O Desenvolvimento Conceitual
Por: Bruna Chagas Parzeweski • 15/3/2022 • Projeto de pesquisa • 4.582 Palavras (19 Páginas) • 132 Visualizações
Sumário
1. Introdução 4
2. Desenvolvimento Conceitual 4
2.1. Indústria 4.0 4
2.2. Manutenção de Ativos 5
2.3. Manutenção Preditiva 7
2.4. Big Data 8
2.5. Segurança do Trabalho 10
2.6. Governança Corporativa 11
3. Considerações Finais 14
Introdução
O processo de monitoramento da produção surgiu por volta de 100 anos atrás e é possível observar o desenvolvimento do mesmo com o passar do tempo. Hoje, enxergamos a importância desse processo e seu relacionamento com a Tecnologia, que com o seu desenvolvimento nos possibilitou coletar, armazenar e processar bases de dados cada vez maiores e de forma mais rápida. Big Data hoje é de extrema importância para as empresas, uma boa gerência e manutenção dos ativos tendo como base os dados coletados, traz resultados cada vez melhores e consequentemente torna-se uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes.
Além disso, um bom gerenciamento e tratamento correto dos dados relacionados a área de manutenção também são vistos como dados valiosos dentro de uma empresa, já que podemos passar a pensar em análise de dados para chegar na raiz dos problemas, além de evitá-los e num futuro não tão distante, falar sobre a previsão de problemas e/ou quebras dentro de uma linha de produção, por exemplo. Consequentemente, com as análises de causa raiz e previsão de falhas, estamos cuidando também da segurança do funcionário que opera em conjunto com esses equipamentos, diminuindo os acidentes e aumentando a frequência das manutenções preditivas.
Todas essas estratégias combinadas, refletem nos níveis mais elevados de estratégia que está diretamente ligado à Governança Corporativa e consequentemente à reputação das empresas no cenário atual.
Desenvolvimento Conceitual
Indústria 4.0
A Indústria 4.0 é uma realidade conceitual que propõe a unificação de tecnologias por meio de suas funcionalidades. A quarta geração industrial conta com amplo espaço para desenvolvimento e melhorias, visto que o ano médio para que as tecnologias alcancem o grau de desenvolvimento planejado ainda esteja no futuro (SILVA, 2016).
Segundo Cheng et al. (2016) a essência da indústria 4.0 está baseada nos sistemas cibernético-físico (CPS) e Internet das Coisas (IoT), que levarão as fábricas a atingirem um novo patamar de produção. Diferente dos métodos tradicionais de produção, a configuração dinâmica está acima da produção e de processos envolvidos, pois o dinamismo torna o sistema capaz de alterar o projeto inicial do produto a qualquer momento. A Indústria 4.0 apresenta como principais características a interconexão de dados, integração e inovação, oferecendo melhorias nos processos industriais que envolvem: operação, engenharia, planejamento e controle da produção, logística, e análise contínua durante o ciclo de vida de produtos e serviços.
Devido a interligação de seus componentes, é capaz de responder rapidamente aos inúmeros eventos e mudanças do mercado, atender a todas as suas necessidades e evitar desperdícios, sendo assim, um atributo único desse modelo. Toda a cadeia de abastecimento é processada de forma a interligar e monitorar de forma abrangente seus gargalos e diminuí-los, o que se denomina de logística inteligente, graças à integração de sistemas inteligentes de produção.
Manutenção de Ativos
A indústria moderna requer cada vez mais melhorias nos seus processos, produtos e serviços, almejando pelo aumento da produtividade e dependendo, consequentemente, do serviço de manutenção eficiente de máquinas e equipamentos, razão pela qual o setor de manutenção precisa ser eficaz para garantir a confiabilidade e a disponibilidade dos ativos.
Dentre os muitos benefícios da manutenção, Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018) citam a segurança melhorada, a confiabilidade aumentada, qualidade do produto maior, custos de operações mais baixos, vida útil mais longa, e preço residual maior. Desse modo, a manutenção contribui efetivamente no processo de garantir lucro e assegurar valor à organização.
Roy, Stark, Tracht, Takata, & Mori (2016) relatam que produtos de alto valor são tipicamente tecnológicos, caros e críticos quanto à confiabilidade, requirindo uma manutenção contínua durante o seu ciclo de vida. Exemplos de ativos de alto valor incluem máquinas, ferramentas, motores de aeronaves, usinas nucleares, trens, equipamentos de defesa, automóveis, equipamentos médicos, turbinas eólicas, entre outros. A manutenção de ativos permite a incorporação de novas tecnologias no planejamento, implementação, monitoramento e análise de processos de manutenção.
De acordo com Stock e Seliger (2016), na Indústria 4.0, os produtos, os stakeholders (clientes, funcionários ou fornecedores), e os equipamentos de fabricação estão interligados em uma rede virtual, trocando dados entre as diferentes fases do ciclo de vida do produto. Este ciclo de vida consiste na fase de aquisição da matéria-prima, fabricação, contendo o desenvolvimento do produto, a engenharia do sistema industrial e a fabricação do produto, a fase de uso e serviço, a fase do fim de vida, englobando a reutilização, remanufatura, reciclagem, recuperação e eliminação, bem como o transporte entre todas as fases. Os métodos atuais de manutenção, em sua maioria, dependem de operadores e sistemas de alarmes para relatar as falhas, desse modo, a falha precisa ser exatamente localizada e então resolvida, o que acarreta a parada do equipamento e do processo de produção. Com o apoio das tecnologias habilitadores da Indústria 4.0, os dados do equipamento podem ser coletados em tempo real, incluindo alarmes, registros e status do dispositivo, a fim de avaliar a condição de saúde dos ativos e detectar preventivamente as falhas. Portanto, a manutenção na Indústria 4.0 é proativa e pode encontrar os problemas antecipadamente. Nesta perspectiva, as oportunidades de desenvolvimento de manutenção 4.0 no ciclo de vida dos produtos são enormes, podendo gerar receita e lucro adicionais para as empresas (Wan, Tang, Li, Wang, Liu, Abbas, & Vasilakos, 2017). No entanto, esses processos, bem como a implementação da Indústria 4.0 em geral, representam ameaças diante dos grandes investimentos necessários e à lucratividade incerta (Arnold, Kiel, & Voigt, 2016; Erol, Jäger, Hold, Ott, & Sihn, 2016).
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