Relatório De Industria De Tijolos Ceramicos
Monografias: Relatório De Industria De Tijolos Ceramicos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thaynaraebokim • 24/11/2014 • 1.278 Palavras (6 Páginas) • 517 Visualizações
3processo de produção
Parte dos processos produtivos das cerâmicas é mecanizado, em geral a sequência do processo para a produção de peças está definida conforme figura abaixo:
Fonte: Associação Brasileira de Cerâmica – ABC (2011)
Esse processo é comum a todas as empresas de cerâmica vermelha em geral, havendo pequenas variações, de acordo com características particulares de cada matéria-prima ou produto final. Porém, algumas empresas utilizam equipamentos rudimentares e outras com equipamentos mais modernos. No entanto, convém ressaltar que, nem todas as indústrias devem realizar seu processamento da mesma maneira ou com os mesmos equipamentos e operações indicadas.
Extração da matéria prima
Grande parte das argilas brasileiras está depositada nas bacias dos rios. Neste caso, a extração é a céu aberto. O plano de extração deve prever a remoção, a disposição dos estéreis, a formação de bancos de extração que assegurem economia no transporte, a drenagem da água, a segurança no trabalho e o aproveitamento completo da jazida. (SILVA, 2009).
Retroescavadeira extraindo a matéria prima da natureza
Fonte: Cerâmica Tavares
São utilizados para extração da argila equipamentos como: retroescavadeira ou escavadeiras. Estes equipamentos enchem as caçambas dos caminhões que transportam as argilas para os locais apropriados, grandes pátios das empresas, nestes são formados grandes estoques.
Estocagem da argila
O processo de estocagem da argila ocorre depois que argila é extraída das jazidas e transportada por caminhões até chegar ao local apropriado, ficando exporta a céu aberto. Durante a estocagem da argila é feito o manejo desse material, por exemplo, quando são usados dois tipos de argila a mistura é feita em proporções pré-determinadas. Outra particularidade, dessa etapa, é a preocupação com o teor da umidade nos períodos de verão e inverno.
No Rio Grande do Norte 94,3% das cerâmicas possuem estoque de argila, das quais 31,4% o fazem em pilhas separadas, enquanto que 62,9% dispõem as argilas em níveis inter-camadas. Os estoques são de grande importância porque asseguram o abastecimento durante o período de inverno, já que durante esse período as estradas de terra ficam intransitáveis. (BACCELLI JÚNIOR, 2010).
Processamento da argila
Conforme o Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará - NUTEC a seleção e mistura correta da argila é importante para obtenção de uma massa cerâmica ideal para conformação de peças com qualidade. O estudo do NUTEC salienta que é comum o uso de dois tipos de argilas: um material com maior teor de argilominerais (minerais característicos da argila, composto principalmente por caulinita, ilita, clorita, smectita e outros tipos), conhecida por argila forte ou argila gorda e um material com menor teor de argilominerais e maior teor de sílica, denominada argila fraca ou argila magra. (NUTEC, 2001).
Britagem
Consiste em quebrar ou triturar a argila em partes menores, bastante utilizado quando a matéria-prima é dura. Argilas que apresentam grãos grandes devem ser pré-triturados, até que estejam compatíveis com as dimensões da boca do caixão alimentador. Em função da dureza, trabalhabilidade e triturabilidade, as argilas podem ser categorizadas nas escala de Mohs, como: duras (6-7 Mohs), semiduras (5-6 Mohs) ou moles (menor que 4 Mohs). (DANTAS NETO, 2007).
Moagem
Utilizada em argilas duras ou semiduras, que apresentem teor de umidade menor que 18%. O objetivo dessa etapa é diminuir o tamanho dos grânulos de forma a homogeneizar a massa argilosa.
Dosagem e alimentação
Essa etapa é realizada por um operário experiente, visto que de acordo com sua sensibilidade avalia a plasticidade da massa. Em seguida a massa é levada até o caixão alimentador, cuja função é controlar a quantidade de massa homogeneizada a ser processada pelos maquinários subsequentes.
Nessa fase do processo, o teor de umidade deve ser controlado com bastante rigor. Caso ele seja muito elevado, alguns equipamentos perdem sua eficiência, como é o caso do desintegrador, que não desintegrará os blocos de argila, só os amassará.
Desintegração
Consiste em triturar torrões provenientes da alimentação, aumentando a homogeneidade da massa.
Mistura
É feita através de um misturador, que consiste de um equipamento com facas circulares que cortam a argila, denominado “traço”, controlando a umidade e homogeneizando a massa.
Laminação
Rolos fazem a compactação da argila, tornando-a menos porosa, mais densa, eliminando bolhas de ar ou aglomerados remanescentes. Proporcionando maior densidade a massa argilosa, eliminando pedriscos e raízes ainda existentes. Dessa forma o processo de extrusão se torna mais fácil e mais preciso, ou seja, minimiza o surgimento de defeitos nas peças cerâmicas. Algumas extrusoras apresentam laminador acoplado na entrada do equipamento. (VILLAR, 1988).
Extrusão
A extrusora ou maromba (figura. 3) é responsável em dar forma à massa plástica e rígida, essa é forçada, por um pistão ou eixo helicoidal, a passar continuamente em um molde ou boquilha (figura. 4) tomando a forma deste, gerando então uma coluna contínua, com forma já definida, a qual é secionada em comprimentos apropriados, formando telhas, tijolos maciços e furados, lajotas, entre outros
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