frota de usados estimulou a concorrência entre as empresas que oferecem as peças de reposição automotivas, abrindo espaço inclusive para o mercado de importadores de marcas asiáticas e americanas que atuam nesta área, fazendo assim com que os distribuidores nacionais tentem driblar os percalços para se manterem competitivos.

        A empresa sobre a qual este trabalho foi desenvolvido é apenas uma dentre as mais de 40 que atuam no setor da região metropolitana de Campinas.         

        O objetivo geral desta pesquisa foi  realizar um levantamento sobre a forma de atuação desta empresa em questão, e com isso, espera-se estudar especificamente os aspectos relacionados com economia e mercado, recursos materiais e patrimoniais, e,  fatores financeiros.

         A metodologia aplicada a este trabalho foi  um estudo de caso, no qual a técnica aplicada para a coleta de dados foi diretamente através de consultas no software da empresa, possibilitando uma análise mais fidedigna dos dados.

DESENVOLVIMENTO

Economia e Mercado

        A empresa conta com um total de 30 funcionários, sendo 12 na função de vendedores internos, 10 representantes comerciais e, os demais distribuídos nas áreas de estoque e recursos humanos. Com relação aos fornecedores, há a representação de 180 fornecedores e um portfólio de 30 mil itens catalogados.

        A empresa investe fortemente na qualidade de seus serviços, na gestão de seu portfólio, no aperfeiçoamento dos seus processos, na inovação tecnológica e no relacionamento empresa-cliente.

        No passado a cadeia de distribuição no Brasil era bem estabelecida e a empresa atuava de maneira semelhante às demais, no modelo "Business to Business", também conhecido como "B2B”. Este termo refere-se à venda em cadeia, no formato fábrica-distribuidor-varejo-oficina-consumidor final.

        Segundo Nunes e Neto (2015), o B2B é uma modalidade de comércio eletrônico entre companhias, que se utiliza de novas e efetivas formas do gerenciamento e de relacionamentos entre as empresas.

        De acordo com a Revista Cobertura, na 24ª edição do Seminário da Reposição Automotiva, a McKinsey & Company (2018), empresa líder mundial no mercado de consultoria empresarial, defendeu que o mercado brasileiro de reposição automotiva está em pleno crescimento, a uma Taxa Composta Anual de Crescimento (CAGR) de 4-6%, e que provavelmente alcance a casa dos R$ 120 bilhões até 2022.

        Ainda de acordo com a McKinsey & Company (2018), o mercado de reposição está diretamente vinculado à idade dos veículos, e a frota de veículos leves de 8-11 anos oferece um grande potencial de crescimento, sustentando a demanda do mercado de reposição nos próximos anos, além do que, espera-se um envelhecimento significativo, com veículos acima de 12 anos representando 1/3 da frota até 2022.

        Com estes números expressivos, torna-se ainda mais interessante para os importadores de marcas asiáticas e redes de autopeças americanas, que já têm presenças significativas no mercado (atingindo de 20-30% das vendas em alguns segmentos específicos), continuarem investindo ainda mais no nosso país, já que contam com preços atrativos, qualidade e  portfólio completo de peças.

        Diante do panorama de investimento de dinheiro externo entrando no Brasil, a empresa estudada, assim como a grande maioria, se vê obrigada a continuar em crescimento constante, tanto em volume de vendas quanto em parceria com novos fabricantes, buscando uma melhor gestão de seu portfólio e novos players com o intuito de aumentar sua margem de lucro.

        O estudo da empresa contatou que a mesma atinge a casa dos R$ 2 milhões de vendas ao mês, com um markup de 17,5% e uma margem líquida de 3 a 5%. O problema está nesta margem praticada, pois ela não cobre o custo do produto e da operação, as despesas financeiras geradas pela diferença do prazo da compra X prazo da venda, e a remuneração do capital investido em estoque. Ademais, a empresa conta com um estoque de peças que já não serão mais vendidas, e isso significa perda de capital já investido.

        Os diretores já perceberam que  o modelo praticado antigamente perdeu sua atratividade, e como solução para estes entraves, a distribuidora em questão já iniciou investimento em nova tecnologia de gestão (foi adquirido um software para gerenciar melhor a base de dados) e treinamento/capacitação da equipe para atuarem em um novo modelo, chamado de híbrido.

        Este novo modelo visa trabalhar também no formato "Business to Consumer", conhecido como B2C, que é a venda feita diretamente da distribuidora para o consumidor final, já praticada no mercado internacional. Espera-se com isso alcançar um markup de 50% e uma margem líquida de 20-30%, alavancando o capital da empresa.

Recursos Materiais e Patrimoniais

        Segundo Silva e Souza (2015), a administração de materiais consiste em garantir a quantidade de material necessário, no local e tempo corretos, de modo a gerenciar os  níveis de estoque e estabelecer lotes econômicos de compra, a fim de minimizar custos.

        Biazon e Silva (2013) fazem referência à gerência de materiais afirmando  que quando bem executada, pode contribuir para a redução de custos e o aperfeiçoamento do desempenho de uma organização.

        Estes mesmos autores significam a gestão patrimonial como a responsável por cuidar dos bens como um todo,  gerindo os processos de aquisição, registro, conservação, e controle do acervo de bens permanentes.

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