Industria de Tijolos
Por: andrehsn • 21/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.495 Palavras (6 Páginas) • 527 Visualizações
ANDRÉ HERCÍLIO DA SILVA NETO[pic 1]
EUGENIO CECHINEL PAGNAN
LEANDRO MACCARI DOS SANTOS
CERÂMICA VERMELHA EM MORRO DA FUMAÇA
Trabalho apresentado ao curso de Tecnologia em Processos Gerenciais, do Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi.
Prof. Marcos
CRICIÚMA
2009
1 INTRODUÇÃO
O sul Santa Catarina é conhecido nacionalmente como uma grande potência na produção cerâmica. Em nossa região, Morro da Fumaça se destaca pelo grande numero de cerâmicas (tijolos e telhas).
Nossa história começa no ano de 1932, onde foi fundada a primeira indústria de tijolos (olaria) de Morro de Fumaça. Com o passar dos anos até os tempos atuais, nosso município se tornou um pólo da indústria de tijolos a nível nacional.
Nossa região além de ser rica em infra-estrutura possui matéria prima em abundância e mão de obra capacitada, porém tem-se um aspecto negativo: a degradação ambiental.
Conforme dados dos SINDICAR (2009) - Sindicato da Indústria da Cerâmica Vermelha - são empregados 2000 funcionários (formais e informais) nas cerâmicas vermelhas de Morro da Fumaça, sendo em torno de 12% da população do município.
Vamos acompanhar neste trabalho a evolução das cerâmicas de tijolos ao longo do tempo, desde a primeira cerâmica, que produzia cerca de três mil tijolos por dia, até as mais avançadas cuja produção ultrapassa um milhão de tijolos por mês.
2 HISTÓRICO DE MORRO DA FUMAÇA
Para conhecer um pouco da história de Morro da Fumaça se faz necessário voltar ao ano de 1900, quando as terras fumacenses ainda eram habitadas por índios.
Segundo o Jornal A TRIBUNA (2009), nessa época muitos italianos estavam se instalando no sul do Brasil, motivados pela crise no continente Europeu. Acharam aqui um local ideal para cultivar suas lavouras e receberam do governo imperial auxílio para pagamento das terras ao qual queriam lavorar.
Em 1910, José Cechinel e Hermínia Sóligo Cechinel saíram da colônia Ascolli de Vasconcelos, onde hoje está Cocal do Sul, para o futuro município de Morro da Fumaça, algumas outras famílias também seguiram este caminho, como José Guglielmi e Esperança Sartor Guglielmi. A partir daí, muitos outros também chegaram vindo das localidades como Rio América, Rio Carvão e Rio Galo. Entre essas famílias, pode-se destacar Margotti, Maccari, Sartor, Pagnan, Costa, Bortolatto, Frasson, Serafim e Pellegrin.
Nesta época a principal atividade econômica para suprir principalmente suas necessidades era a agricultura, com cultivo de milho, muito utilizado para a polenta, mandioca, uva para produção de vinho, trigo e outros. Já na pecuária destacou-se a criação de animais como boi, vacas e porcos que completavam a alimentação.
Anos mais tarde, 1920, surgiu a primeira industria de lacticínios de propriedade de Alfredo Valsechi, situada na rua 20 de maio, hoje principal via pública do município no centro de Morro da Fumaça.
Em 1932 surgia à base da economia atual de Morro da Fumaça, a primeira indústria de tijolos de propriedade de Olívio Cechinel, que fabricava diariamente 3.000 tijolos maciços; depois Gregório Espindola seguiu no ramo de olarias, porém iniciou com a produção de telhas.
A almejada liberdade política do município veio no ano de 1962, através da lei n° 69, de autoria do então vereador da comarca Urussanguense Iwaldo Luciano (Sr. Nine). O projeto foi homologado pela lei n° 01/62 e publicado no diário oficial da assembléia legislativa em 27/04/1962, pela lei n° 816, datada de 30/03/62, assim no dia 20/05/1962 Morro da Fumaça emancipou-se político administrativamente do município de Urussanga.
Hoje Morro da Fumaça tem 47 anos de emancipação, com uma população de 15.994 mil habitantes, segundo o IBGE/2008, 82 Km² de território, altitude de 18 m acima do nível do mar, densidade demográfica de 188,12 Hab/Km².
3 CERÂMICA VERMELHA
Existem em Morro da Fumaça 65 cerâmicas vermelha, com uma produção de 13.000.000 de tijolos e 3.000.000 de telhas.
O grande crescimento desordenado dessas cerâmicas causou um grande impacto ambiental para o município. Para entender os problemas ambientais causados pelas cerâmicas primeiramente é preciso entender o processo de produção.
Conforme dados dos SINDICAR (2009) - Sindicato da Indústria da Cerâmica Vermelha - são empregados 2000 funcionários (formais e informais) nas cerâmicas vermelhas de Morro da Fumaça, sendo em torno de 12% da população do município.
3.1 Processo de Produção
3.1.1 Secagem da Argila: A argila e retirada do subsolo, por máquinas escavadeiras e de caminhão é levada até o depósito, as mesmas são separadas conforme características de cada uma. Em seguida é encaminhada para a produção. Nem sempre e necessário ocorrer à pré-secagem, esse processo só é necessário quando a argila está muito úmida.
3.1.2 Trituração e mistura entre argilas: Nesse processo a argila passa por uma máquina chamada misturador, no misturador a argila passa por dois processos, trituração e mistura entre argilas.
3.1.3 Cilindro: Após a trituração e mistura entre argilas a mesma passa pelos cilindros, onde é prensada pelos mesmos.
3.1.4 Extrusóra (Maromba): Nesse processo a argila sofre a retirada de ar através de bombas a vácuo. Na saída da maromba é acoplada a forma e através de pressão a argila sai em forma de tijolo, em linha plana.
3.1.5 Cortador: Na saída da maromba, o tijolo sai em linha plana através de uma esteira transportadora até chegar ao cortador que trabalha em movimento engrenado pela esteira transportadora, fazendo com que todos os tijolos fiquem com o mesmo comprimento. É na saída do cortador que os tijolos passam para os carrinhos de transportes.
3.1.6 Prensa (Telha): Esse processo só é usado para a produção de telha, a forma acoplada na maromba é em forma de retângulo, saindo no cortador bastões que é transportado até as prensas. A Prensa consiste de dois moldes um negativo e outro positivo, fazendo com que os bastões tomem a forma da telha. Esse processo tem que ser feito ainda com a argila mole. Na saída da prensa é que as telhas passam para os carrinhos de transportes.
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