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Formas organizacionais na administração

Por:   •  10/1/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.990 Palavras (8 Páginas)  •  352 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF

VITORIA DEL-SE-CH MAIA

FORMAS ORGANIZACIONAIS

VOLTA REDONDA

2016

Formas Organizacionais

I- Introdução

Forma organizacional define-se como o modelo genérico estrutural que pode ser assumido por uma organização, levando em consideração suas características internas, processos de negócio e contexto de operação. O modelo tem como finalidade representar e enquadrar os processos com as atividades, a estrutura formal com os sistemas de relações internas e os desejos e expectativas dos investidores com as variáveis organizacionais e de gestão. Em outras palavras, o modelo visa representar a própria essência da unidade organizacional.

Independente do setor, cada unidade organizacional deve buscar:

• definir, formalmente ou não, orientações estratégicas, através das quais esclarece seu campo de atuação e torna as políticas setoriais internas coesas;

• estabelecer metas e avaliar os resultados e os indicadores, buscando sempre melhorá-los, com o objetivo de alcançar ou superar as metas da organização;

• estabelecer seu pacto social, respeitando os estatutos e normativos;

• verificar a sua situação atual em termos de recursos humanos (habilidades, capacidades, aptidões e conhecimentos detidos individualmente e coletivamente) e captar as tendências requeridas no futuro para dar resposta, não só às orientações estratégicas de desenvolvimento organizacional, mas também às distintas e diferenciadas procuras e expectativas.

Ao definir-se o modelo organizacional, os processos e o modelo informacional, as organizações podem criar/definir novas orientações estratégicas, conceber e desenvolver novas metodologias, ferramentas e instrumentos de trabalho e de gestão e reestruturarem-se visando alcançar novas metas. A forma como a organização se estrutura altera-se ou vê-se na necessidade de inovar-se quando existe uma nova lógica organizacional, ou seja, uma nova matriz induzida pela inovação tecnológica.

II- Modelo Mecanicista

Este modelo foi fundamentado na Teoria da Administração Científica iniciada por Taylor em 1911. As organizações mecanicistas são usualmente chamadas de "burocratas" por terem atividades rotineiras, repetitivas, previsíveis e estáveis. O aspecto humano da organização é deixado em segundo plano, ou seja, há uma tendência que os trabalhadores, principalmente nos níveis mais baixos da hierarquia, trabalhem como máquinas. Em outras palavras, os trabalhadores são vistos como ferramentas criadas para atingirem uma finalidade (as metas). Suas principais características são:

• Tarefas bem definidas e elevada especialização do trabalho;

• Hierarquia clara de controle e coordenação nas relações internas;

• Estruturas verticais com muitos níveis hierárquicos;

• Funções divididas em departamentos;

• Decisões centralizadas na cúpula da organização;

• Elevada formalização, com muitas regras e procedimentos.

III- Modelo Orgânico

Este modelo é oposto ao mecanicista, posto que, no modelo orgânico, a organização é vista como um "organismo". Isto é, são levadas em conta as necessidades da organização e de seus membros e é primordial o desenvolvimento de um padrão de relacionamento que permita a eles se adaptarem ao ambiente. Diferentemente da mecanicista, a forma orgânica de organização é adaptável e flexível. Algumas de suas principais características são:

• Reduzida especialização do trabalho;

• Redefinição contínua das tarefas baseadas no conhecimento;

• Sistema estratificado de acordo com o nível de conhecimento especializado;

• Laços internos fluídos e em constante mudança;

• Equipes de trabalho multifuncionais;

• Decisões descentralizadas para os níveis hierárquicos mais baixos;

• Os membros identificam-se e estão comprometidos com a organização;

• Reduzida formalização, com poucas regras.

IV- Aprendizagem e Auto-Organização: Organizações Vistas como Cérebros

O cérebro é um sistema complexo que articula suas ações para alcançar seus objetivos. Diferente de uma máquina que para quando uma de suas engrenagens está danificada, o cérebro busca caminhos alternativos para atingir resultados. Outra vantagem do cérebro é analisar a situação de maneira racional e propor ações com base nesta racionalidade.

Na metáfora orgânica o foco é a sobrevivência, a adaptação ao meio em que se está inserida. A organização como cérebro é estratégica, suas ações são meticulosamente pensadas, são sistemas em constantes processos de aprendizado, capazes de aprender a aprender.

Administradores burocráticos tomam decisões em referência a regras pré-determinadas, na metáfora cerebral situações são analisadas caso a caso. Quando mais conturbado o ambiente em que a organização atua, maiores são as incertezas e consequentemente menos provável a criação de respostas padronizadas. Ver a organização como um cérebro é processar a informação para a tomada de decisão.

Organizações pensadas por essa metáfora tendem a ampliar percepções para solucionar problemas. A forma de aprender tradicional que é feita apenas detectando e corrigindo o erro e voltando a trabalhar com as normas estabelecidas é modificada por uma percepção mais aguda, onde se olha a situação de forma profunda, questionando-se a norma seguida, procurando-se aprender com o erro e melhorar o processo.

Organizações mecânicas e orgânicas se adaptam ao ambiente, sobre a metáfora do cérebro buscam diminuir incertezas, controlar o mercado e fazer coalizões com outras organizações quando necessário.

V-

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