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O Estigma no Trabalho

Por:   •  4/10/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.172 Palavras (5 Páginas)  •  123 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS EM GESTÃO E TECNOLOGIA

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ALAN DOS SANTOS BEZERRA

GEOVANNA DO NASCIMENTO OLIVEIRA

THALES CARRION MENDES DE OLIVEIRA

THIAGO HENRIQUE VARELLA RAHMI

TRABALHO FINAL

Psicologia das Relações Humanas

SOROCABA

2019

ALAN DOS SANTOS BEZERRA – RA 761794

GEOVANNA DO NASCIMENTO OLIVEIRA – RA 760228

THALES CARRION MENDES DE OLIVEIRA – RA 771403

THIAGO HENRIQUE VARELLA REIS – RA 773403

TRABALHO FINAL

Psicologia das Relações Humanas

Trabalho apresentado no curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos, campus de Sorocaba.

Prof.ª Dr.ª Viviane Melo de Mendonça

SOROCABA

2019

O presente trabalho visa analisar e discutir o estigma e preconceito para com as mulheres no mercado de trabalho atualmente, assimilando-o e relacionando-se com os textos abordados em aula pela docente. Partindo-se do contexto histórico, onde, inicialmente, era inadmissível o fato de uma mulher trazer recursos de sobrevivência para seus semelhantes e familiares, até a transição do atual cenário trabalhista, onde mulheres e homens competem pelas vagas de emprego e, reduziu-se drasticamente a diferença de contratações entre estes, além da exterminação da concepção de que as mulheres não podiam servir como base de sustentação familiar. Apesar das, ainda existentes, discriminações de gênero, notou-se um empoderamento por parte das mulheres, as quais passaram a ocupar cargos de suma importância em empresas e a comandarem times e equipes dentro das organizações atuais.

  1. Introdução

O termo estigma foi criado pelos gregos, os quais o usavam para referir-se a sinais corporais os quais evidenciavam algo sobre o status de quem os apresentava. Os sinais variavam desde cortes a até mesmo marcas feitas com fogo e indicavam, em geral, que a pessoa era um traidor, escravo, criminoso, entre outras. Significava, então, que a pessoa marcada deveria ser evitada.

Atualmente, o termo é utilizado de maneira semelhante ao seu sentido literal original, porém, é mais aplicado à desgraça do que à evidencias corporais, como era na Grécia antiga.

A evolução da mulher no mercado de trabalho, é, querendo ou não, um estigma. Afinal, desde as culturas mais antigas, era ditado que o homem tinha, por obrigação, prover as necessidades de sobrevivência dos seres “dependentes” dele, em suma, da família, colocando a mulher numa posição na qual ela não poderia, de forma alguma, auxiliar em tal quesito através do próprio trabalho. A inserção da mulher no mercado de trabalho foi, e continua sendo, historicamente, um processo extremamente lento e de suma complexidade. Apenas nos séculos mais recentes, principalmente no século XX, que elas conseguiram um espaço, em geral eram elas as viúvas e as de situação financeira vulnerável, que praticavam trabalhos artesanais para sobrevivência, tais como doces e bordados. Todavia, essas atividades eram muito pouco valorizadas e demasiadamente mal vistas socialmente.

Entretanto, algumas mulheres, mesmo que poucas, conseguiram sobrepujar os limites impostos pela sociedade machista da época, e a partir da década de 70, essas mulheres conquistaram alguns espaços no mercado de trabalho.

2. Desenvolvimento

Mulheres no mercado de trabalho:

Houve diversos avanços nos últimos anos, contudo, alguns desafios ainda estão sendo superados quando o assunto é o estigma da inclusão das mulheres no mercado de trabalho, muito por conta da discriminação, ainda presente nos dias de hoje e nos ambientes de trabalho. Dessa forma, é válido ressaltar que a igualdade ainda não faz parte da realidade da grande maioria das mulheres inseridas no ramo em questão.

No decorrer dos anos, grande parte das vagas ocupadas pelas mulheres aumentou no mercado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), menos de 14% das mulheres tinham empregos da década de 50, e um censo realizado em 2010, mostra que esse número saltou para 49,9%.

Ainda assim, a quantidade de mulheres empregadas continua sendo bem menor quando comparada aos homens, cuja participação caiu (passou de 80,8%, na década de 50, para 67,1% no censo de 2010). Portanto, não se pode negar que houve um grande avanço, apesar das dissemelhanças, em termos de salário e qualidade de emprego, ainda estarem presentes.

Pagar salários diferentes para homens e mulheres que ocupam um mesmo cargo em uma organização é proibido por lei. Infelizmente isso não é o suficiente para acabar com a desigualdade, a qual ainda é relacionada a vários preconceitos e estigmas. Para se ter uma ideia, em 2018, o rendimento médio das mulheres com emprego foi 20,5% menor do que o dos homens, isso sem comparar com os cargos ocupados por ambos.

Antes era muito mais comum ver certas profissões exercidas somente por homens, é claro que isso ainda é uma realidade em algumas áreas, como as ligadas à tecnologia, por exemplo. Porém, o maior contraste está relacionada ao lugar ocupado por homens e mulheres na hierarquia das empresas, e isso é exatamente o que justifica parte da distinção salarial. Mesmo já sendo maioria em algumas profissões, os homens ainda dominam os cargos mais altos. Ainda de acordo com o IBGE, apenas 41,8% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres, é impossível fechar os olhos para a importância da participação feminina. Aqui, não se trata apenas de diminuir a desigualdade, algo que é fundamental para as sociedades, mas também de contribuir para a expansão da economia global de forma geral e abrangente.

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