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Pesquisar

O Que é Pesquisa Cientifica

Por:   •  4/6/2016  •  Relatório de pesquisa  •  5.221 Palavras (21 Páginas)  •  277 Visualizações

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TEMA: O que é pesquisa científica?

PROFESSORA: Olívia Perez

OBJETIVO: Apresentar as especificidades da pesquisa científica.

BLOCO 1: APRESENTAÇÃO  

O que é pesquisa científica?

Pesquisar significa investigar, indagar, buscar alguma resposta. Portanto, fazemos pesquisas constantemente: investigamos o preço mais baixo de determinado produto, o melhor restaurante da cidade ou a explicação para um problema de saúde e assim por diante. Afinal, buscar respostas para algumas dúvidas é um ato constante do ser humano.

Contudo, tais pesquisas não podem ser chamadas de científicas, já que não obedecem aos critérios da ciência. Uma pesquisa científica parte de evidências coletadas a partir de metodologia idônea, que são submetidas a análises criteriosas para que seus resultados sejam precisos. E é esse tipo de conhecimento que nos auxilia na tomada de decisões mais eficazes quando tratamos de aspectos sociais e econômicos da nossa realidade.

Para conhecer um pouco mais sobre pesquisa científica, nessa aula esclareceremos algumas questões fundamentais desse universo, tais como: o que é ciência e qual a importância do conhecimento científico, onde se faz pesquisa científica e os tipos de investigações mais comuns.  

BLOCO 2: A CIÊNCIA

Quando ouvimos falar em ciência, comumente nos lembramos de um homem de jaleco branco fazendo experiências com produtos químicos num laboratório escuro. Isso também é ciência, mas ela é muito mais do que isso, pois permeia nosso cotidiano. Basta olhar ao seu redor: o telefone que está na sua mesa foi elaborado e aperfeiçoado por meio de pesquisas conduzidas por cientistas dispostos a facilitar o nosso cotidiano, assim como o tecido da sua calça ou o remédio que você toma quando está doente. Ademais, ciência não se restringe aos campos da física, química ou biologia. O saber sistematizado nas chamadas ciências humanas também são científicos. Daí porque falamos em sociologia, ciência polícia ou ciência econômica. Essas últimas, inclusive, auxiliam nossos governantes a definirem políticas públicas. Por exemplo, o conhecimento sobre os motivos que levam crianças e adolescentes a morarem nas ruas auxilia no estabelecimento de ações eficazes para lidar com esse problema social.

Considerando a presença e a importância da ciência no nosso cotidiano, cabe então definir o que é a ciência. Ciência é um conhecimento sistematizado, baseado em pesquisas realizadas com métodos confiáveis e que podem ser replicadas. Ou seja, espera-se que o resultado de uma pesquisa seja o mais próximo possível da realidade, de tal forma que, caso outra pessoa faça a mesma pesquisa, chegue aos mesmos resultados. A ciência auxilia na compreensão e previsão da realidade, além de proporcionar soluções e melhorias no nosso cotidiano.

Se hoje o pensamento científico é difundido e amplamente aceito, cabe esclarecer que nem sempre foi assim. Em termos históricos, a predominância do conhecimento baseado em experimentações é até recente.

As primeiras formas de compreensão da realidade retomavam os mitos para explicar e orientar a forma como os indivíduos deveriam viver em sociedade. A mitologia grega é rica em exemplos de narrativas fictícias, que esclarecem e orientam a conduta humana.

A passagem do pensamento mítico ao racional é marcada pelas reflexões dos conhecidos filósofos gregos da Antiguidade Clássica (séc. VII a.C. - séc. VI d.C). Esses primeiros pensadores inauguraram uma etapa de predomínio do pensamento lógico, inicialmente investigando o princípio (ou arché, origem em grego) do universo. Posteriormente, com o advento do governo democrático em Atenas, o centro de interesse dos filósofos gregos se deslocou da natureza para o homem. Nessa época, pensadores como Sócrates, Platão e Aristóteles apresentaram reflexões baseadas na racionalidade e na amplitude do conhecimento, na medida em que suas ponderações abarcavam temas diversos de forma integrada. As reflexões desses primeiros filósofos ainda hoje são retomadas para a discussão de temas fundamentais como justiça, ética e política.  

Com a ascensão da Igreja Católica durante a Idade Média (séculos V-XVIII), as principais fontes de conhecimento passaram a ser o conhecimento popular e os ensinamentos da religião Católica. Tal sociedade passou a ser chamada de teocêntrica (theos significa Deus em grego; e kentron, centro), pois eram os preceitos religiosos que guiavam a vida de todos.  A Igreja possuía o monopólio sobre a interpretação da Bíblia e as intenções de Deus, mantendo a centralidade de Deus como principal fonte de poder. Nesse longo período da história européia, era difícil desafiar e impor explicações contrárias às da Igreja.

No entanto, na idade Contemporânea (a partir do século XVIII) a ciência triunfou, conquistando o lugar de principal fonte do conhecimento. O desenvolvimento da explicação racional só foi possível pela diminuição do poder da Igreja Católica e pela valorização do conhecimento baseado na razão, na observação e na experimentação.

Isso não significa que o pensamento religioso tenha desaparecido ou que ele não coexista com a ciência, dado que um indivíduo pode ter sua religião, opinar com base no senso comum e desenvolver pesquisas cientificas como profissão.

        

BLOCO 3: TIPOS DE CONHECIMENTO

Mas não é só a ciência que tenta explicar a realidade. Mitos, religiões, filosofia e senso comum também tentam. Detalhando melhor, vamos pensar num problema para o qual diversas explicações são construídas: a origem do homem. Existem mitos criados e transmitidos de geração para geração, objetivando explicar como o homem nasceu. Por exemplo, em uma das narrativas atribuídas aos gregos antigos um Deus chamado Zeus teria criado a humanidade. Sob outra perspectiva, segundo a explicação religiosa cristã, que tem como fonte a Bíblia, a humanidade veio de Adão e Eva, à semelhança de Deus. Já a filosofia procura entender a questão de forma racional, metódica e profunda. Em comum, as explicações derivadas de mitos, da religião e da filosofia não necessitam de comprovação para que sejam aceitas. De forma diferente, a explicação científica sobre a origem do homem baseia-se nos estudos empreendidos pelo pesquisador Charles Robert Darwin (1809-1882), que defendeu a teoria de que o ser humano descende do macaco. A explicação de Darwin foi fruto de meticulosas pesquisas e observações, e revela um dos traços fundamentais da ciência: a necessidade de comprovação.

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