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Empreendedorismo

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Por:   •  1/4/2012  •  918 Palavras (4 Páginas)  •  6.317 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O conceito de empreendedorismo é muito subjetivo, todos parecem conhecer, mas não

conseguem definir realmente o que seja. Essa subjetividade pode ser devido as diferentes

concepções ainda não consolidadas sobre o assunto ou por se tratar de uma novidade,

principalmente no Brasil, onde o tema se popularizou a partir da década de 90. A ascensão do

empreendedorismo vem paralelamente ao processo de privatização das grandes estatais e

abertura do mercado interno para concorrência externa. Daí a grande importância de

desenvolver empreendedores que ajudem o país no seu crescimento e gere possibilidade de

trabalho, renda e maiores investimentos.

Por isso, nesse artigo propôs-se apresentar o que é o empreendedorismo, seu histórico,

características de um empreendedor, bem como apontar as similaridades e diferenças entre o

empreendedor e o administrador, a fim de destacar a importância de assumir ambos os papéis. 2

1 EMPREENDEDORISMO: HISTÓRICO E DEFINIÇÃO

De acordo com o dicionário eletrônico Wikipédia, empreendedorismo é o movimento de

mudança causado pelo empreendedor, cuja origem da palavra vem do verbo francês

“entrepreneur” que significa aquele que assume riscos e começa algo de novo. Apesar do

empreendedorismo estar cada vez mais em evidência nos artigos, revista, internet, livros e

aparentar ser um termo “novo” para os profissionais, é um conceito antigo que assumiu

diversas vertentes ao longo do tempo. Só no início do século XX, a palavra

empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph Schumpeter em 1950 como sendo, de

forma resumida, uma pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações. Mais

tarde, em 1967 com K. Knight e em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o conceito de

risco, uma pessoa empreendedora precisa arriscar em algum negócio. E em 1985 com Pinchot

foi introduzido o conceito de intra-empreendedor, uma pessoa empreendedora, mas dentro de

uma organização.

Buscando ainda as raízes do empreendedorismo, Dornelas (2001) faz um resgate histórico e

identifica que a primeira definição de empreendedorismo é creditada a Marco Polo, sendo o

empreendedor aquele que assume os riscos de forma ativa, físicos e emocionais, e o

capitalista assume os riscos de forma passiva. Na Idade Média, o empreendedor deixa de

assumir riscos e passa a gerenciar grandes projetos de produção principalmente com

financiamento governamental. E no século XVII, surge a relação entre assumir riscos e o

empreendedorismo. Bem como a criação do próprio termo empreendedorismo que diferencia

o fornecedor do capital, capitalista, daquele que assume riscos, empreendedor. Mas somente

no século XVIII, que capitalista e empreendedor foram complemente diferenciados,

certamente em função do início da industrialização.

Com as mudanças históricas, o empreendedor ganhou novos conceitos, na verdade, são

definições sob outros ângulos de visão sobre o mesmo tema, conforme Britto e Wever (2003,

p. 17), “uma das primeiras definições da palavra empreendedor, foi elaborada no início do

século XIX pelo economista francês J. B. Say, como aquele que “transfere recursos

econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais

elevada e de maior rendimento””. No século XX, tem-se a definição do economista moderno,

de Joseph Schumpeter, já citada acima sucintamente, “o empreendedor é aquele que destrói a

ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de 3

novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais”

(SCHUMPETER, 1949, apud DORNELAS, 2001, p. 37).

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