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Geopolitica

Por:   •  13/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  11.093 Palavras (45 Páginas)  •  249 Visualizações

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PROCESSO DECISÓRIO

PROF. ANTONIO ROBERTO SÉRIO

1 - INTRODUÇÃO

1.1 - HISTÓRICO DECISÃO:

Todos estão envolvidos em atividades de decisão, sempre e diariamente. Na antiguidade as decisões eram tomadas sobre a égide das divindades, na figura dos oráculos, isto é, pessoas com poderes místicos. Dizia-se que estas pessoas mantinham contato direto com os deuses e que estes poderiam conceder ou não resultados positivos para a decisão tomada.

No início do século XX, decisões eram centradas no executivo principal, em geral o proprietário, que detinha o poder de escolher o que julgasse melhor para a empresa e para os trabalhadores, uma vez que os trabalhadores eram até então considerados despreparados e sem capacitação.

Pereira & Fonseca (1997) destaca que a década de 1960 foi a responsável pela implementação de grandes mudanças em todas as áreas, ficando conhecida como a “década que mudou o mundo”.

Na teoria administrativa surge o movimento Escola de Relações Humanas, que passa a reconhecer o trabalhador como ser humano, capaz de pensar, decidir e ser motivado. Nascem aí as teorias sobre Recursos Humanos.

Foi também nesta década que as organizações passaram pela transformação para um sistema aberto com intensa relação com o meio ambiente, ficando provado que os sentimentos, atitudes e valores do homem afetam negativamente os processos organizacionais.

Foi nesta década também que aspectos administrativos, de competitividade e mesmo ao surgimento, ainda que tênue da globalização, decisões passaram a ser centralizadas no cumprimento de metas, conceito que evolui rapidamente, tendo seu ápice nos dias de hoje.

1.2 - CONCEITOS BÁSICOS SOBRE DECISÃO:

Tomada ao “pé da letra” decisão significa “parar de cortar”, “deixar de fluir”.

Uma decisão, portanto, precisa ser tomada sempre que estamos diante de um problema que possui mais que uma alternativa para sua solução.

Mesmo para os casos em que temos uma única decisão a tomar, teremos uma alternativa de tomá-la ou não.

Como temos várias classes de decisões, cada uma dessas classes exigirá aplicações metodológicas distintas, dependendo, sobretudo do grau de complexidade, da transformação esperada, da expectativa das metas e da situação externa e interna.

Vale lembrar que a decisão envolve um alto grau de responsabilidade que construirá sucessos e glorias ou fracassos de organizações, pessoas, negócios, etc.

Pereira & Fonseca(1.997) dizem que “a racionalidade é a capacidade de usar a razão para conhecer, elaborar, julgar e construir pensamentos e explicações e é ela que habilita o Homem a escolher entre alternativas, a julgar riscos decorrentes das suas conseqüências e efetuar uma escolha consciente da melhor alternativa”.

Portanto, os Processos Decisórios, são os procedimentos de definição de problemas, avaliação de alternativas e escolha de uma diretriz de ações e/ou soluções (Braga, 1987).

O ser humano ao desempenhar qualquer papel na sociedade ou nas organizações (empresas), procura agir de acordo com modelos próprios, construídos ao longo de sua vida (experiência/vivências).

Estes modelos são aplicados nas escolhas pessoais e/ou organizacionais.

1.3 - O ADMINISTRADOR COMO DECISOR

1.3.1 - DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE DE TOMAR DECISÕES –  FATORES DE INFLUÊNCIA:

Vários são os fatores que influenciam as decisões, uma vez que a decisão é um ato humano. Talvez, nos dias de hoje o maior fator de influência seja a cultura dos decisores, pois um mesmo problema pode ser compreendido de forma diferente por diferentes pessoas.

Outros fatores podem também afetar o processo decisório, influenciando diretamente o administrador como decisor. Estes fatores estão diretamente ligados à inteligência, conhecimento, nível social, sexo, religião, costumes, crenças e valores do decisor. Assim, podemos dizer que a organização é reflexo de seus executivos, administradores e decisores.

Entretanto, um fator que se sobrepõe aos anteriores, na maioria das vezes é o fator emocional, uma vez que, muitas das vezes é ele quem exerce a maior influência sobre decisões, levando-o a escolher alternativas que não necessariamente é a melhor escolha. Segundo Pereira & Fonseca (1997) toda decisão tem conseqüências e envolve riscos, mas uma vez processada a escolha não tem volta.

Não bastasse isso, nas empresas existem ainda as influências e interações externas, canalizadas pelos clientes em busca de qualidade, prazos, preços, personalização e tantos outros. Há também os fornecedores, as exigibilidades dos governos e concorrentes. Tomar decisões neste contexto é algo complexo e administrar essa complexidade é o desejo de todo dirigente moderno.

1.3.2 - RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR NAS DECISÕES DA ORGANIZAÇÃO:

A quase totalidade das teorias referentes às estruturas organizacionais e níveis hierárquicos ensina que a função principal dos administradores é a decisão. A maior responsabilidade dos executivos é a decisão, independentemente das metodologias. Não é possível esquecer que as decisões gerenciais afetam diretamente a sobrevivência da empresa e a vida das pessoas que giram em torno dela, sejam empregados, acionistas, fornecedores e clientes.

Por isto mesmo o decisor está exposto a inúmeros fatores de influência, tanto externos como internos, já expostos anteriormente, Todas as pessoas diretamente afetadas, cobrarão do administrador resultados satisfatórios.

Como o administrador é responsável pela perenidade da organização, ele é cobrado pelas melhores decisões que contribuirão para o sucesso desta perenidade, enquanto os acionistas pressionam a qualidade das decisões, exigindo garantias de lucro e o retorno sobre o investimento, alinhados com o alcance de metas e com a imagem positiva da empresa e seus produtos.

Funcionários e operários pressionam por melhores condições de trabalho, segurança, salários, etc.

Segundo Amaru Maximiano (1990) a decisão é uma parte do processo decisório, que por sua vez é parte do processo de solução de problemas.

Ansoff (1977) categorizou as decisões empresariais em Estratégicas, Administrativas e Operacionais. Para ele, as decisões estratégicas visam potencializar os produtos das empresas no mercado, otimizando o retorno do investimento. As decisões administrativas são voltadas para a estruturação dos recursos da empresa como fluxos de informação, autoridade e responsabilidade, fluxos de trabalho, etc. As decisões operacionais estão voltadas à distribuição e a aplicação destes recursos na empresa.

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