O JOÃO CARLOS PAZ MENDONÇA
Por: 2019104922 • 18/9/2019 • Relatório de pesquisa • 3.774 Palavras (16 Páginas) • 364 Visualizações
História
Começo em 1935 num povoado de Sergipe do agreste sergipano, na Serra do Machado. Naquele ano, seu Pedro Paes Mendonça iniciava com sua pequena mercearia, uma história que se tornaria motivo de orgulho. Em 24 de junho de 1938 nasceu seu primogênito João Carlos Paes Mendonça que teria um grande papel no desenvolvimento do armazém, ele sempre foi um menino disciplinado e determinado, uma participação que começara, na verdade, antes, quando contava apenas uns 7 ou 8 anos de idade. Aos 9 anos ele assistia já às movimentações do pai e dos tios, que se empenhavam não só para comprar e vender mercadorias, mas também em fazer amigos e conquistar influências política. João Carlos ia pedir ao pai para acompanhá-lo nas viagens. Porém, antes delas, ele estava tomando gosto pelo trabalho.
Divertir-se trabalhando era um tipo curioso de hobby para aquele garoto tímido e pobre de Serra do Machado, que sonhava com uma bicicleta, mas que não podia ganhá-la de presente, porque o pai ainda não podia dá-la. Para João Carlos, o interesse maior é o armazém. O sonho de novos mercados mais prósperos. A mercearia, o posto de gasolina e óleo diesel, ou todos os negócios que a família viesse a ter. Notava, no entanto, que a política começava a concorrer com os negócios do pai. Pela sua assiduidade no armazém e as constantes perguntas que fazia a Pedro, estava claro que João Carlos desejava ser grande sucessor do pai. Não tinha ainda 10 anos, mas o interesse era tanto, que Pedro o estimulava, ao convidá-lo cada vez mais a participar das viagens de compras que fazia.
Havia como que uma simetria inversa nas ambições do pai e do filho. Enquanto João Carlos se interessava cada vez mais pelo comércio, Pedro se voltava cada vez mais para a politica. Pode-se dizer que João Carlos foi temperando a disciplina do pai com a intuição da mãe. Na verdade, herdara dois tipos especiais de sensibilidade traduzida em várias formas de sagacidade e feeling: a sensibilidade de Pedro somada ao pragmatismo, que conseguia fazer de um roceiro iletrado um comerciante bem-sucedido, e a de Maria, que a convertia numa espécie de psicóloga amadora que sabia das coisas sem ninguém precisar dizer (um "eu sei" dela queria dizer "eu sinto"). Alguém que consegue educar nove filhos, manter a casa em dia e ainda dar suporte ao marido em tudo o que necessite tem decerto uma inegável capacidade de administração.
A sensibilidade e perspicácia, João Carlos foi associando qualidade comum aos Paes Mendonca que o pai fez questão de incutir nos filhos: a lealdade. A isso uniu como unha e carne o respeito às pessoas. Nunca viu o pai discriminando o padrão econômico ou a origem social de ninguém. Considera respeito os clientes, os fornecedores, os auxiliares os concorrentes, essa foi uma regra de ouro que ele tratou de seguir à risca sempre.
Pedro era um mestre do bom relacionamento, o que, junto com o temperamento expansivo, aberto, comunicativo, facilitou o seu encaminhamento para a vida pública, além do incentivo do irmão Euclides, que fez da politica a sua missão. Eram daquelas pessoas de quem se diz “e humilde, mas tem berço", ou a quem a família não tinha como fornecer etiqueta, mas deu boa educação. A dedicação extrema de Pedro à política foi facilitando a antecipação do comando dos seus negócios para João Carlos. Ele tinha de aproveitar as boas oportunidades no momento favorável no mundo e no país.
Aos 17 anos, João Carlos praticamente assumiu sozinho os negócios do armazém, devido às constantes viagens do pai em compromissos políticos. Para Pedro, em primeiro lugar vinha a política e, depois, os negócios. Para João Carlos, não havia nada que pudesse concorrer com os negócios. Até a família e diversão ficavam em segundo plano. Quando os Paes Mendonça sentiram o negócio próspera decidiram ir para a capital Aracaju, João estava cada vez mais atuando ao lado do pai no armazém, ele tinha jeito e gosto para o contato com a freguesia e os vendedores. E também com os fornecedores: sem uma boa comunicação não conseguiria sequer um abatimento, muito menos vender por bom, o preço ideal, era aquele que deixava contente o vendedor e o cliente.
Tempos depois João Carlos pensou em abrir a primeira filial, porém as escolhas para crescer não era muitas, além de Aracaju, quais as cidades tentáveis? Onde é que havia maior renda e, conseguintemente onde se podia crescer? Além de Itabaiana e Ribeirópolis, que ele já conhecia com o pai, havia as mais prósperas, como Estância, Propriá e Lagarto. No final de 1956, João Carlos decidiu testa Propriá( a 98 km da capital ) tinha boas informações sobre a possibilidade dos negócios lá, mas precisavam confirma-las. O resultado dessas pesquisas é que compraram uma sapataria e instalaram no lugar o primeiro armazém de atacado da firma Pedro Paes Mendonça, que foi inaugurado no dia 20 de março de 1957. Era uma grande novidade em Propriá aquela filial de bom porte de uma firma da capital disposta a vender tudo o que houvesse do bom e do melhor à comunidade.
No dia 22 de abriu de 1959, o correu um grande incêndio no armazém de seu Pedro e João Carlos, o fogo durou três dias houve muitas explosões por conta disso foi mais difícil controlar as chamas. Havia uma filial do armazém em Propriá e um pequeno deposito em Aracajú, mais o principal foi todo embora praticamente sem seguro. Os sócios da Paes Mendonça e cia, ofereceram um pequeno armazém vizinho ao deles, dez dias depois do incêndio a loja já estava funcionando com as prateleiras improvisadas.
João Carlos conhece Maria Auxiliadora Noronha, uma professora eles namoram por um tempo e em 1960 eles casaram-se em Itabaiana, foram parça a lua de mel em Recife no Hotel em Boa Viagem, o melhor do Recife naquela época. No ano seguinte nasce a filha única de João Carlos Paes Mendonça e Maria Auxiliadora Noronha Mendonça, foi batizada com o nome de Jaci por causa de uma promessa da mãe.
João Carlos inquietava, queria mais de seus negócios. Queria ser dos melhores para um jovem ambicioso, eram urgentes a atualização tecnológica, o aperfeiçoamento e a inovação, João Carlos tinha conhecimento disso e apostava tudo no futuro. Ele procurava um cidade para monta seu maior investimento, na rede de supermercados, O Recife não era mais em 1965 a terceira cidade do país em importância, como em décadas anteriores, porém continuava a líder no Nordeste. Era o cadinho para onde converge a maioria dos migrantes nordestinos. Mas talvez do nordeste fosse a mais cosmopolita, sem perde o gosto pela tradição, pela devoção regional. O "Pais do Nordeste" deveria começar pelo Recife. Joao Carlos pensava assim. Estava preparado financeiramente para comprar
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