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O Planejamento e Gestão estratégica

Por:   •  13/5/2020  •  Artigo  •  1.207 Palavras (5 Páginas)  •  121 Visualizações

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PLANEJAMENTO E GESTÃO ESTRATÉGICA

Alessandra Fiorini de Carvalho

INTRODUÇÃO

Nas ultimas décadas, as organizações vêm sendo pressionadas a se transformar constantemente para acompanhar e sobreviver num mundo cada vez mais globalizado e pautado em tecnologias que se aprimoram a cada dia, no excesso de informação que nos atropelam e na competitividade mais acirrada. Para sobreviver neste contexto, as organizações têm o desafio de acompanhar a evolução de seus ambientes e, segundo NAVEIRA (1998), elas encontram muita dificuldade por dois fatores: primeiro, as empresas desejam sempre chegar a algum estado estável, acreditando ser isso possível pela adaptação às mudanças ocorridas no ambiente externo (princípio da retomada ao equilíbrio); segundo, acredita-se também que decisões e ações conduzam aos resultados previstos (princípio da linearidade causa-efeito).

Porém, o que se apresenta, por meio da teoria do caos é que tanto o equilíbrio quanto às relações lineares de causa e efeito são casos raros e que, para se manter vivo num mundo cada vez mais competitivo e mutável, é necessário fazer análises de cenários possíveis e manter um monitoramento dos objetivos, ações e resultados, promovendo um aperfeiçoamento constante do planejamento e metodologias a serem adotados.

TEORIA DO CAOS – efeito borboleta

A teoria do caos surgiu no início da década de 60, num trabalho do meteorologista Edward Lorenz, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Nele seu autor desenvolveu um modelo de análise computadorizada que simulava a evolução das condições climáticas e fazia simulações de previsão fazendo pequenas modificações nas condições iniciais. Inicialmente Lorenz imaginava que essas pequenas alterações acarretariam em pequenas alterações nos resultados, mas o que se observou foi que mínimas alterações poderiam causar mudanças drásticas nas condições futuras do tempo. Como descrito por Lorenz: uma leve brisa em Nevada, a queda de 1 grau na temperatura em Massachusetts, o bater de asas de uma borboleta na Califórnia podiam causar um furacão na Flórida um mês depois.

Esta teoria, como aponta MARIETTO et al. (2006) em seu texto Teoria do Caos: uma Contribuição para a Formação de Estratégias é considerada por muitos estudiosos da administração como um assunto que perpassa por seu campo de conhecimento, contribuindo com novas práticas gerencias dentro das organizações.

Mais recentemente, no contexto da administração, a teoria do caos recebeu o nome de teoria da complexidade referindo-se:

[...] ao comportamento de sistemas dinâmicos resultante da dependência sensitiva às condições iniciais. Assim ao contrario do que se poderia concluir intuitivamente, o comportamento caótico não esta relacionado com as influencias de fatores externos. O comportamento caótico tem origem interna ao próprio sistema. Portanto, na abordagem da complexidade, o caos representa um conceito diferente daquele que é comumente associado a esta palavra. (GIOVANNINI, 2002:26 apud MARIETTO et al., 2006:2).

A aplicação dessa teoria no ambiente organizacional permite, segundo Smith (2002), o enriquecimento da compreensão temporal e evolucionário dos processos; ii) o aumento no alcance das opções analíticas; e iii) o aumento nos recursos conceituais. Porém, num ambiente complexo, como prever o comportamento e dirigir com mais precisão os sistemas organizacionais?

ANALISE DE CENÁRIOS

Tomando como base a teoria do caos dentro de ambientes complexos, o estudo de cenários possíveis surge como uma ferramenta no auxilio a elaboração de estratégias organizacionais.

Segundo MACIEL (2008), o estudo de cenários não pretende prever o futuro e sim analisar futuros possíveis e preparar a organização para enfrentar qualquer um deles, seja por meio da criação de condições para modificar suas probabilidades de ocorrência, seja para minimizar seus efeitos.

Schnaars e Topol (1987) apud SILVA, Benedete et al. (2012), descrevem três características básicas na construção de cenários: narrativas fluídas, múltiplas projeções e progressão de eventos. Através deles, pretende-se desenhar narrativas contrastantes de como partes específicas do futuro podem se desenvolver, oferecendo ao administrador insights sobre o progresso e o mecanismo da mudança.

Para que os cenários sejam elaborados é preciso considerar as forças prováveis que atuam sobre o sistema em questão não se limitando a extrapolação de tendências passadas. Para tanto, é necessário pensar em vários futuros possíveis, tendo como balizadores as forças restritivas e propulsoras que atuam nas variáveis do sistema e os limites naturais e sociais nos quais as variáveis podem evoluir.

Por meio do planejamento baseado em cenários, é possível obter uma gama mais rica de variáveis bem organizadas, o que facilita a visualização e entendimento de um grande volume de dados. Estes funcionarão como um referencial para futuras tomadas de decisão. Segundo SCHWARTZ (1998), embora possam se valer de diferentes escopos e horizontes futuros, os cenários são utilizados normalmente

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