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LOGÍSTICA COLABORATIVA, REVERSA E SUSTENTÁVEL

Por:   •  11/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.379 Palavras (10 Páginas)  •  368 Visualizações

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Universidade Municipal de São Caetano do Sul[pic 1]

MBA

Aluízio Pereira Junior
Fabio dos Santos Carvalho
Lydianny Mayarah Marques Poty

LOGÍSTICA COLABORATIVA, REVERSA E SUSTENTÁVEL

Cadeia de logística reversa da empresa “Fundição Tupy” com a aplicação de uma análise SWOT estruturada.

Trabalho apresentado como requisito
para avaliação do módulo de Logística Colaborativa, reversa e sustentável do curso MBA, oferecido pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS, ministrado pelo Prof. Robson Esteves.

São Caetano do Sul

2016

  1. Introdução

Este presente trabalho tem por objetivo mostrar logística reversa de uma empresa de fundição onde para fabricar seus produtos é necessário construir moldes de areia e/ou machos. Esses moldes/machos após sua construção são realizadas inspeções e análise para posteriormente liberar ao setor de moldagem, o mesmo é colocado sobre uma forma para fundir as peças.

Os moldes com defeito tinha por destino descarte externo (aterros). Após a implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) a empresa passa a estudar mecanismo de gestão sustentável, tendo por objetivo tornar seus produtos com requisitos legais e/ou Sustentável.

Com a implantação do regenerador de areia a empresa deixa de descartar os moldes, retornando novamente ao processo inicial. Essa logística reversa é um projeto da empresa para diminuir os impactos ambientais, tornando uma empresa com visão sustentável. A gestão dos resíduos sólidos industriais se tornou uma questão ambiental global. Devido à falta de espaço e às altas taxas cobradas para o aterramento, práticas de reutilização destes resíduos como subprodutos ou matérias primas alternativas se tornam cada vez mais atrativas.

Processo de fundição em molde de areia:

[pic 2]

  1. Empresa Tupy

Fundada em 1938, em Joinville, Santa Catarina, a TUPY tem capacidade para produzir 848 mil toneladas anuais de peças em ferro fundido. A companhia conta com cerca de 13 mil funcionários em quatro parques fabris: dois instalados no Brasil (Joinville/SC e Mauá/SP) e dois no estado de Coahuila, no México (Saltillo e Ramos Arizpe).

A empresa atua em mais de 40 países e as vendas para o mercado externo corresponderam a 72,6% de sua receita. Fabrica componentes em ferro fundido para a indústria automotiva e também itens para aplicação industrial e na construção civil, como conexões de ferro maleável, perfis contínuos e granalhas de aço.

Certificada pela ISO 14001 desde 2001, a TUPY tem o compromisso de melhorar continuamente seus processos e buscar sempre novas soluções para reduzir impactos ao meio ambiente.

Grande parte da produção da TUPY é constituída de componentes desenvolvidos sob encomenda para o setor automotivo, que engloba caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e de construção, carros de passeio, motores industriais e marítimos, entre outros. São blocos e cabeçotes de motor e peças para sistemas de freio, transmissão, direção, eixo e suspensão.

        

  1. Gestão Ambiental

O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da TUPY monitora as emissões atmosféricas e a qualidade do ar, as águas subterrâneas, os níveis de ruído e a separação e destino final dos resíduos. Esses indicadores permitem à empresa a busca da melhoria contínua e o permanente desenvolvimento de ações, com vistas a reduzir o uso de recursos naturais e a eliminar ou minimizar os impactos de suas atividades produtivas no meio ambiente.

Desde a implantação do SGA, em 2000, a empresa já investiu mais de R$ 100 milhões em obras, equipamentos e melhorias nos processos, nas suas plantas industriais de Joinville e Mauá. Entre as melhorias implantadas estão novos sistemas de exaustão e controle dos fornos, que captam materiais particulados por meio de filtros de manga, com índices de eficiência que variam entre 90 e 98%. Também efluentes e resíduos têm merecido grande atenção da empresa. Novas estações de tratamento foram projetadas e construídas nesse período, e o aterro industrial próprio, na planta de Joinville, foi inteiramente readequado observando as mais rigorosas exigências ambientais.

A Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (FATMA), órgão responsável pela fiscalização, emissão de licenças e acompanhamento das melhorias obtidas pelo SGA da TUPY, reconheceu avanços em 2005, ao atribuir à empresa o “Prêmio Fritz Müller”, reconhecimento que se repetiu em 2007, quando a TUPY novamente foi homenageada com o referido prêmio.

  1. Areia de fundição

Areias constituem o principal resíduo de fundição, visto que com elas são feitos todos os moldes das peças fundidas. Encontrar solução para o reuso dessas areias tem sido o maior desafio da TUPY. Areias descartadas pelos processos de macharia já não constituem problema. A TUPY conta com regeneradores próprios nas duas plantas fabris, de Joinville e Mauá, e o reaproveitamento é praticamente total.

O maior volume, porém, é constituído de areias de moldagem e estas, por serem classificadas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - como resíduo Classe II A, não inerte, até pouco tempo atrás tinham como único destino os aterros industriais. O mesmo não acontece em países europeus e nos Estados Unidos, que reaproveitam essas areias para diversos fins.

Aos conselhos estaduais de meio ambiente compete legislar sobre o assunto, convencê-los de que areias de moldagem não são perigosas tem exigido das fundições brasileiras muito estudo e comprovação. Nesse sentido, a TUPY é certamente a indústria que mais contribuições trouxeram às discussões e mais subsídios ofereceu.

Com a assinatura, em 2008, de resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente de Santa Catarina autorizando o uso na composição de massa asfáltica e na construção de artefatos de concreto sem funções estruturais, uma primeira frente foi aberta pela TUPY. Em caráter experimental a empresa montou uma fábrica de pavers, utilizados na pavimentação de calçadas, e vem produzindo lotes que estão sendo doados para obras públicas em Joinville.

O objetivo é exclusivamente o de mostrar ao mercado da construção que o reuso é viável, evitando com isso o uso de areia virgem, um recurso natural, e contribuindo para reduzir o volume de areia enviada a aterros.

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