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Por:   •  19/11/2015  •  Relatório de pesquisa  •  3.232 Palavras (13 Páginas)  •  180 Visualizações

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RELAÇÕES DO AMBIENTE EXTERNO DO COMÉRCIO

ECONOMIA:

Dentre as influências que o ambiente externo tem sobre o mercado, existe a econômica, que está relacionada ao modo como a sociedade utiliza os recursos para produção de bens com valor e a forma como é feita a distribuição desses bens entre os indivíduos.

Nos dias atuais, a economia brasileira está em crise, um dos principais impactos da crise econômica de 2015 sobre a vida das pessoas e negócios das empresas será a retomada da inflação em um ritmo acelerado, principalmente no primeiro semestre. A inflação já está presente há muito tempo e não vem sendo tratada com a devida atenção. O comércio varejista e atacadista, está sofrendo grandes impactos em sua distribuição e venda das mercadorias. Com a alta nos valores de alugueis, os níveis de preços elevados em decorrência do aumento dos custos de produção e a alta exorbitante da inflação, a demanda por produtos vem decaindo cada vez mais e como alternativa as empresas então tomando medidas de diminuição de custos, reduzindo a compra de matérias-primas para a produção e demitindo funcionários, desencadeando assim a alta no desemprego.

        As empresas estão sofrendo bastante com os efeitos da rápida mudança no mercado consumidor, devido à crise, principalmente aquelas que dependem de crédito abundante para manutenção dos seus negócios. Com a instabilidade na economia, o risco de inadimplência cresce e isso faz com que imediatamente os bancos aumentem a rigidez das suas condições para concessão de crédito. O resultado será um cenário muito mais difícil para se obter financiamento nas instituições privadas. Como os bancos públicos estarão na mesma situação, e até mesmo, por imposições regulatórias, também não terão como evitar a redução de crédito, fazendo assim com que a obtenção de empréstimos se transforme em um desafio a mais para as empresas neste momento de crise.

        Além disso os empresários estão adiando investimentos e novos empreendimentos, aguardando momentos menos incertos para desenvolver projetos, desta forma, desacelerando cada vez mais a economia nacional. Ainda tem outros que por não conseguirem se manter acabam por optar por fechar a empresa.

crise econômica vem provocando também, inevitavelmente, um forte ajuste na cotação do Dólar e outras moedas fortes como o Euro. A política cambial praticada pelo governo nos últimos tempos tem mantido o dólar em um nível artificial através da injeção diária de volumes gigantescos de recursos que compõem nossas reservas internacionais e manobras contábeis nas contas públicas.

Para estar à frente dos concorrentes é preciso que saiba se preparar para tempos cada vez mais difíceis e utilizar a crise ao seu favor, pois ao contrário do que muita gente imagina, momentos de crise podem ser épocas de grandes oportunidades de negócios, o momento de retardar alguns investimentos, adiar decisões estratégicas que envolvam expansão de negócios e esperar para que se tenha uma visão melhor do que está por vir.

TECNOLOGIA:

Outra grande influência no ambiente externo do comercio é a tecnologia. Com a crescente onda de globalização, a internet é o segundo meio de comunicação mais utilizado no Brasil, devido a isso, os comércios começaram a utilizá-la como divulgação e venda de seus produtos, o chamado e-commerce.

Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Really Simple Systems revelou que quatro a cada cinco empresas utilizam as redes sociais como ferramenta de trabalho diariamente, sendo para manter contato com seus clientes, ou para atrair mais consumidores e obter interação utilizando a ferramenta.

Tendo a origem do seu nome em inglês, e-commerce significa comércio eletrônico, dando a vantagem de o consumidor realizar suas compras através de plataformas como computador e celular, desde produtos como livros e CDs, até iates e carros de luxo.

Uma pesquisa realizada em todo país mostra 93% dos brasileiros compram online á mais de três anos, e apenas 8% dos brasileiros tem receio de comprar pela internet.

As vantagens da compra pela internet são inúmeras, uma pesquisa feita pelo SPC Brasil e a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, demonstra que metade dos entrevistados afirmaram preços melhores, 33% alegam poupar tempo, 23% citaram a praticidade para comparar preços e pesquisar produtos, e 19% o fato de poder comprar a qualquer hora.

Todos estes dados identificam que a facilidade da tecnologia foi um ponto favorável e facilitador para o comércio.

A tabela a seguir mostra o faturamento do E-commerce no Brasil:[pic 1]

POLÍTICA:

        A política tem grande influência na área do comércio. O Brasil é um dos países que possui a maior carga tributária, por isso as empresas devem ficar atentas ao regime tributário que compete a elas, tendo em vista que este regerá os impostos a serem pagos influenciando na lucratividade. Existem três tipos de regimes tributários: o Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

        O Simples Nacional é um regime tributário para microempresas e empresas de pequeno porte, cujo limite de faturamento é de R$ 3.6 milhões por ano, calculado pelo percentual fixo da receita bruta, regulado pela faixa de faturamento e atividade. Esse regime unifica todos os impostos em um só.

        O Lucro Presumido varia com o tipo de atividade da empresa, sendo paga de forma separada para a Receita Federal, Estados e Municípios. Seu limite de faturamento é de R$ 48 milhões por ano, sendo que os impostos são calculados a partir da margem de lucro, não importando com o lucro real obtido pela empresa.

        O Lucro Real caracterizasse pelos limites superiores a R$ 48 milhões por ano. Os tributos são pagos de forma separada, mas parte deles é sobre a receita bruta e outros sobre o lucro gerado pelo negócio.

        No país são cobrados vários tipos de impostos, sendo eles os federais e estaduais que são recolhidos anualmente.

        Dentre os federais podemos citar:

  • COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) – incide sobre o faturamento mensal da empresa. Tem alíquota de 3% para as empresas tributadas com base no lucro presumido, alíquota de 7,6% para aquelas tributadas com base no lucro real e 4% para as instituições financeiras e assemelhadas.
  • CSLL (Contribuição sobre Lucro Líquido) – para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido, a base de cálculo corresponderá a 12% ou 32% da receita bruta da venda de bens e serviços. Para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro real e o lucro contábil, a alíquota é de 9%.
  • IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) – incide sobre proventos de qualquer natureza. Pode ter como base de cálculo o Lucro Real, no qual a base de cálculo é o lucro contábil ou o lucro presumido. O IRPJ tem a base de cálculo correspondente a um percentual aplicável sobre a receita bruta.
  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) – incide sobre a saída de produtos de fabricação própria pelo estabelecimento produtor, importador e/ou equiparado a industrial. A alíquota varia de acordo com o produto industrializado.
  • INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social) – incide sobre a folha de pagamentos. A alíquota da empresa fica entre 20% ou 15%, depende de cada situação.
  • PIS (Programa de Integração Social) – incide sobre o faturamento mensal. Alíquota de 0,65% para as empresas tributadas com base no lucro presumido e 1,65% para as empresas tributadas com base no lucro real. As entidades sem fins lucrativos contribuem com 1% sobre a folha de pagamento. ”

        O tributo estadual pago pelas empresas é:

  • ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) – incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e dos serviços de transporte intermunicipal, interestadual e de telecomunicações. A alíquota geral é de 18%. No Regime Simplificado, a incidência é sobre a receita bruta e a alíquota é de até 2.456,50 UFIR. ”

        As empresas do comércio além de ter obrigações de manter seus impostos em dia, podem participar da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). É uma entidade que busca soluções para o comércio varejista e os setores de serviços de Belo Horizonte, além de contribuir com o desenvolvimento social e econômico da comunidade.

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