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O Planejamento na Administração Pública

Por:   •  27/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.782 Palavras (8 Páginas)  •  125 Visualizações

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Universidade Federal Fluminense (UFF)

Curso de Administração Pública

Disciplina: Planejamento e Programação na Administração Pública

Nome do Aluno: Ana Carolina Mendes Silveira Menezes

Pólo: Belford Roxo

Matricula: 19213110228

AD1 - 2022.2

Unidade I – Introdução ao Planejamento Público

        O papel do planejamento é visto sob um prisma formalista e burocrático, especialmente pela categorização de funções e exibição de sinais de autoridade. Essa visão precisa ser superada e para isso as funções do planejamento devem ser disseminadas para todos os agentes da Administração Pública. As ações devem ser elaboradas e compartilhadas para o alcance dos objetivos.

        Tendo em vista o complexo sistema da Administração, onde existem diversas camadas e hierarquia e procedimentos, muitas vezes os órgãos diretivos que fazem o planejamento estratégico, não participam diretamente das práticas e políticas implementadas, o que deixa o processo de avaliação e controle mais distante e mais lento.

        Na moderna gestão, é preciso elaborar o plano, mas também controlar, avaliar e revisar com estratégias voltadas às peculiaridades e mecanismos existentes em cada organização. No Plano, como primeira etapa do planejamento, devem ser organizadas as ações e instrumentos com os recursos, tempo e conhecimento que o gestor tem no momento, para uma satisfação ótima de resultados.

        Dentre os estudos de planejamento, o planejamento puramente técnico, baseado nas leis e normais estabelecidas é chamado de Planejamento Normativo Tradicional. O gestor nesse contexto, analisa a realidade de forma estritamente técnica e de fora da organização. Para ter uma visão sistêmica, considerando as contingências situacionais e comportamentos sociais, o Administrador precisa se utilizar do Planejamento Estratégico Situacional. Como principais diferenças do Planejamento Normativo, o Situacional leva em conta o sujeito como agente de mudanças, trabalha em conjunto para o alcance das metas e também pressupõe que o sistema não é estático e sempre haverá contigências e múltiplos comportamentos.

        Ademais, a estratégia deve estabelecer os passos a serem seguidos no âmbito tático para que as tarefas sejam bem sucedidas no nível operacional. Situações programadas devem ter soluções prontas, normalmente já estabelecidas em regras e manuais. Já as situações não programas, requerem do gestor a habilidade de solução de problemas e tomada de decisão, considerando a racionalidade limitada.

        Além disso, dentro da Administração Pública, existe a distinção de alguns componentes fundamentais para a organização do Estado. A Governabilidade é o poder legítimo conferido pelo povo e com apoio político. Já a governança se refere a capacidade de governar, decidir e implementar as políticas públicas.

        Portanto, para uma eficiente administração, o gestor precisa de um planejamento estratégico alinhado com as metas e objetivos, considerando a capacidade cognitiva, os recursos financeiros, humanos e materiais disponíveis sempre com a visão sistêmica voltada para todos os elementos que contribuem para o alcance do bem comum.

Unidade II – Planejamento Estratégico Situacional

        O planejamento pode ser compreendido por meio de fases: explicativa, normativa, estratégica e tático-operacional. Essas fases são cíclicas e interativas, permitindo o controle e avaliação constantes para a melhoria contínua.

O momento explicativo, para além de um diagnóstico, faz a seleção dos problemas que precisam ser solucionados, etapa fundamental para a tomada de decisão. Além disso, na explicação de busca conhecer a realidade dinâmica e os objetivos que devem ser alcançados. Diante das contingências, a explicação buscará a solução possível para determinada realidade.

 O momento normativo buscar encontrar soluções para as causas dos problemas. Partindo da premissa que o problema foi devidamente explicado e descrito, é o momento de construir a situação a ser alcançada. São aplicadas ferramentas de ação, controle e avaliação, para que o cálculo será exequivel e caso haja uma nova situação, ela possa ser trabalhada de acordo com as necessidades situacionais.

As operações normativas devem envolver os atores do planejamento, e podem conter argumento de especialistas, debates coletivos, racionalidade técnica capazes de alterar os nós críticos, entre outros. A avaliação das operações é um passo anterior à execução do plano. Nesse momento podem se sugerir melhorias, entender os possíveis problemas e falhas não vistas ou previstas no momento da elaboração e prevenir equívocos. São critérios para a avaliação das operações: valores normativos, econômicos e políticos, representatividade, equidade, efetividade, rentabilidade, confiabilidade, entre outros.

Todas as ações precisam ser implementadas da melhor forma possível, para isso os agentes precisam estar motivados. Motivação é um conjunto de competências, habilidades e um contexto de trabalho favorável. Pode ser entendida também como a convergência de valores e interesses dentro de um determinado processo. Entende-se como valor, a importância do trabalho realizado e como isso impacta positivamente na organização.

No momento estratégico há a mensuração de tudo que foi apurado e o que poderá ser efetivamente feito. Serão alinhados os usos dos recursos disponíveis dentro do contexto situacional para o alcance dos objetivos. Alguns princípios são fundamentais na estratégia como a apreciação eficaz da situação, a adequação da relação recursos-objetivo, concentração e continuidade estratégica, rodeio tático, conhecimento de valoração do outro, valorização multitemporal e multidimensional das consequências, encadeamento das estratégias, evitar que o pior é prioridade e evitar certezas e predições.

Algumas análises também são feitas nesse momento: a de cenário, de outros atores e de viabilidade do plano. A análise de cenário é feito sob o aspecto macro, considerando as condições econômicas, políticas e sociais. Com essa análise é possível mitigar alguns riscos e de certo modo prever alguns riscos durante a execução do plano. Pela ótica dos atores sociais, são analisadas as pessoas que podem influenciar negativa o positivamente no cenário, considerando o poder, os recursos e a capacidade de cada um. A viabilidade se presta a reavaliação das contingências, das expectativas e das operações para minimizar os possíveis erros e fragilidades que venha a ocorrer durante a execução do plano.

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