O ESTUDO DE CASO HOTEL PRAIA MAR
Por: Raphael Cussat • 2/6/2020 • Trabalho acadêmico • 1.941 Palavras (8 Páginas) • 532 Visualizações
Raphael Cussat Machado Barcellos
Matrícula: 2025701
- Quais as mudanças organizacionais observadas no caso do Hotel Praia Mar?
Os procedimentos deixaram de seguir uma metodologia rígida e as regras tornaram-se mais flexíveis. Os gerentes de cada setor não precisavam mais fazer relatórios para entregar ao novo gestor para auxiliá-lo na tomada de decisões. A nova gestão se tornou mais democrática, antes ela era mais rígida e hierárquica. A percepção dos colaboradores com relação ao ambiente de trabalho, se tornou mais positiva e o novo gestor as instigavam para se empenhar mais. Os funcionários ficaram mais motivados com a nova gestão. A quebra da hierarquia na organização, antes os colaboradores não tinham tanto acesso ao antigo gestor e tinham que marcar horários, com a nova gestão, o novo gestor era de fácil acesso, ouvia os funcionários e analisava os feedback para tentar aplicar na organização para melhorar. Devido a essa quebra de hierarquia, houve alguns conflitos entre os setores de reserva e recepção, pois um novo gerente foi contratado e passava por cima dos outros gerentes e indo falar diretamente com o gestor geral e os colaboradores ficavam perdidos a quem se reportar. A comunicação dentro da organização, que antes era formal, passa a ser informal não seguindo os antigos protocolos, como relatórios padronizados. O embasamento da decisão passou a ser de modo intuitivo ao invés de racional, como antes. O novo gestor fazia questão de participar das tomadas de decisões de todos os setores, se sobrecarregando com atividades operacionais e focando-se somente no curto prazo. O RH deixa de fazer parte d o elemento estratégico da gestão.
- Classifique tais mudanças usando a perspectiva de Motta (1997) e os tipos de Chiavenatto (1996).
Perspectiva estrutural – a quebra da hierarquia, com a antiga gestão, todos se reportavam ao antigo senhor de modo formal, cada setor em seu devido lugar e não se envolviam com outros setores. Com a chegada do novo gestor isso foi mudado. A comunicação se passou a ser informal, a quebra da hierarquia, já que todos tinham acesso ao novo gestor. Houve mudanças estruturais nos cargos, por exemplo a contratação de um novo gerente no setor de reservas, onde alterou a dinâmica da hierarquia.
Perspectiva humana – O Sr. Francisco priorizou a análise da motivação, atitudes, habilidades, comportamentos individuais, comunicação informal e relacionamento grupal da organização. Ele demonstrava uma certa preocupação com o bem estar dos funcionários e sempre os ouvia e perguntava em como ele poderia os ajudar. Sempre estava de bom humor e os motivava. As mudanças comportamentais também ocorreram, os funcionários ficaram mais motivados e começou a ter mais interação com os demais setores, criando um relacionamento interpessoal.
Perspectiva cultural – Na gestão do Sr. Roberto, os funcionários estavam acostumado com uma estrutura hierárquica, bastante rígida, sem convívio interpessoal com os demais setores. Com a chegada do Sr. Francisco, a gestão da organização mudou completamente. Os antigos colaboradores que já estavam acostumados com o jeito do Sr. Roberto de comandar a empresa, ficaram um pouco preocupantes com as novas mudanças que iriam acontecer. As mudanças nas tarefas, os setores agora tinham uma relação mais interpessoal.
- Que elementos e/ou forças presentes nos ambientes Contextual, Operacional e Interno podem ter influenciado tais mudanças? Indique ao menos duas influências para cada nível do ambiente.
Contextual – Políticas e econômicas. O Sr. Roberto implantou novos planos e políticas de desenvolvimento de pessoas para melhorar a qualidade de vida dos funcionários e o clima na empresa, além de novas tecnologias e equipamentos modernos para facilitar e melhorar as condições de trabalho. Pois a economia passava por grandes transformações no Brasil (globalização, novas tecnologias, concorrências acirradas e novos modelos de gestão).
Operacional – Concorrentes e Clientes. Devido as mudanças econômicas e o aumento de concorrentes, o Sr. Roberto não perdeu o foco na qualidade dos serviços hoteleiros, excelência no atendimento e fidelização dos clientes, tendo vantagem competitiva perante a concorrência.
Interno – Funcionários e Gestores. Os funcionários estavam desmotivados com a organização, pois não tinham incentivos e não eram ouvidos. Com a mudança de um novo gestor geral, gerou uma certa preocupação entre os funcionários se teria demissões ou mudanças.
- Quais modelos de Mudança de Motta (1997) podem ser vistos no caso?
Reação adaptativa, o novo gestor assim que assumiu o comando da organização, ele removeu a barreira que existia entre o gestor geral e os demais funcionários, implantou um clima mais harmonioso e interpessoal. Eliminou algumas tarefas arcaicas, como por exemplo, os relatórios que cada setor tinha que entregar para ele para poder analisar e achar um meio de priorizar os processos.
A mudança é parte do processo contínuo de aprendizagem, assim que o Sr. Roberto foi convocado para se tornar o novo gestor geral da organização, ele viu vários problemas na organização, mas ainda assim com um grande potencial, por isso ele foi implantando novas ideias e melhorias para melhorar o bem estar dos funcionários e alavancar as vendas da empresa.
5. Que tipos de resistência à mudança podem ser vistos no caso?
a) como a gestão lidou?
Resistência implícita e protelada – O novo gestor conquistou a confiança de todos, o seu jeito acessível, sempre de bom humor, questionando os funcionários em como poderia ajudá-los ou se tinham alguma sugestão fazia os colaborados se sentirem mais valorizados e parte da empresa já que o novo gestor lhes permitia participar das decisões e isso os motivaram e fizeram ter mais lealdade a organização. Mas teve uns problemas que a gestão não soube lhe dar, como por exemplo, os funcionários eram cobrados a manter postura e cumprir normas que muitas as vezes não tinha ciência. O RH não fazia o papel que tinha na antiga gestão, não dava treinamentos a esses funcionários e o que gerava em retrabalho nas tarefas que eles executavam. Ignoraram o fato do RH ser crucial para organização e não um departamento de admissões e demissões e continuaram priorizando o feedback com os funcionários ao invés de aplicar advertências, não deram importância para os projetos antigos de recursos humanos que seriam implantados pelo antigo gestor e priorizaram a renovação da estrutura da empresa e incentivos ao setor comercial, perdendo o foco no processo de cada tarefa.
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