Metrologia em Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC
Por: lesleybrandao • 14/4/2015 • Trabalho acadêmico • 862 Palavras (4 Páginas) • 775 Visualizações
Metrologia em Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC
O setor de tecnologias da informação e comunicação (TIC), que abrange as indústrias de dispositivos, componentes e equipamentos, juntamente com as empresas prestadoras de serviços na área de comunicação, é extremamente dependente de rígidos sistemas de normalização e metrologia, dada a necessidade de interligação e compartilhamento de serviços em âmbito nacional e internacional intrínseca do setor. A rápida evolução dos novos sistemas de computação e telecomunicações, e sua crescente importância na vida cotidiana e no processo produtivo advém não apenas do grande número de inovações tecnológicas surgidas a partir da década de 1980, mas também da crescente padronização destes sistemas, que permitem ganhos de escala e assegura a rápida disseminação das novas tecnologias e novos serviços. As projeções do número de usuários e tráfego em redes de comunicações para os próximos anos indicam que, em 2016, o número de usuários em redes de acesso móvel (sem fio) de banda larga crescerá para 5 bilhões, gerando um tráfego total de mais de 50 Exabytes por ano, cerca de 10 vezes o atual. O atendimento da demanda (por banda) para permitir a realização destas previsões depende de inovações e desenvolvimentos tecnológicos, que permitam superar alguns desafios existentes no momento: o incremento da capacidade de processamento e a redução do consumo de potência de microprocessadores, o aumento da capacidade de roteamento e de transmissão das redes ópticas de transporte e, fundamentalmente, uma maior disponibilidade de espectro radioelétrico na rede de acesso sem fio. A regulamentação atual de uso do espectro radioelétrico é balizada por regras clássicas que visam garantir a compatibilidade eletromagnética entre os múltiplos usuários autorizados. Baseada em conceitos convencionais, a forma atual de utilização torna o espectro um recurso saturado nas principais bandas de frequência. Em termos práticos, a alocação de blocos consideráveis do espectro a serviços primários (detentores de licenças exclusivas) que os subutilizam, está impedindo a exploração de novos serviços de telecomunicações. Estima-se que a alocação de bandas de frequência para uso exclusivo de alguns tipos de serviços, notadamente comunicações móveis celulares e radiodifusão, acarretam eficiências da ordem de apenas 20% no uso do espectro eletromagnético. Uma tecnologia inovadora, que permitirá o aumento acentuado da eficiência de uso do espectro está surgindo com base no conceito de rádios cognitivos. No que diz respeito às Tecnologias de Informação, verifica-se nos últimos anos uma crescente utilização de sistemas computacionais embarcados em praticamente todos os dispositivos utilizados pelo homem. A área não é mais restrita a um computador central (mainframe) executando um algoritmo de cálculo para algum problema científico. Atualmente observa-se uma forte pressão para conexão destes dispositivos ao domínio cibernético, gerando os denominados Sistemas Físicos-Cibernéticos (SFC): sistemas inteligentes que combinam tecnologias cibernéticas com sistemas embarcados, e interagem intensivamente com componentes físicos. Os SFCs cobrem diferentes segmentos da economia: sistemas de produção, redes elétricas, edifícios e infraestrutura, transporte e mobilidade, e saúde. Atualmente, um dos grandes problemas para assegurar a robustez metrológica de um instrumento de medição concentra-se na necessidade de uma avaliação criteriosa do sistema computacional por este utilizado. A imutabilidade do software embarcado no medidor é requisito fundamental para preservação da confiabilidade metrológica. Os modernos instrumentos de medição, também denominados de medidores inteligentes, podem ser vistos como componentes básicos de SFCs, exibindo arquiteturas computacionais cada vez mais complexas e interconectadas. Para o desenvolvimento dos SFCs são necessárias técnicas inovadoras que assegurem altos níveis de confiabilidade, segurança, e usabilidade. Os requisitos para SFCs são extremamente rigorosos e, em alguns casos, completamente diferentes do que os necessários para outros sistemas automatizados.
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