Marketing no Brasil: À Procura de Identidade
Por: rwpolese • 29/10/2018 • Trabalho acadêmico • 1.393 Palavras (6 Páginas) • 263 Visualizações
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Curso: Administração
Disciplina: Marketing I
Professor: Nelson Vinicius Lopes Branchi
Aluno: Roger Wilian Polese
Marketing no Brasil: À Procura de Identidade
O mercado brasileiro até a metade do século passado possuía uma economia centrada no setor primário, dominada pela classe agrícola e elitista, havia falta de produtos, de energia e de bens industrializados em geral no pós-guerra. O processo de industrialização no país andava a passos lentos, consequência da falta de fontes de matéria-prima, o comercio era basicamente composto por pequenos estabelecimentos no ramo varejista e as feiras livres, a comunicação era precária e quase não havia estradas, dificultando a locomoção.
A mudança deste panorama tem início quase no fim da década de 40, quando os estrangeiros começam a se interessar por investimentos no país, através da criação da Companhia Siderúrgica Nacional.
Em 1950, os Estados Unidos e a Rússia eram as duas maiores potencias do mundo, nessa época o Brasil experimentava uma série de mudanças econômicas, políticas e sociais, cujos reflexos ainda são sentidos em nossos dias, em uma economia totalmente agrícola, a disciplina era novidade em todo o mundo, menos para os americanos, que já a praticavam há muitos anos.
Quando se aborda o tema no Brasil, do ponto de vista acadêmico, percebemos que, desde os primórdios, onde a disciplina relacionava-se fortemente com as teorias econômicas, estendendo-se até os dias atuais, onde assume uma conotação fortemente social. Muito pouco se pesquisa e muito menos se escreve, são poucos os estudiosos que se encorajam a tratar do assunto, e estes poucos o fazem ainda com reservas. Mas o que mais preocupa, é a miopia da maioria dos empresários brasileiros, que ainda tratam o tema como “qualquer coisa”, menos marketing.
Assim como nos Estados Unidos, seu país de origem, o marketing experimentou um desenvolvimento muito grande, no Brasil seu crescimento está relacionado fortemente com o processo da industrialização, iniciado no fim da década de 50, entretanto, há alguns autores que divergem, quanto à linha do tempo relacionada ao inicio de suas atividades. O que torna interessante a transcrição dos conteúdos, mesmo que resumidamente, para o enriquecimento desta discussão, talvez, por ter surgido sem uma denominação especifica no cenário nacional, o termo marketing, que serve a muitos senhores, e escravo, que é da miopia advinda da academia, das organizações, dos publicitários, que advogam pelo direito de serem seus padrinhos, e daqueles, que sem falsos pudores julgam conhecê-lo o suficiente para opinar sobre assuntos relacionados com a disciplina.
O marketing vem sofrendo com o que podemos chamar de, um verdadeiro “tratamento de enteado”, por parte dos acadêmicos existe uma ênfase muito grande relacionada com a questão, de sua adequação às práticas de gestão, em detrimento de um aprofundamento maior no que diz respeito à teoria, o que seria benéfico para todos os públicos envolvidos.
A concorrência dos Gerentes de Venda, candidatos potenciais à Gerência Mercadológica (conforme os autores da época), não era forte, em função desses profissionais terem geralmente apenas a experiência de campo, e em sua maioria não dominarem a língua inglesa, além do fato de terem atuado em uma área com muito menos prestígio, do que a área fabril.
O marketing nas organizações, nas escolas de administração e na sociedade em geral, costuma ser confundido, frequentemente, por empresários, alunos e indivíduos, com uma ferramenta do composto comunicação. A história da propaganda no Brasil, segundo diversos autores pesquisados, quase se funde com a história da disciplina do marketing assim, foi assim que se criou o estereótipo: marketing é propaganda.
A pesquisa bibliográfica desenvolvida durante a elaboração deste texto reflexivo, bem como as demais consultas a outras bases de dados, demonstram a falta de material disponibilizado ao público, pelas escolas de administração, principalmente nos temas relacionados à evolução do pensamento em marketing no Brasil, mas o maior vilão de toda a história, que influencia a face popular do marketing, é a mídia no cotidiano do brasileiro. São todas estas metáforas, que vem comprovar o verdadeiro “tratamento de enteado” que esta disciplina vem experimentando, através das últimas décadas.
Ainda existe no país, o paradigma de que o marketing, somente funciona nas grandes organizações, não sendo benéfico para os pequenos negócios. A verdade é que a maioria dos micro e pequenos empresários desconhecem totalmente, o real significado do marketing, ferramenta esta, que seria de grande importância, na gestão de seus negócios.
O principal fundamento dos autores reside no fato de que, apenas as organizações que aprendem ou “learning organizations”, estarão aptas a enfrentar o novo ambiente dos negócios, caracterizado por mudanças nos hábitos de consumo, nas dimensões e estruturas dos mercados. Todas estas nuances, trarão como consequência uma nova forma de pensar as organizações, e novos métodos de fazer negócios, aproveitando-se do know-how tecnológico e humano, como diferencial competitivo para enfrentar o novo meio ambiente.
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