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Logistica Reversa Brasil

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Por:   •  31/3/2013  •  697 Palavras (3 Páginas)  •  1.164 Visualizações

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O problema da ruptura, a falta de produtos nas gôndolas dos supermercados, não é exclusividade deste ou daquele agente da cadeia de abastecimento, mas de todos os envolvidos – varejistas e fornecedores –, pois as temidas rupturas causam estragos que nem sempre são avistados a olho nu, muito menos mensurados e resolvidos.

Acabar com as rupturas é tarefa árdua, pois elas ocorrem pelos mais variados motivos, que serão destacados no decorrer desta reportagem. Mas se o problema receber a devida atenção, a redução significativa é certa e os danos serão amenizados. A questão é que o shopper (pessoa que está na loja comprando) que procura um item e não o encontra na gôndola tem como primeira reação a insatisfação e pode chegar ao extremo de abandonar seu carrinho e trocar de loja. O varejista vai perder muito mais que a venda, a má experiência de compra influenciará na fidelidade do cliente, dependendo da situação e do que ele procura. Na hipótese mais favorável para o supermercadista, o cliente poderá comprar outra marca. Mas, de qualquer forma, alguém sairá perdendo.

O pior disso é que muitas vezes supermercadistas e fornecedores não se atentam sobre quanto a ruptura está afetando as vendas, o negócio de cada um. Até por conta do desconhecimento, as causas e perdas se manterão. “A cadeia de suprimentos é composta por um emaranhado de várias estruturas e componentes, e seu grande desafio é fazer com que todos se articulem e interajam para reduzir ou eliminar as rupturas”, afirma o coordenador do comitê de prevenção de perdas da Abras, Marcelo Tavares.

Segundo ele, reverter a situação causada pela ruptura é um processo muito complexo. “Devemos levar em conta que qualquer problema ocorrido em algum dos elos dessa cadeia repercutirá nos outros”, destaca.

Não por acaso, os especialistas no tema sugerem que o primeiro passo seja mensurar o impacto da ruptura e depois identificar onde estão os erros, mudar processos e buscar as devidas soluções. Parece até simples, mas depende de algo mais.

“Infelizmente, boa parcela dos supermercadistas não conhece o tamanho da ruptura em sua loja. Essa ausência de medida acaba por gerar interpretações equivocadas, que podem afetar uma tomada de decisão. Criar ferramentas e medir a amplitude das rupturas em cada uma das unidades de negócio é o primeiro passo para reduzi-las ou eliminá-las. A partir daí, um amplo e contínuo projeto de redução deve ser implantado, identificando cada uma das causas e suas respectivas ações para equacioná-las”, complementa Tavares.

Estudo

Recentemente, a Nielsen iniciou levantamento periódico, bimestral, para medir o Índice de Ruptura e do Estoque Virtual (EV), que é tão grave quanto o primeiro e interfere diretamente na gestão da loja e na tomada de decisão. SuperHiper passa a publicá-los com exclusividade a partir desta edição.

A primeira medição, que apontou 10,2% de índice de ruptura no setor e de 5,6% no estoque virtual, foi realizada nos meses de maio e junho deste ano em mais de 1,4 mil lojas em todo Brasil, contemplando 54% do faturamento

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