O Gerenciamento de Riscos
Por: Verônica Benedini • 3/4/2017 • Resenha • 1.128 Palavras (5 Páginas) • 218 Visualizações
RESENHA CRÍTICA
PRADO, Eduardo V.; BERTASSI, André L.; GIULIANI, Antonio C.; CUNHA, Christiano F..Gerenciamento de Riscos: Prática essencial para a boa Gestão Financeira. V.01, N.01.Piracicaba: REFICONT, 2014.
- Estrutura
O artigo é constituído em 4 partes: Pesquisa bibliográfica, Estruturação teórica, Estudo Prático e por fim, é elaborada uma Análise bibliográfica versus estudo prático. Para melhor apresentar a estruturação da pesquisa, os autores elaboraram a figura 1.
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Figura 1: Estrutura da Pesquisa (Fonte: Elaborada pelos autores do artigo)
- Objetivo
Inicialmente, os autores expõem os obstáculos que empresas que buscam atuar em um ambiente global enfrentam. São citados seis fatores que diferenciam uma empresa nacional de uma multinacional: Diferentes moedas; Ramificações econômicas e legais; Idiomas diferentes; Cultura diferentes; Participação do governo na economia e Risco político.
Com isso, o artigo objetiva demonstrar os riscos financeiros que as organizações internacionais enfrentam, e ações para gerenciamento destes riscos. Além do estudo bibliográfico, foi adicionada uma análise dos riscos financeiros de 13 empresas dos setores de bens industriais, materiais de transporte e equipamentos elétricos com ações na BMF&Bovespa.
- Pontos fundamentais
Na revisão de literatura, o item 3.1, os autores apresentam definições diversificadas em relação ao gerenciamento dos riscos e ressaltam a importância e as consequências de um bom gerenciamento.
No item 3.2, são relatados os princípios, práticas e os objetivos da Governança Corporativa, e a vantagem que traz um bom sistema de governança, é o fortalecimento das empresas. E, aponta a importância do gerenciamento de riscos com parte essencial da governança corporativa.
No item 3.3, são apresentados tipos de riscos que uma empresa com operações internacionais enfrenta. Como empresas globais enfrentam riscos de diversos fatores, os autores classificaram-nos baseados em diferentes autores e naturezas dos riscos.
Segue o quadro da pesquisa Deloitte (2012), que destacam os riscos que mais ocorrem nas empresas estrangeiras. Estas empresas representam 10% das organizações de capital aberto no Brasil, porém correspondem a 60% do valor total negociado na BMF&Bovespa.
Quadro 1 : Dez riscos mais abordados na pesquisa pela Deloitte
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Já no item 3.4. é apontada a relação entre riscos e retorno, onde os riscos são as variáveis decisórias para maximização de riqueza dos proprietários.
O principal objetivo do item 3.5. é assumir, limitar e transferir os riscos, para que se obtenha um ganho financeiro e uma compensação da perda das operações básicas na empresa, devido as variações de preço, juros e etc. E foi apontado várias ferramentas para gerenciar riscos financeiros. Destaca-se que uma ação para minimizar o efeito dos riscos associados aos investimentos é a busca da sua diversificação.
Para encerrar o item da revisão de literatura, os autores definem instrumentos derivativos como aqueles que alavancam (aumenta o risco) como para Hedge (diminui o risco). E apresenta motivos para fazer ou não Hedge. No qual, o mercado brasileiro não ficou isento à expansão do mercado de derivativos.
Quadro 2: Motivos para fazer ou não hedge
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No escopo da pesquisa (item 4.1), os autores pesquisaram durante o período de 01 a 10 de maio de 2013 no site da BMF&Bovespa, empresas de capital aberto participantes dos níveis de governança corporativa. As quais correspondiam a 3,935% do volume total de ações negociadas na BMF&Bovespa. No quadro 3, são apresentadas as empresas participantes.
Quadro 3 - Empresas participantes
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O objetivo da pesquisa foi evidenciar os riscos financeiros abordados por estas empresas nas demonstrações financeiras submetidas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) referente ao encerramento do exercício de 2012. (Pág. 62)
Cita-se também os riscos financeiros, para os quais as empresas devem apresentar suas estratégias de mitigação.
Na apresentação e análise dos resultados (item 4.2), são demonstrados os principais riscos financeiros e estratégias de mitigação em uma tabela elaborada pelos autores, a qual segue abaixo. Além de expor instrumentos derivativos divulgados pela empresa e ações de mitigação não evidenciadas, também detalhados em tabelas.
Tabela 1: riscos financeiros/estratégias de mitigação divulgados
Riscos | Qtde. Empresas | % | Estratégias de mitigação |
Cambial | 13 | 100 | (1) Instrumentos de Hedge (12-92%); (2) Equilíbrio entre posição de ativos e passivos sujeitos a variação cambial chamado hedge natural (8-62%); (3) Análise periódica de exposição cambial (4-31%) |
Crédito | 13 | 100 | (1) Política de gestão de crédito aprovada pela alta administração (12-92%); (2) Obtenção de crédito junto a bancos de primeira linha (11-85%); (3) Estrutura interna para revisão dos saldos e limites de crédito (11-85%); (4) Provisão de estimativas de perdas de clientes (9-69%) |
Taxa de Juros | 13 | 100 | 1) Equilíbrio entre instrumentos financeiros sujeitos a taxas fixas e variáveis (7-54%); (2) Análise periódica de exposição a taxa de juros (6-46%); (3) Instrumentos de Hedge (5-38%). |
Liquidez | 12 | 92 | (1) Acompanhamento prévio de projeções de desembolsos e recebimentos futuros para mitigar riscos de descasamento (6-50%); (2) Linhas de crédito aprovadas, porém não contratadas, em caso de eventuais desequilíbrios (5-42%); (3) Caixa mínimo suficiente para cobrir despesas operacionais para um prazo pré-estabelecido (3- 25%); (4) Aplicações com vencimento em curto prazo e liquidez imediata (3-25%). |
Gerenciamento de Capital | 11 | 88 | (1) Monitoramento da estrutura financeira da organização como níveis de endividamento, liquidez e alavancagem financeira (11- 100%); (2) Manter uma classificação de crédito forte e capital disponível para apoiar os negócios e maximizar o valor do acionista (8-82%); (3) Cumprimento de covenants (cláusulas contratuais de títulos de dívida) previstos em contratos de empréstimos e financiamentos (2-18%). |
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