Gestão de Projetos Inovadores
Por: Rodrigo Garcez • 22/11/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.697 Palavras (7 Páginas) • 372 Visualizações
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
1 Educação como Direito: O papel da escola para a transformação social 4
CONSIDERAÇÕES FINAIS 7
REFERÊNCIAS 8
INTRODUÇÃO
Quando falamos em democracia já pensamos na participação popular em tomadas de decisões sobre os aspectos da sociedade e todos os seus funcionamentos.
Logo, em uma sociedade onde se tem democracia, as tomadas de decisões não cabem apenas a uma pessoa, mas sim, a uma representação da população, como forma de partilhar a tomada de decisões com todas as pessoas, e todos tem os mesmos direitos de liberdade de expressão, desde que se mantenha o respeito e as particularidades dos outros.
Para podemos construir uma sociedade democrática através da educação, podemos dizer que as escolas são formadoras de indivíduos, que através do convívio coletivo aprendem a estabelecer políticas a serem aplicadas em situações sociais que são capazes de melhorar as condições de vida de todos os presentes. Assim, a escola se relaciona com a democracia de forma a criar um espaço de convivência e representatividade de todos que ali estão. Pode-se dizer que a escola é um dos principais meios da sociedade na formação de cidadãos democráticos.
E com essa importância da educação na formação de uma sociedade democrática, os alunos aprendem a ter consciência de seus atos, e que viver em uma sociedade resulta em que todos temos os mesmos deveres e direitos, e que quaisquer ações implicam diretamente na sociedade.
Portanto, a partir dessa conscientização, se faz necessário o fortalecer democrático, tarefa que não é nada fácil, porem temos que ter em mente que sua construção é uma atividade cotidiana e diária.
- EDUCAÇÃO COMO DIREITO: O PAPEL DA ESCOLA PARA A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Desde a primeira infância quando entramos no processo de alfabetização, a escola vem sendo como um canal de preparação do aluno para o mundo adulto, que por meio da aquisição de conteúdos e da socialização gera uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade. Presume-se que o papel social da escola é educar. Esta é sua ideologia, e seu propósito público. As escolas atravessaram um tempo sem serem contestadas, pelo menos até recentemente, em parte porque a educação tem significados diferentes para diversas pessoas.
Ao falarmos sobre a função social da educação e da escola, apresentamos a educação em seu amplo sentido, complexa e diversificada, com carências de dedicação exclusiva do professor no acompanhamento das mudanças desse campo de trabalho, para uma melhor atualização em seus métodos de ensino, onde a escola tenha um olhar constante, voltado para a sociedade. isto é, a prática social que se dá nos âmbitos sociais que os homens estabelecem, nas instituições e movimentos sociais. O homem, no processo de transformação do seu redor, cria leis para que a convivência com os demais grupos seja harmoniosa, assim pode-se apresentar estruturas sociais que se estabelecem e se solidificam à medida que se vai constituindo a formação humana. Sendo assim, a escola, desempenhando seu papel na função social de formadora de sujeitos, precisa ser um local de sociabilidade que possibilite a construção e a socialização de todo conhecimento ali elaborado, tendo em vista que esse conhecimento não é dado anteriormente, trata-se de conhecimento ávido e que se caracteriza como processo de criação.
Se a escola é composta por indivíduos diferentes, e estes vêm de diversos locais e realidades sociais, é na escola que essas diferenças se encontram e precisam ser conciliadas. Se entende como gestão democrática a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar, responsáveis, tutores, alunos e funcionários da escola, na construção e na qualificação dos planos pedagógicos, na administração das receitas da escola, enfim, nos processos de decisão da escola. Logo, tendo mostrado diferenças da organização do trabalho pedagógico em relação a outras instituições sociais, enfocamos os mecanismos pelos quais se pode incorporar e estabelecer um projeto de gestão democrática na escola.
Em uma sociedade dividida em classes, a escola assume a representação de um instrumento da difusão ideológica da classe dominante. A escola ainda hoje se constitui em um instrumento da reprodução e manutenção das relações capitalistas de produção, contribuindo para a marginalização e ampliação das desigualdades sociais. Embora a escola não seja a única responsável pela transformação da sociedade e pelas contradições existentes, a partir dela poderá ser construída uma nova consciência que leve à superação do estado de dominação e desemboque na construção de uma nova ordem social, pois, “a escola não é a alavanca da transformação social, mas essa transformação não se fará sem ela” (GADOTTI, 1984, p.73). Ou, ainda, lembrando Fidel Castro “sem educação, não há revolução possível, sem educação não há socialismo possível, sem educação não há o homem novo de que o Che falava” (CASTRO, 1997, p.5).
A instituição escolar está inserida na estrutura social brasileira no contexto histórico de marginalização das necessidades da grande maioria da população. Nas escolas públicas se encontra uma parcela da sociedade que ainda está à margem do acesso e da efetivação de seus direitos, tanto entre os alunos, vindos de famílias em situações de vulnerabilidade em relação à estrutura política e econômica, quanto entre os funcionários e professores que passam por dificuldades desde o estabelecimento de relações entre si, até a desvalorização da sua profissão.
A educação, como prática social que se desenvolve nas relações estabelecidas entre os grupos, na escola ou na vida social, se configura como campo social de disputa hegemônica, disputa essa que se dá "na perspectiva de articular as concepções, a organização dos processos e dos conteúdos educativos na escola e, Políticas e Gestão na Educação mais amplamente, nas diferentes esferas da vida social, aos interesses de classes" (FRIGOTTO, 1999, p. 25). Logo, a educação se instala numa atividade humana e histórica que se define na totalidade das relações sociais. Olhando dessa forma, os relacionamentos sociais desenvolvidos nas diferentes esferas da vida social, constituem-se em processos educativos, assim como os processos educativos desenvolvidos na escola consistem em processos de trabalho, desde que este seja entendido como ação e criação humanas. Segundo Frigotto (1999), a escola é uma instituição social que, mediante sua prática no campo do conhecimento, dos valores, atitudes e, mesmo por sua desqualificação, articula determinados interesses e desarticula outros. Nessa contradição existente no seu interior, está a possibilidade da mudança, haja vista as lutas que aí são travadas. Portanto, pensar a função social da escola implica repensar o seu próprio papel, sua organização e os atores que a compõem. Para Petitat (1994), a escola contribui para a reprodução da ordem social. Nesse sentido, os pais, a comunidade como um todo e os professores precisam entender que a escola é um local onde há divergências e, portanto, se torna fundamental que ela construa seu Projeto Político-Pedagógico. Logo, pensar na função social da educação e da escola implica em complicar a escola que temos na investida de solidificar a escola que imaginamos.
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