O Empreendedorismo E A Mentalidade Empreendedora
Por: ajuzel02 • 8/10/2023 • Resenha • 1.921 Palavras (8 Páginas) • 71 Visualizações
RESUMO DE HISRICH - O EMPREENDEDORISMO E A MENTALIDADE EMPREENDEDORA
Ewing Marion Kauffman, nascido em uma fazenda em Garden City, Missouri, nos Estados Unidos. quando ele tinha apenas 11 anos e foi diagnosticado com um problema cardíaco que o obrigou a passar um ano inteiro de repouso na cama. Esse período de inatividade poderia ter sido desanimador para muitos, mas a mãe de Kauffman teve uma ideia brilhante: incentivá-lo a ler. Ele mergulhou de cabeça nessa atividade e lia de 40 a 50 livros por mês. Essa leitura voraz abriu seu horizonte e enriqueceu seu conhecimento em uma variedade de assuntos, desde biografias de presidentes até textos religiosos como a Bíblia. E sua jornada empreendedora começou em sua infância, com a venda de produtos de porta em porta. Como sua família tinha recursos financeiros limitados, Kauffman se dedicou a vender 36 dúzias de ovos recolhidos na fazenda e peixes pescados e preparados por ele e seu pai. Sua mãe desempenhou um papel fundamental ao encorajá-lo constantemente, dizendo-lhe que "ninguém é melhor do que você". Essa confiança e persistência moldaram sua atitude empreendedora desde cedo.
Durante sua juventude, Kauffman trabalhou como entregador para uma lavanderia e também foi escoteiro. Sua dedicação o levou a vender duas vezes mais ingressos para o festival dos escoteiros do que qualquer outra pessoa em Kansas City, conquistando a oportunidade de frequentar um acampamento de verão dos escoteiros gratuitamente. Essa experiência lhe proporcionou valiosas técnicas de vendas que ele aplicaria em sua carreira no campo farmacêutico futuramente.
Kauffman continuou a perseguir a excelência em sua carreira, mesmo enquanto enfrentava desafios financeiros e pessoais. Após sua passagem pela Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, ele ingressou na área de vendas de remédios, onde se destacou rapidamente. Sua habilidade de vendas o levou a se tornar gerente de vendas da região centro-oeste, ganhando mais do que o presidente da empresa por conta das comissões em suas vendas. No entanto, quando suas comissões foram cortadas, ele tomou uma decisão audaciosa que seria iniciar sua própria empresa. Fundada em 1950, Kauffman fundou a Marion Laboratories, nomeada após seu próprio nome do meio. Inicialmente, a empresa comercializava produtos injetáveis fabricados por outra empresa sob seu rótulo. Com determinação e visão empreendedora, a Marion Laboratories expandiu sua gama de produtos ao longo do tempo, desenvolvendo seu próprio complexo vitamínico Vicam e o cálcio de ostras. Para financiar a expansão da empresa, Kauffman buscou um empréstimo de 5 mil dólares, que pagou rapidamente devido ao sucesso da empresa.
Um dos aspectos mais distintivos da Marion Laboratories foi sua cultura empresarial. Kauffman via seus funcionários não como empregados, mas como associados, todos com a oportunidade de se tornarem acionistas da empresa. Ele acreditava firmemente em compartilhar os lucros com aqueles que contribuíam para o sucesso da empresa e em tratar os outros como gostaria de ser tratado. Esses princípios orientaram a filosofia da empresa e a maneira como ela operava. O que colaborou com o crescimento de sua empresa, a tornando uma empresa de sucesso, alcançando mais de 1 bilhão de dólares em vendas anuais. Quando a empresa abriu seu capital, as ações foram vendidas a 21 dólares por ação, e seu valor nunca caiu abaixo desse nível. Os associados da empresa tinham a oportunidade de possuir ações, e muitos se tornaram milionários como resultado.
Kauffman também fez uma incursão bem-sucedida no beisebol profissional ao adquirir o Kansas City Royals, o que fortaleceu a base econômica e o orgulho cívico da cidade, mas não parou por aí pois Kauffman não era apenas um empreendedor de sucesso, mas também um filantropo generoso. Ele acreditava no princípio de tratar os outros como gostaria de ser tratado e aplicava isso tanto em seus negócios quanto em suas atividades filantrópicas. Seu compromisso com o empreendedorismo e o desenvolvimento da juventude o levou a estabelecer a Fundação Kauffman, que apoia programas nessas duas áreas. Muitos empreendedores, incluindo Ewing Kauffman, frequentemente se questionaram se possuem as qualidades necessárias para alcançar o sucesso no mundo dos negócios. A ideia de possuir uma empresa é atraente, mas os desafios e as armadilhas envolvidos são bem conhecidos. A realidade é que a maioria das novas empresas falha. Para ser um bom empreendedor é preciso mais do que apenas trabalho árduo e sorte, é necessário a habilidade de tomar decisões em um ambiente incerto, ser flexível e aprender com os fracassos.
O empreendedorismo desempenha um papel crucial na criação e no crescimento de negócios, bem como no desenvolvimento de nações e regiões. Ele começa quando uma oportunidade lucrativa se encontra com um indivíduo empreendedor, envolvendo a introdução de novos produtos, serviços, matérias-primas ou métodos organizacionais que podem ser vendidos a um valor superior ao custo de produção. As oportunidades empreendedoras envolvem algo novo e exigem que um empreendedor reconheça, avalie e aproveite essas situações, precisando discernir se devem agir ou não, e isso depende da percepção da incerteza e da disposição para enfrentá-la. O conhecimento prévio do indivíduo pode reduzir a incerteza, e sua motivação reflete a disposição de enfrentá-la.
Os empreendedores pensam de maneira diferente, muitas vezes tomando decisões em ambientes incertos e desafiadores. Eles podem usar o pensamento estrutural, a bricolagem, a execução e a adaptação cognitiva para formar crenças sobre oportunidades. Encontrar semelhanças estruturais entre tecnologia e mercado é fundamental para reconhecer oportunidades.
A bricolagem é um processo em que os empreendedores usam os recursos disponíveis de maneira criativa para resolver problemas e aproveitando oportunidades, em outras palavras “se virando”. Isso envolve adaptar recursos existentes para novos fins. A habilidade de encontrar correspondências estruturais entre tecnologia e mercado pode ser aprimorada com a prática. Os empreendedores muitas vezes buscam recursos externos para criar a flexibilidade necessária para explorar oportunidades. Eles podem usar um processo de efetuação, escolhendo entre os meios disponíveis para atingir os resultados desejados, em vez de seguir um processo causal estrito.
O processo de lançar um produto ou serviço no mercado, conforme sugerido por Kotler pela sigla STP (Segmentação, Alvo e Posicionamento), envolve várias etapas, para identificar oportunidades e alcançar o sucesso no mercado. Kotler começa destacando a importância de analisar oportunidades de longo prazo no mercado e, em seguida, pesquisar e escolher os mercados-alvo. Em seguida, ele menciona a necessidade de segmentar o mercado com base em variáveis relevantes e desenvolver perfis para esses segmentos. Depois disso, é crucial avaliar a atratividade de cada segmento e escolher o(s) segmento(s)-alvo. Além disso, é interessante identificar possíveis posicionamentos para cada segmento-alvo, selecionar o conceito de posicionamento escolhido e, em seguida, elaborar estratégias de marketing e programas para colocá-las em pratica. A organização, implementação e controle do esforço de marketing também fazem parte do processo.
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