Microeconomia
Por: Robelanunes • 19/10/2015 • Monografia • 1.106 Palavras (5 Páginas) • 392 Visualizações
De acordo com ARRIGHI e SILVER (2001), a centralidade do capital financeiro no final do séc XX deu origem a diversas teorias da ‘globalização’ e ‘financeirização do capital’, Particularmente os estudiosos têm demonstrado preocupação na identificação ou rotulação de tal fenômeno, popularmente denominado de “globalização financeira”. processo de interação econômica a nível global, desencadeada pelo livre fluxo de comércio, capitais e pessoas, que extrapolaria as fronteiras dos Estados nacionais. No entanto, tal reconhecimento é questionado. DUMENIL e LEVY (2005) denominam o período que se estende de meados dos anos 80 até os primeiros anos do séc. XXI como “o estágio neoliberal do imperialismo”. Para tais autores, nesse estágio específico do imperialismo, presenciamos um tipo de capitalismo em que propriedade e gestão estão separadas, isto é, a propriedade dos meios de produção apresenta-se através da detenção de ações, títulos. Trata-se dos credores, tendo portanto esta propriedade um caráter financeiro. De maneira geral, neste processo os oligopólios mundiais são fortalecidos. O desenvolvimento de inovações financeiras continua a aumentar, tornando o controle estatal sempre mais difícil. Uma forte onda de transformações emerge nos mercados financeiros internacionais, proporcionando o desenvolvimento de inovações financeiras. Trata-se da centralização do capital bancário, consolidada através da concentração, e expressa no surgimento dos atuais grandes grupos bancários e financeiros mundiais. a consolidação bancária, - isto é, o processo resultante de uma fusão ou uma aquisição, seja dentro de um setor da indústria financeira ou entre setores, a qual reduz o número de instituições e em geral aumenta o tamanho destas, assim como o grau de concentração de mercado - corresponde a um fenômeno que vem se apresentando em vários países do mundo. Algumas das razões apresentadas para justificar o acelerado processo de consolidação são: a desregulamentação dos serviços financeiros a nível nacional; economias de grandeza, isto é, economias de escala, de escopo e de planta; maior abertura do setor à competição internacional; os desenvolvimentos tecnológicos em telecomunicações e informática, com impacto sobre o processamento das informações e sobre os canais alternativos de entrega de serviços (ATMs, internet, banco eletrônico, etc); e finalmente, as mudanças na estratégia gerencial das instituições financeiras. Nosso objetivo é contribuir para o debate acerca da concentração bancária, a fim de permitir uma reflexão em torno da configuração deste processo num período mais recente e atual, o que não significa nos contrapormos às questões levantadas e expostas por outros autores tais como TROSTER ou PAULA E MARQUES. Estamos afirmando a importância de nos remetermos a alguns dos conceitos marxistas. Dessa forma pretendemos contribuir para a recolocação do tema do Imperialismo, devido à sua relevância na atualidade mediante a difusão de novas teorias cujas hipóteses sustentam recorrentemente a negação do conceito de Imperialismo. Apresentamos os principais conceitos que lhe dão corpo, tais como concentração e centralização do capital, capital financeiro e imperialismo; e por fim, nesta mesma última seção, coligamos tal análise a uma abordagem sobre a ascensão do capital financeiro e a concentração bancária no período atual, com o objetivo de ao relacionar os itens e autores até então discutidos, compreender de que forma a ligação entre o processo atual de concentração bancária e a concentração monopolista intrínseca ao imperialismo poderia apontar esta última como fator explicativo à denominada consolidação bancária, tal qual procederam alguns clássicos do marxismo com a concentração bancárias. O processo de concentração tem sido desigual entre os países e também entre os diferentes segmentos do sistema financeiro .Marx analisa o processo de produção do capital e expõe a teoria da concentração na descrição do processo de acumulação de capital. A concentração de capital é apontada como um aspecto da lei geral da acumulação capitalista. Podemos vê-lo claramente se seguimos analisando Marx, ao explicar a mudança na composição orgânica do capital ou, como este esclarece com precisão. A centralização pode se dar em virtude de uma simples mudança na distribuição dos capitais já existentes, isto é, de uma simples mudança quantitativa das partes constitutivas do capital social. Com o desenvolvimento
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