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Fundamentos e Teoria Organizacional, Comunicação e Linguagem, Homem, Cultura e Sociedade, Comportamento Organizacional.

Por:   •  8/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.686 Palavras (23 Páginas)  •  437 Visualizações

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A RELAÇÃO ENTRE A CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAIS E A

ESTRATÉGIA E COMPETITIVIDADE DAS ORGANIZAÇÕES

Luis Antonio de Sousa ÁVILA1

Hiroshi Wilson YONEMOTO2

RESUMO: O presente artigo se destina a verificar, através de embasamento teórico

proporcionado por cânones da Administração e áreas afins, a relação que se

estabelece entre cultura e clima nas organizações com estratégia e desempenho

das mesmas. O artigo compõe-se de uma exposição de conceitos fundamentais

para a compreensão das estratégias utilizadas pelas empresas, como comunicação,

cultura e competitividade. No decorrer do estudo, ligações entre os temas são

estabelecidas e é avaliada a importância e impactos da cultura e clima

organizacionais na estratégia e desempenho das empresas no mercado.

Palavras-chave: Estratégia; Cultura Organizacional; Clima Organizacional;

Competitividade; Comunicação.

1 INTRODUÇÃO

A competição entre as empresas é algo que há muito tempo vem

motivando estudos de administradores. Com o crescimento de empresas no mesmo

setor, principalmente após a segunda guerra mundial e com a chamada Revolução

Tecnológica, a oferta de produtos e serviços cresceu exponencialmente, dando aos

consumidores maior possibilidade de escolha. Porém a demanda não cresceu na

mesma proporção, o que tornou acirrada a competição em praticamente todos os

mercados.

Segundo Michael E. Porter (1999, p.07), há pouco tempo atrás a

competição era quase inexistente em muitos países. Poucas empresas dominavam

determinado mercado, que muitas vezes era protegido. Nas últimas décadas, porém,

verificou-se o aumento da competição de maneira drástica em praticamente todo o

mundo.

1 Discente do 4º ano do curso de Administração das Faculdades Integradas “Antonio Eufrásio de

Toledo” de Presidente Prudente. Bolsista do Programa de Iniciação Científica das Faculdades

Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo”. luissavila@hotmail.com

2 Docente do curso de Administração das Faculdades Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo” de

Presidente Prudente. hiroshi@unitoledo.br

Para adquirir vantagens e, desta maneira, uma maior porção do

mercado consumidor, desenvolvem-se a cada dia as mais variadas ferramentas

administrativas, que visam a qualidade de produtos e serviços, metodologias de

trabalho, racionalização do tempo, entre outros fatores que influenciam no

desempenho.

A partir desses estudos e experiências nas organizações, os teóricos

chegavam a conclusões em que a generalização era possível, ou seja, as

conclusões de seus estudos eram aplicáveis a diversas empresas de um mesmo

setor, para atingir objetivos comuns, como a satisfação de necessidades de clientes

e lucro para os sócios.

Entre os temas desses estudos figuram a cultura empresarial e o clima

organizacional. São estudos relativamente recentes, em que analisa-se desde

conceitos até os efeitos que podem ter sobre os resultados da empresa. Isto se dá

através da projeção de conceitos mais amplos, como a comunicação e a cultura,

para o ambiente empresarial, conceitos esses que também são abordados neste

trabalho.

Desta forma o artigo objetiva, através de embasamento teórico em

diversas obras, relacionar e verificar que impactos têm o controle da cultura e clima

organizacionais na estratégia, competitividade e resultados das empresas, sem

deixar de lado o aspecto fortemente humano que permeia os temas.

2 ORGANIZAÇÕES

Neste tópico serão introduzidos os conceitos de organização segundo

autores de notória importância. É neste meio que se dão as relações entre as

pessoas e empresas e, por isso, torna-se fundamental a conceituação.

Peter Ferdinand Ducker (1998, p. 05) conceitua a organização como

órgão da sociedade e que tem sua existência a ela vinculada, cooperando com seus

integrantes e economia, gerando resultados. Segundo o autor, os órgãos não se

definem pela atividade exercida, mas sim por sua contribuição. É através da

administração e de administradores que essas contribuições são possíveis. Drucker

enfatiza que quem administra são pessoas, não forças ou acontecimentos.

Percebe-se portanto que há destaque para a atividade humana na

organização. Todo resultado é obtido pelo trabalho das pessoas, seja em nível

operacional, seja nos mais altos escalões da pirâmide hierárquica. As necessidades

da sociedade são atingidas por esforços coletivos, agrupados em organizações.

Estas, possuem objetivos específicos, contribuições específicas que devem à

coletividade que as criou. Estes objetivos e contribuições são sua razão de existir.

Para Antonio César Amaru Maximiano, a sociedade é composta de

organizações que oferecem meios para que sejam atendidas as necessidades das

pessoas. Serviços como saneamento básico, saúde, segurança pública, lazer,

alimentação e educação são, para o autor, dependentes da existência das

organizações. Maximiano (2008, p. 04) define organização como “um sistema de

recursos que procura realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos)”.

Sem contrariar a definição de Drucker, o autor acrescenta que as

organizações existem com o intuito de agrupar recursos para facilitar a solução de

problemas. Uma vez alcançados esses objetivos com eficácia e eficiência,

funcionários, acionistas, clientes e a sociedade de maneira geral ficam satisfeitos.

(MAXIMIANO, 2008, p.05).

As sociedades humanas criam, portanto, as organizações como meios

para satisfação de suas necessidades através do desempenho de atividades pelas

...

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