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O PAPEL DAS LIDERANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES ATUAIS

Por:   •  17/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.555 Palavras (11 Páginas)  •  130 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

        

Matriz de atividade individual

Disciplina: GESTÃO  ESTRATÉGICA

Módulo: 8

Aluno: SONIA APARECIDA DE OLIVEIRA BIAZATTI

Turma: BBNACEAD_T0015_1118

Tarefa: UMA ANÁLISE SOBRE AS TENDÊNCIAS E ESTRATÉGIAS PARA O SETOR BANCÁRIO, ESPECIALMENTE PARA O BANCO DO BRASIL, NO CONTEXTO DA ASCENSÃO DA ERA DIGITAL.

Introdução

Na área financeira com a crescente concorrência os bancos estão aumentando seus investimentos maciçamente na ampliação do uso de canais alternativos de autoatendimento para os usuários, oferencendo aplicativos, produtos, serviços e acessiblidade que satisfação as necessidades e desejos dos clientes, que por sua vez, estão mais exigentes com os serviços prestados pelas instituições financeiras. A competição se tornou global, as empresas que não se preparam para este ambiente estão perdendo sequencialemente sua competitividade, sua capacidade de gerar valor e perdem sua posição no mercado.

As organizações possuem o desafio de obter maior produtividade, ser mais eficiente e inovar sempre. O Banco do Brasil vem investindo constantemente em novas tecnologias de autoatendimendo e, incentiva os seus clientes na utilização destas tecnologias, para que os mesmos possam efetuar suas transações financeiras com mais segurança e em tempo hábil as suas necessidades.

Desenvolvimento

1. Tendências no ambiente de negócios

As organizações têm a necessidade de sempre atualizar a maneira de como cumprir sua missão. O grande desafio das empresas é conseguir ajustar o seu ambiente interno aos cenários que vão se sucedendo ao longo dos anos. As tendências vão formando os cenários, cabe aos estrategistas encontrar o rumo certo para as empresas. A geração de valor para o consumidor é o que vai garantir que a organização perpetue ao longo do tempo. Expomos abaixo duas tendências presente no ambiente de negócios do setor bancário:

I – Consumidores 100% Digitais: o perfil do consumidor está mudando e evoluindo para uma cultura de nicho e personalização, cada dia mais os clientes estão empoderados, suas necessidades são mais específicas, e as organizações, no nosso caso o setor bancário, precisam estar preparadas para encatar este consumidor, proporcionando-lhes experiências de alto valor, priorizando ações que favoreçam o aumento da satisfação (BB, 2017). A transformação contínua dos processos e modelos de negócios vai continuar a ocorrer, as empresas têm que se adaptar aos novos tempos, para conseguirem se manter sustentáveis no mercado.

II – Negócios virtuais com segurança: plataformas completas para negócios bancários, existem muitas startups voltadas para o setor financeiro, mas não são todas que oferecem serviços bancários completos, como cartões de créditos, pagamentos digitais, finanças pessoais, investimentos, etc. Este tipo de negócio é uma tendência emergente, pois atualmente no  mercado existem clientes com necessidades específicas, o cliente busca facilidade, agilidade, comodidade e principalmente segurança ao realizar suas transações financeiras e, com o surgimento de tantos aplicativos no mercado, as pessoas têm de ter segurança do que estão usando, saber que estão fazendo a melhor escolha e que provêm de uma empresa confiável, que investe seriamente na segurança de seus usários. Está vem a ser uma tendência de negócios que traz um impacto muito grande para as instituições financeiras que só operam fisicamente, pois reduz espaços físicos para dar lugar ao virtual, solicitando maiores investimentos em recursos tecnológicos e menos de pessoas.

As duas tendências acima expostas podem apresentar impactos positivos e negativos na dinâmica competitiva do setor bancário. Positivo se as empresas realmente estiverem preparadas estrategicamente para adentrar neste novo modelo de negócios, têm a visão desta nova realidade digital e virtual ser uma oportunidade de alavancarem seus negócios. Negativo se enxergarm estas novas tendências como ameaças, que podem prejudicar o exercício de sua missão e o alcance de sua visão.  

Para definir a estratégia empresarial, Michael Porter desenvolveu um modelo de análise estrutural da indústria em que propõe o estudo de cinco forças competitivas, que também podemos aplicar ao setor bancário:

1 – Grau de rivalidade entre as empresas: as fintechs e as startups inovoram o mercado bancário, conseguem prestar quase os mesmos serviços dos bancos tradicionais com custos menores e, consequentemente o cliente é quem ganha com isso.

2 – Ameaça de novos entrantes: existe sim ameaça, pois o setor bancário digital encontra-se em expansão, cada dia surgem novos clientes conectados, com mais conhecimento, mais exigentes e buscam serviços de qualidade e com menor custo.

3 – Ameaça de produtos substitutos: o novo consumidor mais conectado exige novos produtos e serviços que venham attender suas necessidades, e as empresas estão dispostas a oferer este produto/serviço com menos custos e maior valor agregado.

4 – Poder de barganha dos compradores: a indústria bancária possuia e possue muitos consumidores que ansiam por um serviço com custo menor e melhor qualidade. Para mudar para os novos modelos de serviços cem por cento digital os clientes não tem custo, na verdade terão ganhos, pois em alguns fornecedores a qualidade dos serviços se elevam e, estas informações são disseminadas em favor do consumidor, que pode efetuar uma comparação de prestação de serviços dos fornecedores com mais clareza.

5- Poder de barganha do fornecedor: o poder de barganha dos fornecedores está relacionado também a sua força no momento e negociar e vender os produtos e serviços ofertados pela indústria. Com a entrada das fintechs e das startups os bancos tradicionais estão perdendo seu poder de barganha e são obrigados a se adequarem ao novo mercado (nem tão novo assim), estão se preocupando em investir em novas tecnologias, fazer alianças e consórcios com outras empresas. As empresas tradicionais do setor bancário precisam mapear o futuro.

2. Visão, missão e valores

É de fundamental importância entender o processo de desenvolvimento da gestão estratégica e, para isso é preciso conhecer e esmiuçar quais são os referenciais estratégicos que uma empresa deve desenvolver, ou seja, o negócio, a missão, a visão e os valores da organização, essas diretrizes estratégias devem ser flexíveis para poderem ser reformuladas ao longo do tempo, confome a necessidade do mercado onde a organização atua.

De acordo com Peter Senge (Diretor do centro para a aprendizagem organizacional no MIT Sloan School of Management e autor do livro Quinta disciplina, apud SERRA, 2017) “ A visão é um destino específico, uma imagem de um futuro desejado [...]. A missão é abstrata. É avançar a capacidade do homem para explorar os céus. Visão é um homem na Lua no final dos anos 1960”. Ao se estabelecer a visão a mesma deve contemplar os anseios quanto ao futuro da organização, como ela quer ser reconhecida, onde quer estar no futuro, seja ela do setor bancário ou qualquer outro tipo de indústria. A visão tem de ser de médio e longo prazo, é a imagem do futuro.

A missão de uma organização é conceituada por OLIVEIRA (2018), como sendo “ a determinação do motivo central da existência da empresa, ou seja, a determinação de “quem a empresa atende” com seus produtos e serviços. ” A missão de uma organização deve expressar a razão de sua existência, a missão é o ponto de partida para se elaborar a estratégia da empresa. A missão é construída a partir da definição do negócio, da priorização dos segmentos de clientes que se deseja atingir e, principalmente dos benefícios que irão gerar para estes clientes. A declaração da missão deve vir de cima, da cúpula da empresa, porque as pessoas têm que estar entusiasmadas para abraçar, aceitar as mudanças e fazer algo de forma diferente, devem ser criadas motivações que realmente façam a diferença, para que os colaboradores alcancem a missão da empresa.

Conforme definido nos estudos de gestão estratégia, os valores são as crenças básicas que guiam o processo de tomada de decisão da organização. Quais são as premissas básicas da organização? O que o negócio espera de nós, quais nossos comportamentos aceitáveis e inaceitáveis? Os valores buscam ser um guia princípios ou até mesmo um código de ética, que baliza as ações que são tomadas no dia a dia. Os valores fornecem sustenção para as principais decisões da organização, representam o conjunto dos princípios, crenças e questões éticas fundamentais de uma empresa (OLIVEIRA, 2018).

OLIVEIRA (2018) afirma que “os valores se tornam mais importantes para a empresa quandoa alta administração – e principalmente os acionistas –  se envolve, profissionalmente e motivacionalmente, com as questões dos modelos de gestão da empresa. ” O alto escalão das organizações devem conhecer, aplicar e explicar detalhamente aos seus colaboradores quais os valores e crenças da empresa.

Hoje no setor bancário os bancos digitais apresentam vantagens competitivas em relação ao modelo de negócio dos bancos tradicionais, as empresas tradicionais devem ter em mente que seus direcionadores estratégicos devem ser flexíveis a mudanças para poder acompanhar o mercado digital, gerar valor para seus clientes, a experiência do cliente deve vir em primeiro lugar. Devem mobilizar a organização para a implementação e criação de novas estratégias, novas tecnologias, investir em inovação, as estratégias devem ser traduzidas para que todos da organização possam compreende-lás. As organizações tradicionais precisam articularem novas visões de futuro para poderem se manter sustentáveis no mercado atual, precisam conhecer detalhamente seu ambiente interno e externo e, as atuais tendências mercadológicas.

3. Estratégias de competitividade

Definir uma estratégia é escolher entre os caminhos possíveis, aquele que parece mais adequado para atingir a visão de futuro, é saber aonde se quer chegar.  Empresas competitivas tendem a se perpetuar no mercado onde atuam. A competição se tornou global, as empresas que não se preparam para este ambiente competitivo vão perdendo espaço. Destacamos abaixo três estratégias para aumentar a competitividade das organizações que atuam no setor bancário:

1 – Conhecer seu cliente: conhecer o cliente é priomordial para qualquer negócio, e não poderia ser diferente no segmento bancário. Saber de antemão sua necessidades, expectativas faz toda a diferença para oferecer um produto ou serviços personalizado e, principalmente para fidelizar o cliente que já possue. Hoje o mercado está repleto de empresas que fazem estudos e pesquisas para saber o que o cliente deseja, como quer ser atendido. As empresas devem manter uma comunicação direta com eles, possuir um banco de dados dos seus cliente atualizados, e principalmente seguir as tendências do mercado onde atuam.

2 – Investir na área de marketing e vendas: várias empresas do setor bancário já têm sua marca bem conhecida no mercado, e algumas vezes pecam em não investir muito nisto, pois conforme diz o ditado “quem não é visto, não é lembrado”. Observemos que um investimento correto e direcionado ao seu público alvo, faz toda a diferença, isso alavanca as vendas das empresas e faz com que a marca se perpetue no mercado onde atua.

3 – Investir em tecnologia: tecnologia é a principal aliada das novas empresas do setor bancário, pois com essa nova tendência de bancos cem por cento digital, uma empresa competitiva deve sempre estar um passo à frente no se que se refere a tecnologia.

Para garantir que as estratégias planejadas serão concretizadas, as empresas precisam cercar-se de instrumentos que permitam manter a rota e devem ser flexíveis para adequar suas estratégias. E o papel do Balanced Scorecard (BSC) é esse, visto que é uma ferramenta que auxilia a organização a cumprir suas estratégias, mobilizando todos os seus colaboradores em torno de objetivos comuns.

Serra (2017), destaca que o “BSC é um sistema de gestão estratégica baseado em indicadores que impulsionam o desempenho, proporcionando à empresa, de modo abrangente, uma visão atual e futura do negócio.” O BSC é um modelo de gestão estratégica criado por Robert Kaplan e David Norton (professor de Harvard e consultor de empresas, respectivamente), que auxilia a mensuração do progresso das empresas rumo as suas metas de longo prazo, a partir da tradução da visão em objetivos, indicadores, metas e projetos estratégicos. Para ter uma estratégia a organização precisa se conhecer, saber qual seu propósito, sua missão, valores e visão de futuro.  O BSC permite aos gestores visualizar e desdobrar as estratégias em quatro perspectivas, sendo elas: financeira, clientes, processos internos e aprendizagem e crescimento.

A perspectiva do aprendendizado e crescimento dá toda força para a execução das estratégias. Esta perspectiva está relacionada as pessoas da organização, o capital humano, capital da informação e capital organizacional, desenvolvimento de competências, atração de talentos, atualização, tecnológica, etc. Porque não basta apenas saber o que fazer e como fazer, as pessoas têm que ter o entendimento de o porquê realizer determinada tarefa dentro da empresa.

A perspectiva de processos internos que vão entregar primeiro produtos e serviços ao nossos clientes, processos relacionados a gestão organizacional e regulatório e social. Desenvolvimento de produtos e canais de distribuição, atendimento de acordos e outros, processos estes que criam valor para o cliente. Auxiliam a empresa no alcance da visão de futuro.

A perspectiva do cliente refere-se ao atendimento aos clientes, análise das expectativas de proposta de valor aos clientes, melhoria de produtos, aumento da base de clientes e o relacionamento com o mercado, com o intuido de identificar em qual mercado a organização deseja atuar para obter maior lucratividade e crescimento. A propsota de valor é uma forma de atrair novos clientes e reter os clientes atuais.

Já a perspectiva financeira demonstra os resultados financeiros da empresa, estão relacionados aos resultados para os acionistas. Normalmente as organizações colocam muita relevância na avaliação dos seus resultados econômicos financeiros.

Assim, todas as perpectivas relacionadas acima têm indicadores e metas relacionados aos objetivos estratégicos das organizações.

O Relatório Anual 2017 do Banco do Brasil enfatiza que, a melhoria da experiência do cliente e o investimento em inovação continuarão a ser premissas de sua atuação. Um dos pilares fundamentais na evolução da rentabilidade é o aumento da eficiência nas operações e nos processos, o crescimento do uso de inteligência artificial na análise de dados, mais especialização dos funcionários e a constante busca pela conveniência dos clientes ao fazer uso dos canais de atendimento.

Considerações finais

Em análise a tudo que foi exposto e estudado até o presente momento, podemos concluir que as organizações precisam conhecer a si próprias (ambientes internos) e o ambiente onde está inserida (externo) e obterá sucesso na implementação de suas estratégias, mas não basta apenas isto, a análise do ambiente é o primeiro passo, com as informações disponíveis o próximo é formular a estratégia, mas ainda não é suficiente como um todo. A estratégia ideal deve ser flexível para adequar-se mais facilmente ao imprevisível. Implementar e monitorar a estratégia, avaliando-a periodicamente, são passos necessários. A organização deve estar alinhada à estratégia, entendendo o papel de cada um, é necessário que a liderança esteja comprometida.

O setor bancário vem se modernizando cada dia mais com o surgimento de novas tendências tecnológicas, é preciso entender o comportamento do cliente na era digital, conhecer seu perfil, suas necessidades, é preciso gerar valor para este cliente, encantá-lo, isso é uma prioridade para quem quer desenvolver vantagens e estratégias  competitivas no novo mercado bancário digital e, o Banco do Brasil já possui várias tecnologias que visam atender estes clientes digitais, conectados, mas precisamos personalizar ainda mais nossos serviços, continuar investindo em inovação e formulando nossas estratégias para mantermos nossa perenidade.

Referências bibliográficas

10 Tendências de Empreendedorismo e Mercado Para 2019. https://www.sbcoaching.com.br/blog/negocios/tendencias-de-empreendedorismo/. Acesso em 11/02/2019.

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SERRA, Fernando Ribeiro. FERREIRA, Manuel Portugal. TORRES, Alexandre Pavan. TORRES, Maria Candida. GESTÃO ESTRATÉGICA: conceitos e casos. São Paulo: ATLAS, 2014. https://unibb.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522486366/cfi/0!/4/4@0.00:0.00. Acessado em 11/02/2019.

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